terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Eleições presidenciais timorenses decorrem a 20 de março, tomada de posse a 20 de maio

Díli, 16 jan (Lusa) - O Presidente da República timorense, Taur Matan Ruak, anunciou hoje que as eleições presidenciais timorenses se realizam no próximo dia 20 de março, permitindo a tomada de posse do novo chefe de Estado a 20 de maio.

"O Presidente da República Taur Matan Ruak marcou as eleições para Presidente da República para o dia 20 de março de 2017, depois de ouvir os partidos com assento parlamentar e o Governo", refere um comunicado da Presidência enviado à Lusa.

"O Presidente da República espera que a campanha eleitoral e as eleições presidenciais decorram de forma ordeira e pacífica, permitindo a escolha livre e informada dos cidadãos", refere o custo comunicado.

O facto de as eleições se realizarem a 20 de março permite, caso seja necessário, a realização de uma segunda volta um mês depois, a 20 de abril e a tomada de posse do novo chefe de Estado a 20 de maio.

Taur Matan Ruak já confirmou, em entrevista à Lusa em 2015, que não se vai recandidatar ao cargo.

Este comunicado não se refere ainda à data das eleições legislativas que têm que ocorrer também este ano e que previsivelmente deverão ser marcadas para o inicio de julho.

Os atos eleitorais deste ano serão os primeiros com votação de timorenses na diáspora, nomeadamente em Portugal e na Austrália, e ocorrem depois das eleições locais realizadas em outubro e novembro.

Até ao momento já se apresentaram três candidaturas às eleições presidenciais, sendo o favorito, para já, o atual presidente da Fretilin, Francisco Guterres (Lu-Olo), no que será a sua terceira candidatura ao cargo.

Já confirmadas estão também as candidaturas de António Maher Lopes (Fatuk Mutin), apoiado pelo Partido Socialista de Timor (PST), e José Neves, ex-vice-comissário da Comissão Anticorrupção (CAC), que se apresenta como independente.

Igualmente na terceira candidatura poderá estar José Ramos-Horta, que foi chefe de Estado entre 2007 e 2012 (estava no cargo quando foi baleado a tiro num atentado que quase lhe tirou a vida) e que até ao momento não confirmou se aceita ou não o que diz serem os apelos de vários setores da sociedade timorense.

ASP//ISG

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