quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Governo timorense aprova alteração a execução duodecimal para aumentar flexibilidade

O executivo timorense aprovou uma alteração ao decreto sobre execução orçamental em regime duodecimal, que na prática pretende injetar "maior flexibilidade" sem tocar no teto mensal, explicou à Lusa o ministro das Finanças.

"As alterações pretendem dar mais flexibilidade em termos de mudança de uma rubrica para a outra, com exceção da rubrica de salários e vencimentos para capital de desenvolvimento que não estava permitida", explicou Rui Gomes.

O diploma proposto visa alterar as regras relativas às alterações orçamentais durante a execução em regime duodecimal que resultam da Lei do Orçamento e Gestão Financeira e do Decreto do Governo de Execução Orçamental para 2017, ficando aquelas sujeitas ao limite imposto pelo duodécimo atribuído a cada entidade.

Timor-Leste começou o ano com cerca de 258 milhões nos cofres, tendo previstas receitas mensais não petrolíferas "de entre 18 e 20 milhões", sendo que gastos acima desses valores obrigam a um levantamento do Fundo Petrolífero.

Isso obriga a uma autorização do Parlamento Nacional.

No primeiro mês do ano, explicou Rui Gomes, o Estado conseguiu executar 62% dos cerca de 110 milhões orçamentados, o que mostra, defendeu, que em muitos casos a capacidade de execução é "menor" do que o orçamentado.

"A rigidez, a disciplina e o controlo deste gasto de um bem público é essencial. Para quê pedir 100 se apenas conseguem gastar 50", afirmou Rui Gomes.

Timor-Leste deverá estar grande parte do ano em regime duodecimal já que o Parlamento Nacional está dissolvido e o Governo em gestão - ainda que o executivo insista no contrário - sendo que as eleições antecipadas só ocorrem a 12 de maio.

Depois deste processo, haverá ainda que certificar os resultados, dar posse aos novos 65 deputados e formar um novo Governo que terá depois que apresentar o seu programa e o Orçamento Geral do Estado para 2018 ao Parlamento Nacional.

Pouco tempo depois disso, e dados os prazos previstos na lei, o novo executivo terá que começar a preparar o Orçamento Geral do Estado para 2019.

Lusa | em SAPO TL

Sem comentários: