Bissau,
21 abr (Lusa) - A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) está em
vantagem para ajudar a melhorar a "gestão pública" da Guiné-Bissau,
numa altura em que há milhões de euros para aplicar, disse hoje um diplomata da
ONU.
A
ideia foi defendida por António Patriota, presidente da Configuração Específica
para a Guiné-Bissau na Comissão de Consolidação da Paz das Nações Unidas.
Patriota
falava no aeroporto de Bissau, no final de uma visita de dois dias ao país,
para acompanhar a preparação dos projetos de desenvolvimento da próxima década,
a serem financiados com mil milhões de euros, anunciados na conferência de
doadores realizada em março passado.
"Otimismo
e confiança" nas autoridades de Bissau são palavras de ordem, referiu,
acreditando que o país vai conseguir corresponder "com transparência"
à disponibilidade dos parceiros internacionais.
António
Patriota, que é também embaixador do Brasil na ONU, destacou que "a CPLP
pode dar uma contribuição em diversas áreas, mas nessa da gestão pública há uma
vantagem comparativa em função da língua" relativamente a outros países.
A
língua comum facilita a troca de experiências e, por outro lado, "há muita
experiência positiva, tanto em países maiores, como o Brasil, como em países
menores, caso de Timor-Leste".
Além
das promessas de apoio que saíram da conferência de doadores, está por definir
o modelo de reconciliação nacional face aos crimes e conflitos do passado.
Questionado
pela Lusa sobre o assunto, Patriota referiu que há recursos da Comissão de
Consolidação de Paz para investir em iniciativas na área e que nas próximas
semanas poderá haver decisões sobre essas verbas.
"Tudo
tem que se definido, em primeiro lugar, pela população", sublinhou.
LFO
// ARA
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