Díli,
06 mai (Lusa) - A IV reunião dos Ministros Responsáveis pela Igualdade de
Género e Empoderamento da Mulher da CPLP vai decorrer como previsto na próxima
semana em Díli, depois de ter estado cancelada, porque mais uma delegação
confirmou a sua presença.
Fonte
da secretaria de estado timorense para o apoio e promoção socioeconómica da
mulher (SEAPSEM), que na quinta-feira disse à Lusa que a reunião tinha sido
cancelada, explicou hoje que a decisão da delegação de Angola de participar
permite que o encontro ocorra.
"Posso
confirmar que a reunião vai decorrer como previsto na segunda e
terça-feira", disse a fonte da SEAPSEM.
A
mesma fonte confirmou que além das delegações de Portugal, São Tomé e Príncipe
e Cabo Verde, que já tinham confirmado a sua presença, também a delegação de
Angola confirmou, à última hora, a sua participação.
"Por
causa disso, a reunião que estava cancelada vai mesmo ocorrer como
previsto", explicou.
O
encontro em Díli tem como tema "empoderamento económico da mulher, género
e globalização" e marca o arranque de uma maratona de encontros setoriais
na reta final da presidência timorense da Comunidade de Países de Língua
Portuguesa (CPLP).
Timor-Leste
tornou-se em abril o terceiro país do sudeste asiático a adotar um plano de
ação nacional para aplicação da Resolução 1325 do Conselho de Segurança das
Nações Unidas que se refere ao tema das Mulheres, Paz e Segurança.
O
plano de ação, aprovado a 26 de abril pelo Conselho de Ministros, foi preparado
por uma equipa liderada pelo Ministério do Interior contando para a sua
elaboração com representantes dos organismos das Nações Unidas sediados em
Timor-Leste, da sociedade civil, organizações de mulheres, doze ministérios e
doadores, entre outros.
"Tendo
em consideração o passado de conflito armado no país, em que mulheres e
crianças foram as principais vítimas, torna-se importante a participação delas
para promover a paz e a segurança, a proteção nas violações dos direitos
humanos e o acesso à justiça e aos serviços para enfrentar a
discriminação", refere o Governo timorense.
O
plano de ação - projetos idênticos foram já adotados na Indonésia e nas
Filipinas - inclui a participação da mulher, prevenção, proteção e construção
de paz.
ASP
// MP
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