Jacarta, 18 mai (Lusa) -
Procuradores indonésios pediram hoje a pena de morte para o alegado líder do
grupo extremista Estado Islâmico na Indonésia, o religioso Aman Abdurrahman,
acusado de ordenar ataques a partir da prisão, incluindo um atentado suicida em
2016.
Entre os ataques ordenados por
Aman Abdurrahman, destaca-se um atentado suicida na capital do país, Jacarta,
em janeiro de 2016, que resultou na morte de quatro civis e quatro atacantes.
De acordo com a Procuradoria
Geral, o religioso "conseguiu espalhar o radicalismo e comunicar com os
seus partidários através de visitas e videochamadas".
A polícia descreveu Abdurrahman,
de 45 anos, cujo nome real é Oman Rochman, como o principal tradutor indonésio
da propaganda do Estado Islâmico e líder da Jemaah Anshourut Haulah, uma rede
de quase duas dezenas de grupos extremistas, formados em 2015.
Mais de 100 polícias de unidades
antiterroristas e paramilitares foram mobilizados para proteger o julgamento,
que acontece num clima de tensão após vários ataques reivindicados pelo grupo
extremista nos últimos dias.
Atentados suicidas no domingo e
na segunda-feira, em Surabaya, a segunda maior cidade da Indonésia, mataram 26
pessoas, incluindo 13 agressores. Duas famílias realizaram os ataques, em que
participaram crianças de 7 anos.
Os ataques de domingo, a três
igrejas cristãs, são os mais mortíferos na Indonésia desde os atentados de 2005
em Bali, nos quais morreram 20 pessoas e mais de 100 ficaram feridas.
FST // EJ
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