terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Austrália condena Japão por caça de baleias no Oceano Antártico

Sydney, Austrália, 16 jan (Lusa) -- O Governo da Austrália condenou hoje o Japão por retomar a caça de baleias no Oceano Antártico, após a divulgação de imagens de um cetáceo morto a bordo de um barco japonês que se encontrava em águas protegidas.

O ministro do Ambiente, Josh Frydenberg, manifestou "profunda deceção", um dia depois de a organização Sea Shepherd divulgar fotografias e vídeos de uma baleia minke no barco japonês Nisshin Maru.

As imagens foram captadas quando o baleeiro navegava dentro do santuário australiano de baleias, perto da Antártida.

"A Austrália opõe-se a todas as formas de caça da baleia, [incluindo a] comercial e a chamada 'científica'", disse Frydenberg, em comunicado.

A denúncia da Sea Shepherd surgiu depois de o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, se ter reunido no sábado, em Sydney, com o seu homólogo australiano, Malcolm Turnbull, para discutir questões de segurança nacional, cooperação militar e comércio, bem como o tema da caça de baleias, entre outros assuntos.

O Japão retomou em novembro a temporada de caça de baleias "com fins científicos" nas águas do Antártico, a sua segunda incursão na zona para estas atividades, após uma paragem de dois anos na sequência de uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça.

Em 2014, o tribunal, em resposta a um pedido australiano, decidiu que a caça de baleia do Japão não se ajustava aos fins científicos estabelecidos pela Comissão Baleeira Internacional.

Até à proibição, as incursões japonesas capturaram 850 exemplares de minke, 50 de baleias jubarte e 50 baleias comuns para fins científicos.

ISG // SB

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