Vienciana,
Laos, 27 fev (Lusa) - Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Associação das
Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) estão "seriamente preocupados" com
as tensões no Mar do Sul da China e apelaram hoje ao respeito pela
"legislação internacional" na região.
Num
comunicado conjunto, os ministros, reunidos no Laos, dizem que "continuam
seriamente preocupados" com os "acontecimentos" no Mar do Sul da
China e pedem soluções "pacíficas e de acordo com a legislação
internacional".
A
tomada de posição surge na sequência de informações recentes que dão conta da
instalação, pela China, de um sistema de lançamento de mísseis terra-ar numa
das ilhas do Mar do Sul da China disputadas por diversos países.
Sem
se referirem diretamente ao Governo chinês, os ministros da ASEAN consideram
que as disputas pelo controlo das ilhas aumentam "as tensões e podem minar
a paz, a segurança e a estabilidade na região".
Em
declarações aos jornalistas, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Laos,
Thongloun Sisoulith, sublinhou a importância da "não militarização" e
pediu que seja adotado um código de conduta entre a China e a ASEAN, algo que
as duas partes negoceiam desde 2012.
A
China, por um lado, e alguns membros da ASEAN e os Estados Unidos, por outro,
acusam-se mutuamente da militarização do Mar do Sul da China, uma zona rica em
recursos naturais e chave para as rotas de navegação.
As
ilhas situadas no Mar do Sul da China são reclamadas parcial ou totalmente por
Pequim, Taiwan, Brunei, Malásia, Vietname e Filipinas.
Integram
a ASEAN a Birmânia, Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia,
Singapura, Tailândia e Vietname.
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