terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

ENSAIO NUCLEAR NORTE-COREANO AGITA PAÍSES DA REGIÃO E OS EUA

China condena ensaio nuclear norte-coreano

Pequim, 13 fev (Lusa) -- O Governo chinês condenou hoje o lançamento de um míssil de médio alcance realizado pela Coreia do Norte no domingo e apelou a todos os países envolvidos para que assumam as suas responsabilidades.

Em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Geng Shuang condenou a ação de Pyongyang e apelou aos Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão para que se abstenham de realizar ações que possam provocar o aumento das tensões.

Guang desvalorizou ainda o apelo de outros países para que a China pressione a Coreia do Norte e apelou para que os países implicados no conflito "assumam a sua responsabilidade" e trabalhem em prol de uma solução "apropriada e pacífica".

"A China está a fazer esforços para resolver o problema. Os nossos esforços são evidentes", afirmou Geng, pouco depois de o Governo japonês ter pedido a Pequim que pressione a Coreia do Norte a abandonar os seus programas nuclear e de mísseis.

Japão, Coreia do Sul e EUA pediram ao Conselho de Segurança da ONU para que se reúna urgentemente, após o novo ensaio de Pyongyang, e Geng disse que a China vai participar na reunião de "forma construtiva".

O porta-voz recusou, no entanto, precisar se Pequim vai apoiar um reforço das sanções impostas à Coreia do Norte.

"Todas as partes envolvidas deveriam manter a calma e atuar com moderação", disse Gang, afirmando que Pequim sempre promoveu o diálogo, face às "diferenças" entre a Coreia do Norte e os EUA.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou no ano passado dois pacotes de sanções contra a Coreia do Norte, depois de o país ter feito dois testes atómicos no espaço de oito meses e ter lançado 20 projéteis balísticos.

O último, realizado em 7 de fevereiro de 2016, é considerado pela comunidade internacional como um ensaio encoberto de um míssil balístico de alcance intercontinental.

A China é o principal aliado internacional de Pyongyang e EUA e Japão consideram que o país poderá fazer mais para travar os avanços do regime de Kim Jong-un.

JOYP // VM

EUA, Japão e Coreia do Sul pedem reunião urgente sobre lançamento de míssil

Os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul pediram no domingo uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o lançamento de um míssil balístico pela Coreia do Norte.


"Os Estados Unidos, o Japão e a República da Coreia solicitaram consultas urgentes sobre o lançamento de míssil balístico pela República Popular Democrática da Coreia a 12 de fevereiro [domingo]", afirmou um porta-voz da missão norte-americana na ONU, citado pela Agência France Presse.

A Coreia do Norte (cujo nome oficial é República Popular Democrática da Coreia) confirmou no domingo ter "testado com êxito um míssil balístico", informou a agência estatal de notícias KCNA.

O míssil foi lançado a partir da base aérea de Banghyon, na província ocidental de Pyongyang norte, e voou para leste em direção ao mar do Japão, informou o Ministério da Defesa.

O lançamento do míssil foi inicialmente anunciado pela Coreia do Sul e já foi condenado pelo secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, reagiram ao ensaio de míssil exigindo que a Coreia do Norte pare com as provocações e garantindo que Washington e Tóquio estão juntos "a 100%".

Lusa / SAPO TL 

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