Conferência
ministerial com países lusófonos é "grande acontecimento" na China --
Governo de Macau
01
de Outubro de 2016, 12:29
Macau,
China, 01 out (Lusa) - O chefe do Executivo de Macau considerou hoje "um
grande acontecimento a nível nacional" a conferência ministerial do fórum
de cooperação entre a China e os países lusófonos, que a cidade acolhe a 11 e
12 de outubro.
"A
5.ª Conferência Ministerial do Fórum de Macau, que se vai realizar este mês em
Macau, constitui um grande acontecimento a nível nacional e para toda a Região
Administrativa Especial de Macau", afirmou Fernando Chui Sai On, na
cerimónia de celebração do 67.º aniversário da criação da República Popular da
China.
O
chefe do executivo apelou aos "diversos setores sociais" envolvidos
na organização da conferência, em que Portugal estará representado pelo
primeiro-ministro, António Costa, para redobrarem os "esforços na sua
preparação, em prol do sucesso da reunião", para consolidar e incrementar
"ainda mais" o papel que Pequim atribuiu a Macau em 2003, de ser uma
plataforma de cooperação entre a China e os países de língua portuguesa.
Nesse
ano, Pequim criou o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China
e os Países de Língua Portuguesa, conhecido como Fórum Macau, que tem um Secretaria
Permanente e reúne a nível ministerial a cada três anos.
Antes
de chegar a Macau, para participar nesta conferência, António Costa passará por
Pequim e Xangai.
Esta
semana, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, numa visita aos Açores,
enalteceu o aprofundamento das relações entre a China e Portugal e os
"excelentes resultados" da cooperação entre as empresas dos dois
países em terceiros mercados, nomeadamente na América Latina.
Citado
pela agência oficial Xinhua, o responsável chinês elogiou os "resultados
profícuos da cooperação pragmática entre os dois países em diversos
setores", afirmando que espera que os dois lados continuem a colaborar em
áreas como a energia, finanças e oceano.
Macau,
território administrado por Portugal até 1999, é desde esse ano uma região da
China com administração especial, que goza de ampla autonomia e onde o
português continua a ser língua oficial, a par do chinês.
MP
(JOYP) // FV.
Guiné
Equatorial acolhe encontro para lançar parcerias na energia na CPLP
01
de Outubro de 2016, 01:02
Lisboa,
30 set (Lusa) - A promoção de parcerias e projetos no setor da energia na
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) estará em debate, na próxima
semana, na Guiné Equatorial, que acolhe pela primeira vez encontros da
organização desde a sua adesão.
"No
quadro do processo de integração da Guiné Equatorial na CPLP, realiza-se em
Malabo, entre 03 e 07 de outubro, a 'Semana da CPLP'", divulgou, em nota
enviada à Lusa, a missão permanente da Guiné Equatorial junto da CPLP.
Malabo
aderiu à comunidade lusófona em julho de 2014 e esta é a primeira vez que
organiza encontros da CPLP.
No
âmbito desta semana, decorre a primeira reunião técnica da energia da CPLP,
entre quarta e quinta-feira, em Malabo, na sequência da reunião dos ministros
responsáveis pelo setor, que decorreu em junho do ano passado, no Estoril
(Cascais, Portugal).
Em
declarações à Lusa, o diretor da Cooperação da CPLP, Manuel Lapão, explicou que
o encontro pretende lançar as bases para a criação de uma parceria
internacional para o gás e petróleo, correspondendo à iniciativa da presidência
timorense da CPLP para a criação de um consórcio petrolífero na organização.
Outra
iniciativa, explicou, passa pela realização de estudos para "avaliar o potencial
energético nos Estados-membros" e posterior estabelecimento de
"parcerias, para serem depois consubstanciadas em projetos".
Na
reunião técnica deverão ainda ser definidas as linhas de intervenção do plano
estratégico da energia na CPLP e para a concretização da Rede de Energia na
CPLP, nos domínios da eficiência energética, das energias renováveis e do
ambiente, outras resoluções adotadas na chamada "Declaração de
Cascais".
No
âmbito desta semana promovida pelas autoridades de Malabo, está previsto um
encontro dos representantes das companhias energéticas da CPLP, nos dias 06 e
07, bem como visitas às empresas do setor energético da Guiné Equatorial -
SEGESA, GEPETROL, SONANGAS e PUNTA EUROPA.
A
Guiné Equatorial organiza, também, um seminário diplomático sobre o
"Passado, Presente e Futuro", entre terça e sexta-feira.
De
acordo com a missão equato-guineense, as iniciativas contarão com a presença do
ministro das Relações Exteriores e Cooperação da Guiné Equatorial, Agapito Mba
Mokuy, do ministro do Petróleo e Recursos Minerais de Timor-Leste, Alfredo
Pires, e do ministro da Indústria e Energia da Guiné Equatorial, Eugenio Edu
Ndong.
Estarão
ainda presentes a diretora geral da CPLP, Georgina Benrós de Mello, e a
diretora executiva do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, Marisa
Mendonça.
