Díli,
20 out (Lusa) - A Polícia Cientifica de Investigação Criminal (PCIC) timorense
quer continuar a colaborar com as restantes estruturas de investigação do país
para garantir uma eficácia cada vez maior, disse à Lusa o diretor nacional da
instituição.
"A
atuação da PCIC, na perspetiva da investigação criminal faz-se em cooperação
com as outras entidades, a Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) e a Comissão
AntiCorrupção (CAC). A PCIC sozinha não faz nada", disse à Lusa Vicente
Fernandes e Brito.
"Precisamos
dessa cooperação cada vez maior entre as instituições. E precisamos de um
processo para esclarecer ao público a importância da PCIC, para fortalecer a
cooperação das instituições nacionais", frisou.
Vicente
Fernandes e Brito falava à Lusa à margem de um seminário de dois dias sobre o
papel da polícia de investigação criminal na consolidação do Estado de Direito
que reúne vários especialistas em Timor-Leste.
O
seminário de dois dias que hoje começou reúne vários especialistas para debater
vários aspetos do papel da polícia de investigação criminal na consolidação do
Estado de Direito.
Marca
ainda o encerramento do Programa de Justiça da União Europeia que desde 2012
têm apoiado o setor em Timor-Leste ajudando, entre outras iniciativas, a criar
a Polícia Cientifica de Investigação Criminal (PCIC) de Timor-Leste, que tomou
posse em janeiro do ano passado.
Igualmente
abrangido no programa, desenvolvido no âmbito da cooperação delegada pela União
Europeia no Instituto Camões, está o apoio à Câmara de Contas (CC), que cumpriu
três anos de atividade recentemente.
O
diretor nacional rejeitou ainda relatos de que poderá haver, atualmente, alguma
competição entre a PCIC, criada em janeiro do ano passado, e a PNTL, no intuito
de conquistar mais 'louros' na investigação de casos em Timor-Leste.
"Não
há competição. Reúno-me com os responsáveis nacionais e distritais da PNTL e
não há qualquer competição. Pode haver um ou outro caso, de algum individuo,
mas não é relevante", afirmou.
Fernandes
e Brito destacou os esforços que a instituição que lidera tem feito para
fortalecer a sua capacidade de trabalho, sublinhando que na atual "fase de
instalação e transição", ainda em curso, " intervenção dos assessores
internacionais da Policia Judiciária de Portugal é muito importante".
"Já
demos alguns passos importantes, incluindo a criação do laboratório, já
organizamos formação especializada, nos dois caso com o apoio de especialistas
de Portugal. São passos importantes, que servem de base para podermos
fortalecer o processo de investigação criminal.
Atualmente
a PCIC conta com 46 investigadores e 33 especialistas de laboratório e está no
processo de aprovisionamento para a construção da nova sede da PCIC, num
projeto que terá um custo total de 22 milhões de dólares.
O
diretor nacional explicou que, desde que foi criada, aquela polícia já concluiu
quase uma centena de investigações, com destaque para casos de falsificação de
documentos, homicídios, burla agravada.
"Os
processos foram remetidos ao Ministério Público para decidir se avança com
acusação ou arquiva", explicou.
ASP
// JPS
Fora do contexto da notícia mas no contexto dos excessos praticados pela PNTL e que parecem não encontrar solução por parte dos responsáveis máximos: Foto
extraída por TA. Polisia Uza Forsa Duni Manifestante Sira Kontra Austrália (gmn - grupomedianacional hamutukhaklakenlialos)
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