Um
forte sismo de magnitude 7,9 na escala de Richter ocorreu este sábado no Nepal,
tendo sido sentido também em algumas regiões da Índia e provocado avalanchas na
região do monte Everest, nos Himalaias.
Os
últimos números são trágicos e há a expectativa de que continuem a aumentar nas
próximas horas.
A
imprensa internacional dá como confirmado que o sismo já matou mais de mil
pessoas no Nepal - 934 (634 só na zona de Katmandu)-, 36 na Índia , quatro no
Bangladesh, 12 na China e seis no Tibete.
A
BBC avança que mais de 1700 pessoas ficaram feridas.
Já
é noite no Nepal. As equipas de socorro tentam agora apoiar as pessoas mais
vulneráveis que ficaram desalojadas e não têm onde dormir.
A destruição na zona da capital é a mais relatada, mas
fontes oficiais já confirmaram à imprensa internacional que os danos materiais
e pessoais atingiram todo o país. O governo do Nepal declarou estado de
emergência no país.
"As
mortes foram relatadas em quase todas as regiões, exceto no extremo oeste.
Todos os nossos agentes de segurança foram mobilizados para resgatar e ajudar
aqueles que necessitarem", disse o porta-voz da polícia nacional, Kamal
Singh Bam.
A
torre Dharhara, um edifício de nove andares de Katmandu caiu e a praça Durbar,
no centro da capital, considerada Património da Humanidade da Unesco, está,
segundo testemunhas, em estado irreconhecível.
Cerca
de uma dúzia de corpos foram retirados das ruínas da torre Dharhara, no centro
da capital, que sofreu enormes danos devido ao sismo, e que foi também sentido
nos países vizinhos, na hora do almoço, de acordo com um fotógrafo da agência
francesa AFP que está no local da tragédia.
Avalanchas
mataram montanhistas
Vários
montanhistas morreram e outras 40 pessoas ficaram feridas na região do monte Everest,
nos Himalaias, devido a avalanchas provocadas nas montanhas pelo terramoto de
magnitude 7,9 na escala de Richter que atingiu o Nepal.
Já
foram encontrados 18 corpos, quando estavam pelo menos mil montanhistas, 400
dos quais estrangeiros, no campo base quando ocorreu o abalo.
De
acordo com a agência espanhola EFE, os dois espanhóis que se encontram no local
estão bem.
Foi
este o relato de Javier Camacho Giménez, um montanhista e fotógrafo que, junto
com o outro espanhol Ricardo Fernandéz, encontram-se no campo base para tentar
subir a montanha Lhotse (próximo ao Everest), na região da cordilheira dos
Himalaias, sem sherpas (guias) e sem a ajuda de garrafas de oxigénio.
O
sismo surpreendeu o campo base e provocou uma avalanche no pico Pumori (próximo
do Everest), que soterrou alguns acampamentos, especialmente os que integravam
os montanhistas chineses e japoneses.
Os
dois espanhóis, que estão a ajudar nas operações de salvamento, disseram que
está o "caos" no campo base, com a movimentação de helicópteros e a
instalação de um hospital de campanha para socorrer os feridos.
Forte
abalo
O
terramoto ocorreu às 06.11 horas GMT (07.11 horas em Portugal continental) a 81
quilómetros a noroeste de Katmandu, onde danos materiais foram registados pelos
meios de comunicação, segundo a imprensa local.
"As
paredes das casas estão a desabar à minha volta, sobre as estradas. Todas as
famílias estão fora de suas casas, nos seus quintais. Os tremores estão ainda a
acontecer", disse um repórter da agência AFP em Katmandu.
Inicialmente,
surgiu a informação de que a magnitude seria de 7,5 na escala de Richter, mas
foi posteriormente ajustada para 7,9, com uma profundidade de 15 quilómetros,
segundo o Instituto de Geofísica Norte-Americano (USGS).
O
terramoto aconteceu a 68 quilómetros a leste da cidade turística de Pokhara.
Os
meios de comunicação referiram que o sismo durou entre 30 segundos e dois
minutos, tendo sido sentido também em várias localidades da Índia, incluindo a
cidade de Nova Deli.
"Estamos
no processo de procurar mais informações e a trabalhar para alcançar os mais
afetados, nos dois lados da fronteira", disse o primeiro-ministro indiano,
Narendra Modi.
O
edifício da AFP em Deli foi evacuado duas vezes após o terramoto, disse um dos
correspondentes da agência francesa.
Um
terramoto de magnitude 6.9 na escala de Richter atingiu o nordeste da Índia em
2011, afetando também o Nepal e matando 110 pessoas.
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