Pequim,
18 fev (Lusa) - A China confirmou que mantém armamento numa ilha disputada no
Mar do Sul da China, avança hoje a imprensa estatal, depois de o secretário de
Estado norte-americano, John Kerry, acusar Pequim de "militarizar" um
território estrategicamente vital.
O
ministério chinês da Defesa confirma que o país "mantém armamento na ilha
há muito tempo", escreve o Global Times, jornal em língua inglesa do grupo
do Diário do Povo, órgão central do Partido Comunista Chinês (PCC).
O
mesmo artigo não especifica qual o tipo de armamento.
A
cadeia norte-americana Fox News avançou na quarta-feira que a China instalou na
semana passada um sistema de lançamento de mísseis terra-ar na ilha Woody, que
faz parte do arquipélago Paracel.
Alegadamente
rico em petróleo e gás natural, a soberania daquele território é reivindicada
por Pequim, Taiwan e Vietname.
"A
China tem o direito legal e justo de colocar instalações defensivas nas
fronteiras do seu território", acrescenta o Global Times, acusando a
imprensa ocidental de tocar "a mesma cantiga de sempre", sobre
"a ameaça chinesa".
O
"gigante" asiático insiste que tem direitos de soberania sobre a
quase totalidade do Mar do Sul da China, uma via marítima estratégica pela qual
passam um terço do petróleo negociado internacionalmente.
Nos
últimos meses, tem construído ilhas artificiais capazes de receber instalações
militares em recifes do arquipélago Spratly, a sul do Paracel, e alvo de
disputa pela China, Vietname, Taiwan, Filipinas, Malásia e Brunei.
"Existem
evidências, todos os dias, de que há um reforço da militarização de um género
ou outro", disse Kerry na quarta-feira à imprensa em Washington.
Em
editorial, o Global Times reagiu, acusando os EUA de instalar a "maioria
dos elementos militares na região".
Se
a China de facto colocou mísseis terra-ar na ilha, "talvez sirvam para
desencorajar aviões de combate norte-americanos de realizar voos provocativos
na região. Para nós, é um ótimo resultado", conclui.
JOYP
// JPS
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