Hong
Kong, China, 11 jan (Lusa) -- A Amnistia Internacional disse hoje que a
situação dos direitos humanos em Hong Kong está a deteriorar-se, e que em 2016
atingiu o seu pior nível desde a transição da antiga colónia britânica para a
China, em 1997.
Numa
apresentação do relatório hoje à imprensa em Hong Kong, a Amnistia
Internacional disse que a interpretação por Pequim da Lei Básica
(miniconstituição) de Hong Kong para desqualificar dois deputados eleitos tinha
causado danos ao estado de Direito da cidade.
A
organização não-governamental também apontou que o desaparecimento de cinco
livreiros ligados a uma editora em Hong Kong, que publicava livros sobre a vida
privada de líderes chineses, aumentou as preocupações dos residentes sobre a
liberdade de expressão.
Raees
Baig, responsável da Amnistia Internacional em Hong Kong, disse que o declínio
na liberdade de imprensa também é motivo de preocupação.
"Quando
falamos de liberdade de expressão ou da liberdade de imprensa, vemos que neste
[último] ano houve um aumento dos casos de violência contra jornalistas, e que
há um espaço muito confinado para a liberdade de imprensa ou a liberdade de
expressão. São problemas que estão a agravar-se", disse Raees Baig, citada
pela Rádio e Televisão Pública de Hong Kong (RTHK).
"Este
é o pior ano? Penso que em termos gerais podemos dizer que sim",
acrescentou.
FV
// VM
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