Sydney,
Austrália, 16 jan (Lusa) -- O Governo da Austrália condenou hoje o Japão por
retomar a caça de baleias no Oceano Antártico, após a divulgação de imagens de
um cetáceo morto a bordo de um barco japonês que se encontrava em águas
protegidas.
O
ministro do Ambiente, Josh Frydenberg, manifestou "profunda deceção",
um dia depois de a organização Sea Shepherd divulgar fotografias e vídeos de
uma baleia minke no barco japonês Nisshin Maru.
As
imagens foram captadas quando o baleeiro navegava dentro do santuário
australiano de baleias, perto da Antártida.
"A
Austrália opõe-se a todas as formas de caça da baleia, [incluindo a] comercial
e a chamada 'científica'", disse Frydenberg, em comunicado.
A
denúncia da Sea Shepherd surgiu depois de o primeiro-ministro japonês, Shinzo
Abe, se ter reunido no sábado, em Sydney, com o seu homólogo australiano,
Malcolm Turnbull, para discutir questões de segurança nacional, cooperação
militar e comércio, bem como o tema da caça de baleias, entre outros assuntos.
O
Japão retomou em novembro a temporada de caça de baleias "com fins
científicos" nas águas do Antártico, a sua segunda incursão na zona para
estas atividades, após uma paragem de dois anos na sequência de uma ordem do
Tribunal Internacional de Justiça.
Em
2014, o tribunal, em resposta a um pedido australiano, decidiu que a caça de
baleia do Japão não se ajustava aos fins científicos estabelecidos pela
Comissão Baleeira Internacional.
Até
à proibição, as incursões japonesas capturaram 850 exemplares de minke, 50 de
baleias jubarte e 50 baleias comuns para fins científicos.
ISG
// SB
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