Hong
Kong, China, 22 abr (Lusa) - O Governo de Hong Kong revelou hoje o pacote de
reformas para a eleição do próximo chefe do Executivo em 2017, não sendo
contempladas quaisquer cedências ao campo democrático, o que já gerou oposição
por parte dos deputados.
A
número dois do Governo, Carrie Lam, anunciou que a primeira votação popular
para eleger o chefe do Executivo em 2017 decorrerá "em estrita concordância"
com a decisão da Assembleia Popular Nacional, no passado mês de agosto.
Essa
decisão definiu que os candidatos a líder do Governo devem ser aprovados por
uma comissão, vista como próxima de Pequim, o que provocou mais de dois meses
de protestos nas ruas da cidade, no final do ano passado.
Carrie
Lam acrescentou que a decisão do Governo de Hong Kong "tomou em
consideração os pontos de vista manifestados pelos vários setores da
comunidade".
Após
o anúncio, a maioria dos deputados do campo democrático abandonou a sala.
"Os
democratas condenam veementemente o Governo", disse o deputado do Partido
Cívico, Alan Leong.
"Vamos
lançar uma campanha de oposição à proposta e vamos pedir ao público de Hong
Kong que continue a procurar o verdadeiro sufrágio universal",
acrescentou.
Os
deputados democratas usaram 't-shirts' e empunharam cartazes com 'X' amarelos,
simbolizando a sua intenção de bloquear a proposta quando for a votos no
Conselho Legislativo (parlamento) da Região Administrativa Especial, nos
próximos meses.
Manifestantes
pró-democracia juntaram-se à porta do complexo governamental pedindo
"verdadeiro sufrágio universal" e transportando guarda-chuvas
amarelos, o símbolo do movimento democrático de Hong Kong.
No
local estavam também manifestantes pró-Pequim, que agitaram bandeiras da China.
ISG
// DM.
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