EUA usam a mais potente bomba não nuclear no Afeganistão
O
número de mortes é avançado pelo ministro da defesa do Afeganistão que
acrescenta que não há vítimas civis
Pelo
menos 36 combatentes do Estado Islâmico foram mortos durante o ataque do
exército norte-americano na quinta-feira no Afeganistão. Os Estados Unidos
lançaram a bomba com mais poder destruidor das armas não nucleares e que nunca
tinha sido detonada em combate.
O
número de vítimas foi avançado esta manhã pelo governo de Cabul que já antes
tinha garantido que foi avisado antecipadamente do bombardeamento.
Os
números, segundo a agência Reuteurs, não têm ainda confirmação de qualquer
organização independente, mas o ministro da Defesa afegão, Dawlat Waziri,
garantiu que não houve civis atingidos no ataque que teve como alvos túneis e
passagens subterrâneas.
“Não
há civis feridos, e apenas a base do Estado Islâmico usada para lançar ataques
na região foi destruída”, afirmou Waziri citado pela Reuteurs.
A
"mãe de todas as bombas", alcunha pela qual é conhecida a bomba, foi
lançada por um avião MC-130 na província de Nangarhar.
Segundo
o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, foram atingidos túneis e caves usadas
pelos terroristas do Estado Islâmico. “A Administração Trump leva o combate
contra o Estado Islâmico de forma muito séria”, acrescentou.
Segundo
a mesma fonte, "foram tomados todos os cuidados para não atingir civis”.
Donald
Trump já considerou o ataque um sucesso e depois da Síria, foi a vez do
Afeganistão ser bombardeado pelo exército norte-americano. E, segundo a cadeia
de televisão NBC, a Casa Branca já estará a preparar um ataque preventivo
contra a Coreia do Norte, com armas convencionais, se Pyongyang avançar para
novos testes nucleares, algo, que de acordo com a imprensa internacional, pode
acontecer já este sábado.
Rádio
Renascença (pt)
O
que sabemos sobre "a mãe de todas as bombas" lançada no Afeganistão
A
GBU-43 ou “Massive Ordnance Air Blast” (MOAB) foi agora lançada pela primeira
vez numa situação de combate pelos Estados Unidos, contra alvos do
autoproclamado Estado Islâmico. É mais conhecida como “a mãe de todas as
bombas” e os números mostram porquê.
A
bomba utilizada esta quinta-feira pelos Estados Unidos, no Afeganistão, pesa
quase 10 toneladas e é a maior arma de destruição massiva não-nuclear do
arsenal norte-americano.
A
GBU-43 ou “Massive Ordnance Air Blast” (MOAB) foi lançada esta quinta-feira
pela primeira vez numa situação de combate, contra alvos do autoproclamado
Estado Islâmico.
É
mais conhecida como “a mãe de todas as bombas” e os números mostram porquê.
Consegue uma explosão com um diâmetro de 1,4 quilómetros.
Desenvolvida
pelos investigadores das forças armadas norte-americanas, tem uma potência
equivalente a 11 toneladas de TNT. A bomba nuclear lançada contra Hiroshima e
Nagasaki, durante a II Guerra Mundial, era equivalente a 15 mil toneladas de
TNT, mas tinha efeito onda de calor, choque e radiação.
Considerada
a maior bomba não-nuclear do arsenal dos Estados Unidos, tem pouco mais de nove
metros de comprimento e um metro de diâmetro.
A
MOAB foi concebida com o objectivo de ter um efeito psicológico sobre os
inimigos.
A
GBU-43 foi criada em 2003 para a campanha militar no Iraque contra o regime
Saddam Hussein, mas nunca chegou a ser utilizada. Até agora.
Com
uma única ogiva, foi desenhada para devastar grandes áreas, mas não pode ser
considerada uma bomba de penetração.
Durante
um teste realizado em 2008 provocou uma nuvem em forma de cogumelo que foi
avistada a mais de 30 quilómetros de distância do local de impacto.
Cada
bomba custa cerca de 15 milhões de euros, de acordo com a informação disponível
no site especializado Deagel.
Os
Estados Unidos terão duas dezenas de MOAB no seu arsenal.
"A
mãe de todas as bombas" foi desenhada para ser lançada de aviões MC-130,
produzido nas fábricas da Lockheed, inspirado no conhecido avião de transporte
Hércules C-130.
Em
resposta aos Estados Unidos, a Rússia criou em 2007 a “Aviation Thermobaric
Bomb of Increased Power “(ATBIP), conhecida como o “pai de todas as bombas”,
quatro vezes mais poderosa do que a MOAB.
Rádio
Renascença (pt)
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