O
ministro da Educação timorense instou o setor privado do país, os pais e o
mundo académico a contribuírem mais ativamente para ajudar a fortalecer o setor
educativo e, em particular, o ensino da língua portuguesa em Timor-Leste.
"Nota-se
que em Timor-Leste há uma ansiedade das pessoas em aprender a língua
portuguesa, mas observamos um grande desafio que é a menor participação por
parte do setor privado e dos pais", afirmou António da Conceição em Díli.
"É preciso uma maior participação crítica de toda a sociedade, do mundo académico e de todos os parceiros de desenvolvimento para ajudar a promover uma melhor educação em Timor-Leste", sublinhou.
Conceição falava na abertura de um seminário subordinado ao tema "Criar, educar e inovar em língua portuguesa" que se insere nas atividades da Semana da Língua Portuguesa, promovida pela Embaixada de Portugal em Díli, em parceria com várias entidades do país.
"É preciso uma maior participação crítica de toda a sociedade, do mundo académico e de todos os parceiros de desenvolvimento para ajudar a promover uma melhor educação em Timor-Leste", sublinhou.
Conceição falava na abertura de um seminário subordinado ao tema "Criar, educar e inovar em língua portuguesa" que se insere nas atividades da Semana da Língua Portuguesa, promovida pela Embaixada de Portugal em Díli, em parceria com várias entidades do país.
Recordando os "grandes desafios" que Timor-Leste ainda enfrenta no
ensino do português e no desenvolvimento do setor da educação em si, o ministro
disse que este mês - entre 15 e 17 - decorre o 3.º Congresso Nacional da
Educação.
Um momento, disse, "para fazer um ponto da situação e refletir sobre o desenvolvimento do setor da educação" e como "elevar a qualidade educativa" especialmente "no contexto da cultura e da sua ligação histórica, muito importante para manter a identidade nacional em Timor-Leste".
A colaboração dos parceiros de desenvolvimento tem sido crucial para os avanços já conseguidos por Timor-Leste no setor educativo, aspeto notado por Manuel Gonçalves de Jesus, embaixador de Portugal em Díli, que recordou que 80% da ajuda bilateral portuguesa a Timor-Leste se destina a apoiar os esforços do Governo timorense em fomentar a aprendizagem e o uso da língua portuguesa.
Um esforço que, em paralelo, apostou no fortalecimento do setor educativo em si, não apenas para responder aos desafios da língua, mas ao papel da educação como elemento de combate à pobreza.
"Tendo presente que a língua portuguesa é a língua veicular no processo de ensino, o reforço do domínio do português é determinante no acesso equitativo à educação e como fator potenciador dos elementos científico e tecnológico e da inovação", frisou.
Neste âmbito, o diplomata destacou a importância da projeção da língua além da formação e escolarização, com aspetos como a criatividade e a inovação a poderem contribuir de forma determinante para a consolidação da língua portuguesa no país.
A poucos dias de cumprir 15 anos da restauração da independência (que se celebram a 20 de maio) Timor-Leste tem um crescente número de falantes de português com algumas estatísticas a indicarem que cerca de 30% dos timorenses falam a língua (que é oficial a par do tétum).
Grande parte da dificuldade na progressão do ensino do português deve-se ao défice de recursos humanos, nomeadamente professores capacitados, quer no ensino da língua portuguesa, quer em questões como pedagogia e outras competências.
SAPO TL com Lusa
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