Macau,
China, 17 fev (Lusa) -- A deputada à Assembleia Legislativa de Macau e diretora
da Sociedade de Jogos de Macau, Angela Leong, criticou hoje a lei de proteção
do património da região, considerando-a "insuficiente" e pedindo a
sua revisão.
Durante
o período de intervenções antes da ordem do dia no hemiciclo, Angela Leong
disse que "o Governo pouco tem feito" para preservar o património de
Macau, classificado pela Unesco em 2005.
Angela
Leong e listou uma série de incidentes recentes, como o incêndio, em 2013, no
templo de Na Tcha, o roubo de um altar da divindade da terra no Beco Central em
2014, os 'graffiti' nas fachadas de dois monumentos e, este ano, a derrocada de
uma parede interior do prédio em obras ao lado da Casa de Lou Kau, bem como o
incêndio no maior templo de Macau, o Templo de A-Ma, durante a época do Ano
Novo chinês.
"Estes
casos revelam que a vigente Lei de Salvaguarda do Património Cultural é
insuficiente quanto à proteção do património, logo, necessita de uma
revisão", afirmou na Assembleia, sublinhando que é necessário aperfeiçoar
"especialmente as medidas contra incêndio nos templos de madeira".
Para
a deputada, "o Governo não retirou ensinamentos dos casos
precedentes" e "não pode ilibar-se das responsabilidades" no
caso do incêndio no Templo de A-Ma, onde ficaram danificados altares e tábuas
de caligrafia.
Considerando
que "o patrulhamento dos bombeiros e a fiscalização dos serviços são
insuficientes" para proteger o património em tijolo e madeira, Angela
Leong pediu ao Executivo que proceda "o quanto antes a uma revisão
legislativa" e defina "as regras a aplicar na proteção do património
cultural, consoante a realidade e a situação em que as construções se
encontram".
ISG//
MP
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