Banguecoque,
17 dez (Lusa) -- O Presidente do Parlamento indonésio, Setya Novanto,
demitiu-se depois de ter sido acusado de tentar chantagear uma das principais
empresas mineiras que operam no país.
Setya
apresentou a sua demissão na noite de quarta-feira numa carta dirigida ao
Conselho de Ética da câmara, depois de esta comissão ter terminado uma
investigação de duas semanas que o incrimina, segundo o diário The Jakarta
Globe.
Segundo
o conselho, Setya e um sócio exigiram 20% das ações à norte-americana Freeport
Indonesia para, em troca, facilitar a extensão da licença de exploração das
suas minas de ouro e cobre na região de Papua.
Ambos
pediram estas participações, que estariam avaliadas em cerca de 4.000 milhões
de dólares, em duas reuniões secretas, em maio e junho, com o diretor executivo
da mineira, Maroef Sjamsoeddin, que registou os encontros.
O
pedido foi feito em nome do presidente do país, Joko Widodo, e do
vice-presidente, Josuf Kalla, que nas últimas semanas tinha pedido que Setya se
demitisse caso fosse considerado culpado pelo Conselho de Ética.
Setya,
membro do Golkar, partido na oposição criado em 1964 pelo general Suharto e que
governou o país durante 32 anos, conserva o lugar de deputado no Parlamento.
A
Freeport negoceia a extensão do contrato que expira em 2021 para a exploração
das suas minas de ouro e cobre na Papua, um dos maiores depósitos no mundo.
FV
//MP.
Sem comentários:
Enviar um comentário