sábado, 2 de setembro de 2017

Quase 400 mortos em confrontos entre rohingya e forças de segurança da Birmânia

O exército da Birmânia disse que quase 400 pessoas morreram nos recentes confrontos no estado de Rakhine, após as forças de segurança serem alvo de ataques de rebeldes da minoria étnica rohingya.

Os números, publicados ontem na página de Facebook do comando militar do país, são um forte aumento face aos 100 inicialmente reportados.

A declaração refere que apenas 29 dos 399 mortos não eram rebeldes rohingya, que o comando militar descreve como terroristas.

Na publicação indica-se que ocorreram 90 conflitos armados, incluindo 30 ataques iniciais de rebeldes em 25 de agosto, o que significa que os combates foram mais extensos do que inicialmente anunciado.

Numa reação aos ataques de 25 de agosto, o exército lançou o que chamou uma operação de limpeza contra os rebeldes.


Defensores dos rohingya, uma oprimida minoria muçulmana na sociedade maioritariamente budista da Birmânia, disseram que as forças de segurança atacaram e incendiaram aldeias e dispararam contra civis, matando centenas de civis rohingyas.

Dezenas de milhares fugiram para o vizinho Bangladesh, um êxodo que continua ontem.

Os guardas fronteiriços do Bangladesh tentaram impedi-los de entrar, mas milhares podem ser vistos ontem a fazer o seu trajeto através dos campos de arroz.

Os mais jovens ajudam a carregar os mais velhos, alguns em macas improvisadas, e as crianças transportam os recém-nascidos.

Alguns, transportando trouxas de roupa, utensílios de cozinha e pequenos painéis solares, dizem que andaram pelo menos três dias para chegar à fronteira.

SAPO TL ho Lusa

Sem comentários: