Nações
Unidas, 02 set (Lusa) -- O Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, que
protestou contra as Nações unidas por criticarem o seu Governo, recusou um
convite para se encontrar com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
O
porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, disse que "contactos foram feitos
para combinar uma hora" para um encontro à margem do fórum da ASEAN
(Associação de Nações do Sudeste Asiático) no Laos, na próxima semana, mas
"não foi possível acordar nenhuma hora".
Um
porta-voz dos Negócios Estrangeiros de Manila disse que 11 chefes de Estado
requisitaram encontros com Duterte durante o encontro da ASEAN e que o
Presidente Filipino disse sim a nove.
"Por
favor compreendam que ele não pode aceitar todos [os pedidos] e ninguém pode
imputar algo de negativo àqueles que ele não conseguiu acomodar", disse
Charles José.
Duterte
manifestou-se contra o organismo mundial depois de um relator especial da ONU
ter criticado a sua estratégia para reduzir o crime, chegando mesmo a ameaçar
deixar as Nações Unidas, algo que depois retirou, dizendo tratar-se de uma
piada.
Quase
2.000 pessoas morreram desde que Duterte assumiu o cargo de Presidente, a 30 de
junho, e lançou a sua 'guerra' ao crime, de acordo com o chefe da polícia
nacional.
Duterte
insiste que a maioria das 756 pessoas mortas pela polícia era suspeita de
crimes de droga e resistiu à detenção, enquanto os outros morreram devido a
guerras de gangues criminosos.
No
entanto, organizações de direitos humanos e alguns deputados, entre outros,
acreditam que as forças de segurança estão a realizar homicídios extrajudiciais
a uma escala sem precedentes.
ISG//ISG
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