Díli,
23 jul (Lusa) - A nova representação da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP) em Díli, inaugurada hoje, é um espaço que aproximará ainda
mais o espaço lusófono e os seus países-membros à região asiática, disse o
chefe da diplomacia timorense.
"Esta
representação dará uma nova dinâmica, uma proximidade física e representativa
da CPLP na Ásia. Um espaço de abertura e comunhão, tornando a comunidade mais
visível para todos", afirmou.
"Juntos
faremos valer a projeção do nosso espirito e da nossa qualidade, numa
perspetiva aberta e universalista que merece respeito", disse ainda.
Hernâni
Coelho falava na cerimónia de inauguração do edifício da representação da CPLP
em Díli, na Avenida de Portugal, a principal zona de embaixadas e missões
diplomáticas da capital timorense.
A
cerimónia contou com a presença dos ministros dos Negócios Estrangeiros ou seus
representantes dos países-membros da CPLP, que na sexta-feira participam na XX
reunião do Conselho de Ministros da organização lusófona.
Para
o secretário-executivo da CPLP, Murade Murargy, o espaço em Díli representa a
dimensão "extracomunitária" que Timor-Leste traz à comunidade
lusófona, dando-lhe maior visibilidade numa "região estratégica" como
é a Ásia.
Algo,
recordou, que pode "potenciar o reforço das sinergias das sociedades e
economias do espaço de integração económica em que Timor-Leste
está posicionado".
O
novo espaço "dará maior visibilidade à CPLP assumindo-se como ponto de
informação e educação sobre a CPLP junto da comunidade nacional e internacional
aqui residente", permitindo uma "maior aproximação da CPLP à
sociedade timorense".
A
inauguração ficou ainda marcada pelo lançamento do programa CPLP audiovisual,
iniciativa de 22 meses de duração, no valor de 3,2 milhões de euros,
financiados pelo Brasil e Portugal e que permitirá a realização de mais de 60
horas de programação sobre o espaço lusófono.
Georgina
de Mello, diretora da CPLP, explicou que o novo projeto amplia uma primeira
iniciativa do género, realizada há cerca de cinco anos, o DOC TV CPLP,
procurando dar uma "visão contemporânea" das sociedades lusófonas.
A
iniciativa será desenvolvida ao longo de três eixos, incluindo o DOC TV CPLP
II, com a realização de nove vídeos - um por cada Estado-membro - e o FIC TV
CPLP, com quatro telefilmes e cinco projetos de desenvolvimento de telefilmes.
O
terceiro eixo contará com o envolvido das televisões nacionais para a
realização de quatro documentários sobre "temas relevantes".
O
concurso para os trabalhos audiovisuais abre a 3 de agosto.
Integram
a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique,
Portugal, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe.
ASP
// VM
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