Díli,
19 jul (Lusa) - Um grupo de 75 bolseiros timorenses recebeu hoje simbolicamente
os seus bilhetes e seguro de viagem, antes de partir para estudar cursos de
docência de ensino básico e secundário em universidades de Portugal, Cabo Verde
e Cuba.
As
bolsas, atribuídas pelo Gabinete de Apoio aos Estudantes (GCAE) do Ministério
da Educação timorense, destinam-se a alunos que vão estudar docência no ensino
básico e secundário, duas das áreas de maior carência de formados em
Timor-Leste.
Antonio
da Conceição, ministro da Educação timorense, destacou a importância deste
programa de bolsas para o reforço dos recursos humanos timorenses, que conta com
o apoio de Portugal, Cabo Verde e Cuba.
"E
falo-vos em português porque vocês vão estudar para países que falam português.
É um desafio. Mas é obrigatório que o estudante domine a língua para poder
aprender", afirmou.
"E
por isso insisto para que todos vocês deem a maior atenção e dedicação ao
estudo da língua. É essencial", acrescentou o governante.
Mediante
os acordos bilaterais com Portugal, os alunos, explicou, terão inicialmente
apoio intensivo na formação de língua portuguesa, completando depois um ano
'zero' nas universidades, antes de iniciar o curso formal.
Uma
solução que pretende evitar problemas com bolseiros no passado que sentiram
grandes dificuldades com o português.
"Peço
aos estudantes que usem esta oportunidade para estudar, para aprender e para
fomentar o intercâmbio. Serem timorenses lá, mas adaptando-se às culturas
locais", disse.
São
abrangidos por esta fase do programa um total de 75 bolseiros, dos quais 30 vão
estudar para Portugal, 20 para Cabo Verde e 25 para Cuba. O programa deverá ser
ampliado no futuro.
Além
dos custos com as viagens e matrículas e propinas - pagas por Timor-Leste no
âmbito de protocolos com os Governos dos países de destino - cada aluno
receberá 300 dólares para instalação inicial e mais 300 dólares para material
didático.
Mensalmente,
os alunos em Cuba e Cabo Verde receberão 500 dólares e os alunos em Portugal
receberão 900 dólares.
"Peço
aos pais que ajudem e acompanhem os vossos filhos que estão a estudar. Nós
acompanharemos, mas não é só responsabilidade do Ministério da Educação",
disse.
"Desejamos
a todos felicitações. Esta formação é importante para vocês e para Timor-Leste.
Sejam responsáveis e sintam a nação. Voltem formados. Precisamos de
professores. Até 2029 precisamos de mais de 3.000 professores", apelou o
ministro da Educação timorense.
O
decreto que regulamenta a atribuição das bolsas explica que se destinam a
"apoiar a formação académica exigida para a qualificação dos professores
para o terceiro ciclo do ensino básico e ensino secundário geral e técnico-
vocacional".
Serão
abrangidas várias "áreas específicas do ensino, de acordo com a escassez
dos recursos humanos da educação", sublinha o texto.
Nos
últimos anos já beneficiaram de apoio mais de 3.400 bolseiros timorenses, que
estudaram em vários países da Ásia, Europa, África e América Latina.
Antonio
da Conceição anunciou ainda que o Conselho de Ministros de hoje aprovou um
decreto para regularizar o estatuto dos professores contratados.
"Podemos
assim ultrapassar mais uma situação pendente no Ministério da Educação",
afirmou.
ASP
// VM
2 comentários:
hAAAA...PENSEI Q OS BOLSOS FORAM OFRECIDOS PLO GOVERNO PORTUGUES,,,AFINAAAALLLLLLL............
OLHA APROVEITEM ESTUDAR...PQ E O DIHEIRO DO POVO TIMORENSE!!
O Instituto Camões também oferece bolsas. E havendo necessidade de 3000 professores, quanto mais bolsas houver, mais timorenses poderão se formar. E é isso que interessa, não?
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