Díli,
06 jun (Lusa) - O primeiro-ministro timorense destacou hoje os esforços do seu
Governo para implementar reformas que criem melhores condições para
investidores internacionais, apelando a que olhem para os "riscos
reais" de Timor-Leste e não os "imaginados".
"O
Governo é consciente de que é difícil conseguir capital privado em mercados
emergentes como Timor-Leste devido a um número de barreiras, incluindo a
perceção de que os retornos podem ser afetados pelo nível de risco",
afirmou Rui Maria de Araújo.
"Esperamos
porém que a vossa avaliação sobre Timor-Leste seja baseada em riscos reais e
não em riscos percebidos ou imaginados", afirmou.
Rui
Maria de Araújo falava na abertura de um encontro empresarial com cerca de uma
centena de participantes de vários países da região destinada a dar a conhecer
o potencial de Timor-Leste a investidores em áreas tão diversas como petróleo e
gás, minas, café e agricultura, turismo, transporte e construção, entre outras.
Rui
Araújo recordou que até aqui o Governo tem recorrido ao Fundo Petrolífero (FP)
para financiar o Orçamento do Estado que, por sua vez, é o maior motor da
economia, numa estratégia que ajudou a conseguir importantes melhorias em áreas
como educação e saúde, reforço institucional e participação ativa da população.
Investimentos,
disse, que têm contribuído para atrair investimentos no setor do petróleo e gás
natural, telecomunicações e manufatura, mas que não chegam para criar
suficientes empregos num país onde mais de 60% da população tem menos de 25
anos.
"Apesar
do que se alcançou, garantir que os jovens de Timor-Leste são educados,
saudáveis e empregados produtivamente são os maiores desafios de
desenvolvimento que Timor-Leste enfrenta na próxima década", disse.
"E
para criar oportunidades de emprego para jovens, manter crescimento sustentável
e preparar um futuro de menos receitas petrolíferas, temos de diversificar
economia e fontes de receitas", disse.
Rui
Araújo destacou que o Governo continuará a avançar numa ampla agenda de reforma
nas áreas económica, fiscal, da administração pública e do quadro legal e
jurídico.
"Espera-se
que a implementação destas reformas ajude a criar as bases necessárias para uma
base legal mais coerente e harmonizada, aumentando a confiança no estado de
direto e criando um melhor ambiente para investidores estarem em
Timor-Leste", disse.
Arcanjo
da Silva, diretor da TradeInvet, a agência de promoção de investimento em
Timor-Leste, também destacou os esforços das autoridades timorenses em
implementar um amplo programa de reformas económicas que inclui alterações para
atrair mais investidores e empresários.
Segundo
explicou, desde 2006 o Governo emitiu 180 certificados de investimento, quatro
dos quais este ano, para empresas nacionais e internacionais, representando
projetos no valor total de mais de 400 milhões de dólares e que vão devem criar
mais de mil empregos.
"É
um progresso significativo mas ainda com muitos desafios a que só podemos
responder com o apoio adequado dos nossos parceiros, dentro e fora de
Timor-Leste", disse, destacando os acordos para promover o país
globalmente, com agências congéneres, incluindo a portuguesa AICEP.
ASP
// MP
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