Macau,
China, 01 mar (Lusa) - O secretário de Estado da Indústria disse hoje que
Portugal pretende aprofundar as relações com Macau no âmbito das "novas
empresas, tecnológicas e científicas" e que o território deve ser visto
como "porta de entrada" na Ásia.
João
Vasconcelos terminou hoje uma visita a Macau e sublinhou que o território deve
ser visto por empresários portugueses e da lusofonia em geral como porta de
entrada na Ásia.
Macau
é "um local perfeito" para "alguém da cultura portuguesa e da
língua portuguesa" se estabelecer na Ásia e entrar na China, sublinhou, em
declarações aos jornalistas, após dois dias no território em que teve encontros
com membros do Governo da região e empresários, entre outras entidades.
Segundo
revelou, abordou "várias propostas" nestes encontros, ligadas às
"empresas tecnológicas" e "do mundo digital", sublinhando
que Portugal "se tem apresentado ao mundo como um país 'friendly' [amigo]
de 'start up' e de novas empresas", fruto do "investimento nas
últimas décadas" em "infraestruturas tecnológicas", na ciência e
na qualificação das novas gerações.
João
Vasconcelos espera, por isso, que estes contactos em Macau tenham resultados
concretos "nos próximos meses", sublinhando que teve uma
"recetividade muito boa" por parte das autoridades.
Segundo
o secretário de Estado, há "interesses em comum" e a estratégia
portuguesa adequa-se à que tem Macau para a diversificação da economia, para a
tornar menos dependente do jogo.
Dizendo-se
"surpreendido" com o "novo Macau" que conheceu nestes dias,
João Vasconcelos defendeu que é agora tempo, após séculos de relações com o
território, de "mostrar um novo Portugal em Macau, uma nova economia e com
novos empreendedores", sublinhando que sentiu que este é "um projeto
também ambicionado pela própria sociedade civil".
João
Vasconcelos revelou que convidou o secretário que tutela a Economia no Governo
de Macau, Lionel Leong, a visitar Portugal e assegurou que o Governo português
estará, "seguramente", reapresentado "ao mais alto nível"
na reunião ministerial deste ano do Fórum Macau, a plataforma, criada por
Pequim, que visa estreitar as relações comerciais entre a China e os países da
lusofonia.
MP
// CSJ
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