A
CPLP, encarada como um país, está entre os dez maiores produtores de petróleo e
gás, bombeando mais de cinco milhões de barris por dia.
Entre
os seus membros, estão Moçambique, onde se encontram das maiores reservas de
gás descobertas na última década, Angola, o maior produtor de petróleo da
África subsaariana, e o Brasil, que é um dos mais importantes reservatórios no
pré-sal.
Além
disso, cerca de metade das novas reservas de gás e de petróleo são de países do
bloco lusófono.
JH
(MBA) // VM
Empresários
da CPLP discutem cooperação económica na capital são-tomense
01
de Outubro de 2016, 00:06
São
Tomé, 30 set (Lusa) - Cerca de uma centena de empresários e representantes de
associações e instituições da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)
vão discutir na capital são-tomense formas de promover a cooperação económica.
Durante
dois dias, empresários de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné
Equatorial, Moçambique, Portugal, Timor Leste e São Tomé e Príncipe estão
reunidos no âmbito do 5.º Fórum da União dos Exportadores.
São
Tomé e Príncipe assume-se como país onde existem todas as condições necessárias
para fomentar o clima de negócios.
"País
territorialmente pequeno, mas com paz e tranquilidade, clima equatorial, água
em abundância, mar extenso e rico, democracia e governo estável, povo afável,
posição geográfica privilegiada, ingredientes adicionais, propícios e
indispensáveis para investimentos nas diferentes áreas de atividade
económica", disse o presidente da Câmara do Comércio, Indústria,
Agricultura e Serviços, Jorge Correia, na abertura do evento.
No
primeiro dia do fórum, cada um dos países da CPLP apresenta as suas
potencialidades, e no final da tarde haverá uma conferência em que será
abordada a componente política da CPLP.
"Com
este fórum da União dos Exportadores em São Tomé já estamos a escrever história
porque pela primeira vez tivemos a maior delegação empresarial da CPLP em São
Tomé", disse Mário Costa, presidente da UE-CPLP.
"Se
nós pudermos aproveitar o que cada um dos empresários tem melhor de si, podemos
tornar a CPLP numa potência económica a nível mundial e ombrear como potências
como os Estados Unidos e como a própria Rússia", acrescentou,
congratulando-se com a introdução, prevista para a cimeira de Brasília, que se
realiza a 31 de outubro e 01 de novembro, da cooperação económica como novo
pilar da organização.
Na
sessão de abertura do fórum, o ministro da Presidência do Conselho de Ministros
e Assuntos Parlamentares, Afonso Varela, destacou o papel da classe empresarial
são-tomense.
"Estamos
profundamente convencidos que nesse processo de transformação os empresários
merecem um lugar de destaque. Obviamente que o Governo será chamado a traçar os
rumos, as orientações, mas pensamos que o essencial para a transformação desse
país virá da nossa classe empresarial", disse Afonso Varela.
O
ministro reafirmou a necessidade de a classe empresarial são-tomense juntar
sinergias como forma de tirar o devido proveito da cooperação empresarial a
nível da CPLP e realçou as condições político-geográficas que o país oferece.
MYB
// VM
Cabo
Verde: Mais de 360 mil eleitores escolhem hoje o Presidente
Mais
de 360 mil eleitores cabo-verdianos vão hoje às urnas, pela terceira vez este
ano, para eleger o Presidente da República, numa votação em que o atual chefe
de Estado, Jorge Carlos Fonseca surge como o favorito.
Advogado
e constitucionalista, Jorge Carlos Fonseca concorre com o atual reitor da
Universidade do Mindelo, Albertino Graça, que recolheu na reta final da
campanha o apoio do Partido Popular (0,34% de votos nas legislativas) e teve na
apresentação pública da sua candidatura a presença de destacadas figuras do
Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), na oposição.
Jorge Carlos Fonseca conta com o apoio do Movimento para a Democracia (MpD), que desde o início do ano obteve duas vitórias eleitorais (legislativas e autárquicas). Conta ainda com o apoio pessoal do líder do terceiro maior partido cabo-verdiano, a União Cabo Verdiana Independente e Democrática (UCID).
O
terceiro candidato é Jaime Joaquim Monteiro, antigo combatente pela liberdade
da pátria, que entra pela segunda vez consecutiva na corrida presidencial.
Jorge
Carlos Fonseca venceu as eleições presidenciais de 2011 com 54,3 por cento dos
votos na segunda volta que disputou com Manuel Inocêncio Sousa, apoiado pelo
PAICV.
Nestas
eleições, o PAICV deu liberdade de voto aos seus militantes depois de não ter
surgido qualquer candidato desta área política.
O
ex-líder do partido e primeiro-ministro até abril, José Maria Neves, chegou a
admitir a possibilidade de uma candidatura presidencial, que acabou por não se
concretizar.
Nas
eleições presidenciais estão aptos a votar 361.206 eleitores, 314.073
registados em território nacional e 47.133 no estrangeiro, dos quais cerca de
15.000 em Portugal.
Foram
impressos cerca de 485 mil boletins de voto e constituídas 1.019 mesas de voto
no território nacional e 274 no estrangeiro.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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