Coreia
do Sul receia ataque preventivo norte-americano
A
televisão norte-coreana KCTV anunciou hoje que o projétil lançado pelo regime
de Pyongyang é um novo modelo de um míssil balístico intercontinental (ICBM),
batizado de Hwasong-15, capaz de alcançar "todo o território dos Estados
Unidos". O Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, exprimiu a sua preocupação
com a possibilidade de o aperfeiçoamento de um míssil balístico
intercontinental pela Coreia do Norte levar os EUA a considerarem um ataque
preventivo.
Tal
como é hábito, coube à veterana pivô Ri Chung-hee fazer o anúncio, em tom
solene, do “bem-sucedido” lançamento que foi “autorizado e presenciado pessoalmente
pelo líder” Kim Jong-un, o primeiro que o regime de Pyongyang leva a cabo após
dois meses e meio.
O
míssil foi disparado em direção a leste a partir da província de Pyongan do
Sul, a cerca de 25 quilómetros da capital norte-coreana, Pyongyang, por volta
das 03:17 (18:17 de terça-feira em Lisboa).
O
projétil percorreu cerca de 960 quilómetros, atingindo uma altitude de mais de
4.000 quilómetros, antes de se despenhar no Mar do Japão (denominado de Mar do
Leste nas Coreias).
Tal
representa a máxima altitude alcançada até à data por um míssil norte-coreano e
sinaliza um novo e perigoso avanço do programa norte-coreano.
O
Pentágono anunciou que o míssil lançado esta terça-feira pela Coreia do Norte é
um engenho balístico intercontinental, que realizou um voo de mil quilómetros.
Estados
Unidos, Coreia do Sul e Japão já reagiram ao mais recente lançamento, acordando
impulsionar mais sanções internacionais contra Pyongyang.
O
Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) vai reunir de
emergência, hoje à tarde por causa do lançamento do míssil efetuado pela Coreia
do Norte, anunciou a presidência italiana.
Presidente
sul-coreano receia eventual ataque preventivo dos EUA à Coreia do Norte
O
gabinete presidencial sul-coreano divulgou na quarta-feira (noite de
terça-feira em Lisboa) que Moon afirmou, durante uma reunião do Conselho de
Segurança Nacional, que aquele aperfeiçoamento pode provocar que a situação na
segurança regional entre numa "espiral fora de controlo".
Moon
disse que é importante prevenir uma situação em que o (Coreia do) Norte possa
fazer erros de cálculo e ameace o (Coreia do) Sul com armas nucleares ou que os
EUA considerem a possibilidade de um ataque preventivo para eliminarem a
ameaça.
O
chefe de Estado sul-coreano apelou aos seus militares para que reforcem as suas
capacidades.
O
disparo deste míssil, com alcance que permite atingir território
norte-americano, foi o primeiro ensaio em dois meses e meio, depois de o
último, de médio alcance, ter sobrevoado o norte do Japão antes de cair no mar.
Os
continuados ensaios com armas feitos pelo regime de Kim Jong-un, entre os quais
um ensaio nuclear no passado 03 de setembro, aumentaram a tensão na zona a
níveis nunca vistos depois da guerra da península da Coreia (1950-1953).
Na
assembleia-geral da ONU, em setembro, Trump foi duro quanto aos
programas nucleares norte-coreanos e ameaçou "destruir totalmente" a
Coreia do Norte se Pyongyang continuasse com as provocações.
Por
várias vezes, Trump afirmou também que não descarta uma ação militar contra o
regime de Pyongyang, uma vez que, disse, anos de diálogo não serviram para
nada.
Coreia
do Sul vai reavaliar segurança dos Jogos Olímpicos de Inverno
O
Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, afirmou hoje que vai "reavaliar
de perto" se o último lançamento de um míssil por parte da Coreia do Norte
vai afetar os esforços para receber os Jogos Olímpicos de Inverno em 2018.
O
gabinete do Presidente sul-coreano anunciou que Moon Jae-in afirmou, durante o
Conselho de Segurança Nacional, que é importante encontrar soluções para
"gerir de forma estável" a situação.
Os
preparativos para os Jogos Olímpicos de Inverno, que vão decorrer em fevereiro
de 2018 em Pyeongchang, estão a ser ofuscados pelos testes nucleares e de misses
da Coreia do Norte este ano.
A
França já anunciou que a sua equipa olímpica não viajará para a Coreia do Sul,
caso a segurança não seja garantida.
A
Coreia do Sul pretende que a Coreia do Norte participe nos Jogos Olímpicos para
atenuar as preocupações, mas esse dado ainda não está confirmado.
Madre
Média / Lusa / Sapo 24
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