Nações
Unidas, 24 abr (Lusa) -- O secretário-geral da ONU exortou hoje o governo
indonésio a não executar dez pessoas, entre as quais o brasileiro Rodrigo
Muxfeldt Gularte, condenadas à morte por tráfico de droga, reiterando a
tradicional oposição à pena capital.
Os
dez condenados são um indonésio e nove estrangeiros oriundos da Austrália,
Brasil, Filipinas, Nigéria e França.
Nove
destes condenados foram hoje informados da sua execução iminente, tendo o
francês Serge Atlaoui sido excluído da lista das próximas execuções.
Ban
Ki-moon "apelou ao governo indonésio para não executar, como anunciou, os
dez prisioneiros que se encontram no corredor da morte pelos crimes
alegadamente ligados à droga", indicou um comunicado da ONU.
"Segundo
a legislação internacional, em casos onde a pena de morte está em vigor, esta
apenas deve ser aplicada em crimes graves, como mortes com premeditação",
refere a organização.
A
ONU acrescenta que "as infrações ligadas à droga não estão normalmente
incluídas nesta categoria de crimes muito graves".
Gularte
foi preso em julho de 2004 após entrar na Indonésia com seis quilos de cocaína
dentro de pranchas de surf, tendo sido condenado á morte em 2005.
SMM
// PJA
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