quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Entre o medo e os elogios. Os filipinos e a guerra à droga de Duterte

Faz agora seis meses que o presidente Rodrigo Duterte chegou ao poder nas Filipinas e o crescente número de mortos na sua guerra às drogas não mostra sinais de abrandamento.

Mais de seis mil pessoas foram mortas na operação antinarcóticos desde que chegou à presidência, cerca de um terço em operações policiais e os restantes ainda sob investigação. Muitos, acredita-se, terão sido mortos por vigilantes, crimes que Duterte recusou condenar. O antigo mayor da cidade de Davao, no Sul das Filipinas, conhecido pelo combate ao crime, garantira que a guerra ao tráfico de droga estaria terminada ao fim de seis meses. Mas entretanto já dilatou o prazo. E em novembro garantiu que vai continuar "até que o traficante esteja morto". As suas medidas mais duras têm sido criticadas por muitos, inclusive os Estados Unidos e as Nações Unidas, mas Duterte continua a ter uma popularidade "muito boa" em casa, afirmou em dezembro o instituto de sondagens filipino Social Weather Stations. Nas ruas de Manila, residentes com as mais variadas profissões dão a sua opinião.

Diário de Notícias - Ezra Acayan, Reuters – em Manila

Foto: Já Ronaldo David, um agente da polícia de 49 anos, afirma que “o tempo que passo a arquivar casos no escritório baixou. Agora estou mais concentrado em educar as pessoas e na prevenção”. Foto REUTERS/Ezra Acayan

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