sexta-feira, 6 de maio de 2016

Encontro de igualdade de género da CPLP em Díli cancelado por falta de quórum


Díli, 05 mai (Lusa) - A IV reunião dos Ministros Responsáveis pela Igualdade de Género e Empoderamento da Mulher da CPLP, prevista para a próxima semana em Díli, foi cancelada por falta de quórum, disse à Lusa fonte do executivo timorense.

"Tivemos hoje a confirmação do cancelamento da reunião porque várias delegações só agora confirmaram que não estarão presentes", disse à Lusa fonte da Secretaria de Estado para o Apoio e Promoção Socioeconómica da Mulher (SEAPSEM).

A mesma fonte confirmou que apesar do cancelamento, pelo menos três delegações - de Portugal, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde - estarão em Díli para vários encontros "mas não no quadro da CPLP".

"Era preciso pelo menos seis delegações para ter quórum para o encontro e isso não ocorreu", disse a mesma fonte.

O encontro em Díli tinha como tema "empoderamento económico da mulher, género e globalização" e estava previsto para os dias 09 e 10, marcando o arranque de uma maratona de encontros setoriais na reta final da presidência timorense da CPLP.

Alguns encontros já tiveram que ser adiados de maio para junho devido à falta de confirmações de delegações da CPLP.

Timor-Leste, o anfitrião deste encontro, tornou-se em abril o terceiro país do sudeste asiático a adotar um plano de ação nacional para aplicação da Resolução 1325 do Conselho de Segurança das Nações Unidas que se refere ao tema das Mulheres, Paz e Segurança.

O plano de ação, aprovado a 26 de abril pelo Conselho de Ministros, foi preparado por uma equipa liderada pelo Ministério do Interior contando para a sua elaboração com representantes dos organismos das Nações Unidas sediados em Timor-Leste, da sociedade civil, organizações de mulheres, 12 ministérios e doadores, entre outros.

"Tendo em consideração o passado de conflito armado no país, em que mulheres e crianças foram as principais vítimas, torna-se importante a participação delas para promover a paz e a segurança, a proteção nas violações dos direitos humanos e o acesso à justiça e aos serviços para enfrentar a discriminação", refere o Governo timorense.

O plano de ação - projetos idênticos foram já adotados na Indonésia e nas Filipinas - inclui a participação da mulher, prevenção, proteção e construção de paz.

ASP // VM

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