Díli,
06 jun (Lusa) - Timor-Leste tem um potencial equivalente a mais de 6,3 mil
milhões de barris de petróleo por explorar nos próximos 50 anos, com um valor
de 378 mil milhões de dólares, segundo estimativas da petrolífera timorense,
Timor Gap.
Esse
potencial de exploração poderá representar uma injeção de 223 mil milhões de
dólares na economia, em serviços como engenharia, desenvolvimento, manutenção e
operações, e benefícios fiscais e rendimentos públicos de mais de 47 mil
milhões.
Os
dados foram apresentados hoje por Francisco Monteiro, presidente da Timor Gap,
numa conferência em Timor-Leste.
"Estes
dados mostram-nos que o setor petrolífero em Timor-Leste não é uma indústria
morta e que estamos apenas no início do potencial", afirmou.
Monteiro
destacou ainda que o impacto adicional noutros setores da economia desses
recursos ainda por explorar, podendo criar até 25 mil empregos indiretos e
ajudando a diversificar a economia, com novos serviços.
"Trata-se
de passar de uma indústria muito extrativa, que tem trazido muitas receitas
para um modelo em que este setor tenha um efeito transformador no país",
explicou.
O
objetivo é conseguir maior valor acrescentado para o país algo que, recordou,
pode ser implementado noutras áreas em que a extração é apenas um elemento, e
por vezes o mais reduzido, do valor total de um recurso.
Como
exemplo citou o caso do café, que pode render 30 cêntimos ao produtor mas que
depois, com valor acrescentado, representa receitas muito mais elevadas noutros
mercados.
"O
que queremos no setor petrolífero é algo semelhante: adicionar valor, criar
serviços e gerar mais empregos", sublinhou.
Ao
nível da exploração, Francisco Monteiro destacou as potencialidades que ainda
existem nas águas timorenses, incluindo as zonas de Greater Sunrise, Kelp Deep,
Chuditch e PSC 11-106.
"É
nossa opinião de que em Timor-Leste e na região que controla, os potenciais de
petróleo e gás natural ainda estão longe de atingir maturidade", disse.
A
conferência de investimento, que decorre até terça-feira, conta, segundo os
organizadores, com cerca de 150 participantes, que pagaram cada um quase 2200
dólares, sendo que metade são timorenses e metade estrangeiros.
ASP
// MP
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