segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

DO VELHO AO NOVO: O QUE ESPECTAMOS?


Em retrospetiva do ano de 2016, no plano internacional, não foi um ano fácil, nem seguro, marcado por atentados na Europa, pela guerra na Síria, pelos milhares de refugiados à procura de um lugar mais seguro e propício a (re)criar um lar, pelo deterioramento das relações entre a Rússia e os Estados Unidos, que se reverteram na ausência de uma solução e resolução da questão da Síria. O resultado das eleições americanas que deram vitória a Donald Trump, um homem com uma personalidade ambígua e incógnita, concentrando nas suas mãos o (des)equilíbrio da cena internacional. Mas nem tudo foi mau, a vitória do engenheiro António Guterres como Secretário-Geral das Nações Unidas fez renascer a esperança de que a mudança é possível, de que a diplomacia pode mover o respeito, dissipar as diferenças, e acima de tudo conferiu às Nações Unidas o respeito e confiança aos olhos do mundo como a Organização capaz de promover a paz mundial, a segurança e a colaboração internacional.    

No plano nacional, Timor-Leste mostrou ao mundo que por ser um país pequeno em termos de dimensão territorial, não o é no que se refere à defesa do seu interesse nacional, dos seus direitos à luz do direito internacional, levando a Austrália à mesa das negociações sobre a disputa da fronteira marítima, de modo a obter um resultado mais favorável e acima de tudo mais justo.  
                                                                         
Chegados ao ano novo de 2017, a certeza que temos é que será um ano com fortes expectativas em torno de questões securitárias, das relações entre as potências mundiais e da sua influência no mundo, bem como da atuação das Nações Unidas e da comunidade internacional perante os conflitos e a defesa dos direitos humanos.

A nível interno, vão se realizar as eleições presidenciais e parlamentares que porão à prova a nossa capacidade de realização de eleições nos moldes democráticos, o respeito pelas diferenças ideológicas num clima que se espera que seja de paz e estabilidade. Neste âmbito, a apresentação de propostas credíveis e viáveis por parte dos partidos políticos face aos desafios sociais e económicos do país serão um elemento-chave para mobilizar os eleitores a votar com a certeza de que é possível promover o desenvolvimento da Nação e do Povo num espírito de trabalho, de dedicação, de esforço e de unidade entre as antigas e novas gerações.     

Mais do que esperarmos por um ano melhor, é sabermos que para termos um ano melhor do que o de 2016, é fazermos e trabalharmos para esse objetivo. Portanto, os partidos políticos e todos os agentes envolvidos ao promoverem com seriedade, empenho e respeito o seu papel, certamente contribuirão para uma corrida eleitoral “saudável” de acordo com os princípios e valores democráticos, bem assim, expressarem o respeito pelo resultado eleitoral.

Votos de um excelente ano de 2017 a todos. 

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