Díli, 26 abr (Lusa) - Timor-Leste
subiu três pontos no índice de liberdade de imprensa da organização Repórteres
Sem Fronteiras (RSF), sendo o país do Sudeste Asiático mais bem colocado, quase
30 lugares à frente do seguinte, a vizinha Indonésia.
No relatório de 2017, a
organização não-governamental (ONG) destacou que nenhum jornalistas foi detido
em Timor-Leste desde a restauração da independência, apesar de se referir a
várias formas de pressão que continuam a ser exercidas sobre os jornalistas.
Estas pressões, "usadas para
impedir os jornalistas de trabalhar livremente", incluem ações legais
intimidatórias, violência policial e críticas de órgãos de comunicação social
por funcionários do Governo ou deputados".
A RSF considerou a criação de um
conselho de imprensa "um passo na direção certa, apesar das reservas
expressadas pelos 'media' sobre a forma como os seus membros foram
escolhidos".
Para a ONG mereceu nota negativa
a lei de imprensa que "constitui uma ameaça permanente aos jornalistas e
encoraja a autocensura".
A RSF afirmou esperar que, depois
das eleições de 12 de maio, "o novo Governo continue a dar provas
concretas da intenção de elevar Timor-Leste no índice da liberdade de imprensa
mundial".
Apesar de subir três lugares,
para 95.º, Timor-Leste perdeu dois pontos no 'valor' do índice, que passou de
32.82 para 30.81.
Na Ásia, a classificação destacou
a subida de 20 lugares da Coreia do Sul, que passou para 43.º, um lugar abaixo
de Taiwan e 15 à frente do Japão. Hong Kong surge em 70.º lugar.
Na região do Sudeste Asiático e
do Pacífico, destaque para o 53.º posto da Papua Nova Guiné e o 57.º das ilhas
Fiji. Depois de Timor-Leste, surgem a Indonésia (124.º), as Filipinas (133.º)
Myanmar (137.º), Tailândia (140.º), Camboja (142.º), Malásia (145.º), Singapura
(151.º), Brunei (153.º), Laos (170.º) e Vietname (175.º).
ASP // EJ
Sem comentários:
Enviar um comentário