quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Polícia timorense quer continuar a colaborar com restantes parceiros de investigação - diretor


Díli, 20 out (Lusa) - A Polícia Cientifica de Investigação Criminal (PCIC) timorense quer continuar a colaborar com as restantes estruturas de investigação do país para garantir uma eficácia cada vez maior, disse à Lusa o diretor nacional da instituição.

"A atuação da PCIC, na perspetiva da investigação criminal faz-se em cooperação com as outras entidades, a Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) e a Comissão AntiCorrupção (CAC). A PCIC sozinha não faz nada", disse à Lusa Vicente Fernandes e Brito.

"Precisamos dessa cooperação cada vez maior entre as instituições. E precisamos de um processo para esclarecer ao público a importância da PCIC, para fortalecer a cooperação das instituições nacionais", frisou.

Vicente Fernandes e Brito falava à Lusa à margem de um seminário de dois dias sobre o papel da polícia de investigação criminal na consolidação do Estado de Direito que reúne vários especialistas em Timor-Leste.

O seminário de dois dias que hoje começou reúne vários especialistas para debater vários aspetos do papel da polícia de investigação criminal na consolidação do Estado de Direito.
Marca ainda o encerramento do Programa de Justiça da União Europeia que desde 2012 têm apoiado o setor em Timor-Leste ajudando, entre outras iniciativas, a criar a Polícia Cientifica de Investigação Criminal (PCIC) de Timor-Leste, que tomou posse em janeiro do ano passado.

Igualmente abrangido no programa, desenvolvido no âmbito da cooperação delegada pela União Europeia no Instituto Camões, está o apoio à Câmara de Contas (CC), que cumpriu três anos de atividade recentemente.

O diretor nacional rejeitou ainda relatos de que poderá haver, atualmente, alguma competição entre a PCIC, criada em janeiro do ano passado, e a PNTL, no intuito de conquistar mais 'louros' na investigação de casos em Timor-Leste.

"Não há competição. Reúno-me com os responsáveis nacionais e distritais da PNTL e não há qualquer competição. Pode haver um ou outro caso, de algum individuo, mas não é relevante", afirmou.

Fernandes e Brito destacou os esforços que a instituição que lidera tem feito para fortalecer a sua capacidade de trabalho, sublinhando que na atual "fase de instalação e transição", ainda em curso, " intervenção dos assessores internacionais da Policia Judiciária de Portugal é muito importante".

"Já demos alguns passos importantes, incluindo a criação do laboratório, já organizamos formação especializada, nos dois caso com o apoio de especialistas de Portugal. São passos importantes, que servem de base para podermos fortalecer o processo de investigação criminal.

Atualmente a PCIC conta com 46 investigadores e 33 especialistas de laboratório e está no processo de aprovisionamento para a construção da nova sede da PCIC, num projeto que terá um custo total de 22 milhões de dólares.

O diretor nacional explicou que, desde que foi criada, aquela polícia já concluiu quase uma centena de investigações, com destaque para casos de falsificação de documentos, homicídios, burla agravada.

"Os processos foram remetidos ao Ministério Público para decidir se avança com acusação ou arquiva", explicou.

ASP // JPS

Fora do contexto da notícia mas no contexto dos excessos praticados pela PNTL e que parecem não encontrar solução por parte dos responsáveis máximos: Foto extraída por TA. Polisia Uza Forsa Duni Manifestante Sira Kontra Austrália (gmn - grupomedianacional hamutukhaklakenlialos)

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