sexta-feira, 21 de julho de 2017

Reduzir e eliminar a pobreza deve ser "prioridade norteadora" - PR

Díli, 20 jul (Lusa) - O Presidente da República timorense disse hoje que reduzir e eliminar a pobreza é a "prioridade norteadora da ação do Estado" e que o êxito do processo político deve ser também avaliado pelo desenvolvimento social e económico do país.

Num discurso em Díli a menos de 48 horas das eleições legislativas, no quarto ciclo eleitoral do país que em 2002 restaurou a sua independência, Francisco Guterres Lu-Olo disse que "a consolidação do estado de Direito reforça a confiança dos cidadãos e dos agentes económicos".

A realização de "eleições livres, pacíficas e isentas é tão fundamental para prestigiarmos o país, como para consolidar a confiança das famílias, da sociedade, e dos investidores, nacionais e internacionais, que podem contribuir para criar novos empregos e acelerar o processo de desenvolvimento nacional", afirmou Lu-Olo.

"A estabilidade política gera confiança nos agentes sociais e económicos e promove o desenvolvimento", disse.

O chefe de Estado falava num encontro promovido pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) sobre o processo de realização de eleições livres em Timor-Leste que reuniu observadores nacionais e internacionais, entre outros participantes.


Vinte partidos e uma coligação apresentam-se sábado às urnas para a eleição dos 65 membros do Parlamento Nacional de onde sairá o VII Governo constitucional.

"O nosso povo está consciente da importância deste momento histórico, no ano do 15.º aniversário da Restauração da Independência", disse Lu-Olo, que foi eleito no passado dia 20 de março.

"Conheço a determinação dos cidadãos, dos partidos e da sociedade timorense em assegurarmos, juntos, o êxito das eleições e tomarmos nas nossas mãos esse êxito - para darmos um novo impulso ao anseio, que partilhamos, de construirmos uma vida melhor, num país melhor", frisou.

Lu-Olo saudou a forma responsável como partidos e cidadãos se comportaram durante a campanha eleitoral de um mês, fazendo cumprir um compromisso de reforço da paz e da estabilidade assinado pelos líderes políticos em junho.

"Com satisfação minha, terminada a campanha, renovo as felicitações aos líderes, militantes e apoiantes de todos os partidos pelo respeito rigoroso, até à data, do compromisso assinado", disse.

"A maneira como decorreu a campanha eleitoral não me surpreendeu. Ela foi, por si só, uma expressão notável de maturidade democrática, de maturidade dos cidadãos. Esta maturidade reforça a minha confiança no futuro e no potencial de desenvolvimento social e económico do nosso país", frisou ainda.

O chefe de Estado disse que a forma como o processo eleitoral se deve aos esforços conjuntos de muitos, dos partidos à cidadania, do Governo à sociedade civil.

Lu-Olo relembrou os progressos que "o exercício da democracia registou" nas últimas duas décadas em vários países, especialmente na Ásia, "resultado das aspirações e da vontade dos respetivos povos".

Timor-Leste e o seu povo, disse, "sente justificada satisfação por ser coautor, além de beneficiário, de alguns importantes desenvolvimentos democráticos dos últimos 20 anos na região".

"A democracia é, hoje, um património precioso dos timorenses e do Estado timorense. Exatamente porque este património é precioso, não podemos ser complacentes. Não podemos descansar sobre os resultados já obtidos", disse.

"Temos de ser proativos no reforço da democracia. Uma forma de o fazermos é trabalharmos, permanentemente, para a transparência e a qualidade das eleições", considerou.

ASP // SB

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