Roger Rafael Soares, opinião
A
liberdade é um dos bens mais preciosos e mais desejado para qualquer sociedade.
É a forma de materialização da ação do e entre o Homem. É o poder de se
exprimir e de realizar os sonhos, os pensamentos e idealizações, ou dito de
outra forma, é o livre-arbítrio. Mas como diz o outro, “a nossa liberdade acaba
onde começa a dos outros”. É necessário que saibamos o quão importante é
respeitar a liberdade dos outros como é respeitar a nossa liberdade. Pois a
liberdade trata-se de direitos, mas também de regras e deveres.
A
este respeito se questiona a iniciativa e liberdade do Presidente da República
em comunicar, no Parlamento Nacional, sobre a sua interpretação em torno da
nomeação do Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, que acabou por
afetar a imagem e reputação de dois grandes líderes, entre eles, de Xanana
Gusmão. Tenho em mim, que a sua reação foi resultado das suas idas aos sucos e
municípios, nos quais se confrontou com as necessidades e exigências populares,
despoletando em si a necessidade de apelar ao executivo a atenção em resolver
os problemas e desafios, bem como de “chamar à atenção”a oposição para que se
torne mais ativa, crítica e capaz em apresentar medidas concretas e
alternativas ao interesse nacional. Como referi no artigo anterior, a oposição
no executivo é sinónimo de consolidação e força da Democracia.
Mas
também coloco a hipótese da atuação do Presidente da República se ter tratado
de uma manobra política, com vista a ganhar simpatizantes e militantes para um
possível partido político.
Quanto
à sua acusação a Xanana Gusmão, não me revejo na sua afirmação, muito pelo
contrário. Xanana Gusmão tem contribuído sim para o desenvolvimento de
Timor-Leste e para a libertação do seu povo. Temos de olhar para os indicadores
sociopolíticos que nos demonstram os progressos que já foram atingidos. E
quanto a isso devemos à liderança e ação de Xanana. E com dignidade e
humildade, cedeu o lugar de Primeiro-Ministro às gerações mais novas,
desenvolvendo o espírito de inclusão dos mais jovens no executivo – a dita
transição geracional na sequência da remodelação. É necessário ressaltar que
abriu mão de privilegiar o seu partido político na formação do VI Governo
Constitucional para incluir personalidades fora da sua liderança partidária, a
isto se chama a mais pura e verdadeira defesa do interesse nacional. É também
um ato de apelo à unidade nacional, para que as gerações antes de 74 e as de
depois de 74, juntas procedam à luta de libertação do povo, com a mesma força e
vontade, que se materializou na luta pela libertação da Pátria, em vencer os
desafios, respondendo às necessidades funcionais e estruturais da sociedade
timorense e assim se desenvolva Timor-Leste.
Nessa
ótica, é profundamente importante a contribuição e ação de cada um, de cada
timorense no processo de desenvolvimento de Timor-Leste, envolvendo o sentido
democrático aliado à virtude.
- Rojer
Rafael Soares - rrtsoares@hotmail.com
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