Macau,
China, 21 abr (Lusa) - O Comissariado contra a Corrupção de Macau detetou um
caso de alegada corrupção passiva no Laboratório de Engenharia Civil, em que
dois trabalhadores terão recebido um suborno oferecido por uma empresa de
engenharia em troca de falsificação de relatórios.
De
acordo com o organismo de investigação, em causa estão dez relatórios de
ensaios de solos falsos, pedidos por uma empresa de jogo, e encomendados por
funcionários de um subempreiteiro a técnicos do Laboratório de Engenharia
Civil, a troco de 40.000 patacas (4.690 euros).
Em
nota à imprensa, o Comissariado contra a Corrupção (CCAC) referiu que "uma
empresa de jogos de fortuna e azar verificou, em finais de maio de 2014, que o
pavimento de um troço de uma via pública, junto do seu complexo de casino ainda
em construção, desabou uns dias depois da conclusão da obra e da reabertura
daquela via ao trânsito".
Por
esse motivo, a empresa exigiu ao subempreiteiro, através do empreiteiro da
obra, que apresentasse os respetivos relatórios de ensaios de solos. No
entanto, dado que o subempreiteiro não tinha realizado qualquer ensaio e que
fazê-lo numa altura em que a obra já estava concluída implicaria o encerramento
ao trânsito e a escavação da via pública, dois funcionários (um quadro superior
e um consultor de engenharia externo) decidiram apresentar ao empreiteiro
relatórios de ensaios de solos falsos.
Assim,
segundo o CCAC, o consultor de engenharia ofereceu a um engenheiro e a um
técnico do Laboratório de Engenharia Civil um suborno de 40.000 patacas para
que os dois falsificassem dez relatórios de ensaios de solos.
ISG
// VM
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