As
autoridades do Nepal elevaram hoje para 1.805 o número de mortos causados pelo
forte sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter que sacudiu, este sábado, o
país.
"O
balanço é de 1.805 e de pelo menos 4.718 feridos", disse o porta-voz do
Ministério do Interior nepalês, Laxmi Prasad Dhakal, à agência France Presse.
O
terramoto, cujo epicentro foi localizado a cerca de 80 quilómetros da capital,
Katmandu, destruiu inúmeros edifícios e monumentos históricos e foi sentido
noutros países da região, como Índia e China, onde também deixou vítimas.
Pelo
menos 34 pessoas morreram na Índia e 17 outras na China.
Milhares
de nepaleses passaram esta noite nas ruas da capital receando novas réplicas do
terramoto, o pior da história recente do Nepal.
Inúmeros
governos e organizações internacionais manifestaram a sua solidariedade para
com o Nepal e ofereceram ajuda.
O
secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou que a organização prepara
"um grande esforço" de assistência aos nepaleses.
Os
Estados Unidos anunciaram de imediato o envio de uma equipa de especialistas em
resposta a catástrofes e um milhão de dólares em ajuda para responder às
primeiras necessidades.
Também
a China fez saber do destacamento de uma equipa, integrada por efetivos do
Exército de Libertação Popular, para apoiar as operações de salvamento e
resgate, esperada hoje em Katmandu por volta do meio-dia. A Índia anunciou o
envio de equipas médicas e de material hospitalar.
O
forte abalo telúrico de sábado provocou ainda uma avalanche no Monte Evereste
que causou pelo menos 14 mortos, de acordo com o mais recente balanço,
facultado hoje por Gyanendra Kumar Shrestha, funcionário do departamento de
Turismo do Nepal.
"Catorze
mortes foram confirmadas até ao momento. Tememos que o número possa
aumentar", disse o mesmo responsável, informando do envio de helicópteros
para o campo base. Entre as vítimas identificadas até ao momento encontra-se
Dan Fredinburg, executivo da Google.
Um
correspondente da France Presse no local constatou que os seis helicópteros
aterraram no campo base do Monte Evereste, após uma melhoria das condições do
tempo durante a madrugada.
Shinji
Tamura, um guia, afirmou que pelo menos 40 pessoas ficaram feridas na sequência
da avalanche desencadeada pelo sismo e que "ninguém sabe quantas estão
desaparecidas".
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Ao Minuto com Lusa
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