Beijing,
28 mai (lusa) - O Ministério da Defesa chinês confirmou hoje um incidente aéreo
com caças chineses e um avião norte-americano perto de Hong Kong, e culpou os
Estados Unidos (EUA), considerando que violaram a soberania chinesa e colocaram
"vidas em perigo".
De
acordo com o comunicado do ministério, o avião norte-americano foi descoberto
na quinta-feira no sudeste de Hong Kong e "intercetado, de acordo com a
lei", por operações "seguras e profissionais" dos caças
chineses.
"Ultimamente,
os EUA enviaram navios militares e aeronaves para o espaço aéreo e marítimo
chines, violando a nossa soberania territorial, além de representar uma ameaça
para a vida dos povos dos dois países", referiu a tutela nota oficial.
Na
sexta-feira, um funcionário do Pentágono disse à estação televisiva Fox News
que os dois caças chineses, da classe J-10, chegaram a voar a menos de 200
metros da aeronave de vigilância, de modelo P-3, incorrendo num sério perigo de
colisão.
Este
incidente aconteceu depois de, na quarta-feira, o contratorpedeiro "USS
Dewey" ter navegado a menos de 20 quilómetros de uma das ilhas artificiais
construídas por Pequim em águas disputadas com países vizinhos no mar do sul da
China.
Na
quinta-feira, Pequim instou Washington a "corrigir a má conduta" no mar
do sul da China, depois de o contratorpedeiro norte-americano ter navegado no
território.
O
porta-voz do Ministério de Defesa chinês, Ren Guoqiang, revelou na altura que
Pequim apresentou um protesto formal aos EUA e afirmou que a decisão
norte-americana mina a "estabilidade" na região.
Washington
insiste em ter o direito de navegar naquelas águas que diz serem território
internacional, mas Pequim reclama a quase totalidade do mar do sul da China,
apesar dos protestos dos países vizinhos.
VP
(JOYP) // ROC
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