Jacarta,
23 abr (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Mário
Lopes Rosa, alertou hoje para a necessidade de trabalhar intensamente contra a
pobreza e as alterações climáticas em todo o mundo, num discurso na Conferência
Ásia-África, em Jacarta.
O
chefe da diplomacia guineense considerou que são necessários trabalhos
"intensos" para "erradicar a pobreza e também os problemas de
alterações climáticas", uma situação que afeta todo o mundo.
Num
discurso proferido em francês, o governante manifestou o apoio do país aos três
documentos que os líderes dos 105 países asiáticos e africanos presentes na
cimeira devem aprovar ainda hoje, afirmando que são importantes não apenas para
os dois continentes, mas "vão ter um impacto no mundo".
Em
cima da mesa estão a Mensagem de Bandung, a Declaração de Revitalização da
Parceria Estratégica Ásia-África e a Declaração para a Palestina, documentos
que ainda não foram disponibilizados à imprensa.
Entre
as ideias propostas, figuram a criação de um Centro Ásia-África para abordar
problemas partilhados pelas duas regiões, a defesa de alterações em algumas
organizações internacionais, como o Conselho de Segurança das Nações Unidas, e
o apoio à independência da Palestina, segundo alguns governantes que participam
no evento.
Mário
Lopes Rosa considerou que "é tempo de as organizações internacionais verem
a realidade" e de as Nações Unidas fazerem "uma mudança".
O
chefe da diplomacia guineense elogiou o princípio da realização da Conferência
Ásia-África de 1955, cujo 60.º aniversário é assinado esta semana na Indonésia,
a par do 10.º aniversário da Nova Parceria Estratégia Ásia-África.
"O
nosso movimento é baseado na prosperidade e na solidariedade entre muitas
nações", destacou, lembrando que a Guiné-Bissau só viu a sua independência
reconhecida depois do evento de 1955, em concreto em 1974.
Há
60 anos, num encontro na cidade indonésia de Bandung, líderes dos dois
continentes lutavam contra a opressão colonial e o domínio das principais
potências mundiais e defendiam a independência, a paz e a prosperidade
económica nas duas regiões.
Além
dos países presentes, participam nas comemorações desta semana representações
de 15 nações na qualidade de observadores e de 17 organizações internacionais.
AYN
// VM
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