Díli,
29 fev (Lusa) - Os estados-membros da CPLP devem trabalhar para o
"objetivo comum" de melhorar os níveis de literacia em língua
portuguesa, apostando em intercâmbios e outras iniciativas que favoreçam a
mobilidade, disse hoje o ex-presidente do Parlamento timorense.
"O
clima de grande mobilidade e mudanças políticas e económicas entre os vários
países da CPLP [Comunidade de Países de Língua Portuguesa] e para com o mundo
terão que, inevitavelmente de fazer crescer o interesse e os níveis de
aprofundamento da língua portuguesa", disse Francisco Guterres Lu-Olo.
"Cada
vez mais e de forma mais intensa a língua portuguesa terá de ser uma língua de
entendimento, servindo de elo de ligação", considerou.
Lu-Olo
falava na abertura em Díli do colóquio "A Língua Portuguesa e a
Globalização", organizado pela Comissão Nacional de Timor-Leste do
Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP).
O
encontro está a analisar "o ensino e a formação no idioma comum da CPLP no
contexto da internacionalização e do potencial económico da língua
portuguesa".
Na
sua intervenção, Lu-Olo recordou que o português "continua a ser a língua
de herança" para vários países onde é "elemento de entendimento para
a transição comercial e cultural" sendo "gerador de movimento" e
com cada vez mais falantes.
Referindo-se
em particular a Timor-Leste, reconheceu as dificuldades que permanecem no
esforço de implementação do português, uma língua com quem os timorenses têm
"uma grande ligação histórica e afetiva" e que é uma língua de
entendimento dentro e fora do país.
"O
trabalho de implementação da língua portuguesa aqui no meu país não está
completamente feito e concluído. Há muito trabalho a fazer em Timor-Leste e
calculo que o mesmo se está fazendo em todos os restantes países membros da CPLP",
disse.
ASP
// MP
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