Macau,
China, 19 out (Lusa) - As autoridades de Macau decidiram hoje adiar para o
final do mês o Festival da Lusofonia, previsto para o próximo fim de semana,
devido à aproximação de um tufão.
"Devido
à possibilidade da aproximação do tufão Haima a Macau, de modo a garantir a
segurança do público e dos participantes, o 19.º Festival da Lusofonia,
organizado pelo Instituto Cultural (IC), originalmente programado para ter lugar
durante três dias consecutivos, entre 21 e 23 de outubro, será adiado para 28 a
30 de outubro", lê-se num comunicado hoje divulgado, que não revela mais
pormenores sobre alterações na programação.
A
mesma nota do IC, limita-se a garantir que, apesar da alteração, o festival
proporcionará "ainda um excelente programa de atividades", que
incluem concertos, espetáculos de dança, jogos e gastronomia.
A
19.ª edição do Festival da Lusofonia de Macau foi apresentada a 06 de outubro.
Do
programa inicial faziam parte concertos da banda portuguesa HMB e de artistas
de todos os outros países de língua portuguesa e de territórios ligados à
lusofonia, além de nomes locais.
Estavam
previstas atuações de Os Tubarões, de Cabo Verde, dos Garimpeiros, de
Moçambique, de Margareth Menezes, do Brasil, de Tino Trimó, da Guiné-Bissau, de
Tonecas Prazeres, de São Tomé e Príncipe, de Don Kikas, de Angola, de Knananuk
Timor, de Timor-Leste, e dos Latin Connection, de Goa (Índia).
O
festival costuma contar ainda, em todas as edições, com mostras da cultura de
comunidades lusófonas residentes em Macau, incluindo gastronomia, música,
danças, jogos ou artesanato.
O
Festival da Lusofonia de Macau realiza-se ininterruptamente desde 1998, quando
o território ainda era administrado por Portugal e o evento integrou as
atividades para assinalar o 10 de Junho.
Macau
passou a ser uma Região Administrativa Especial da China em 1999 e as
autoridades locais continuaram a organizar o Festival da Lusofonia,
"simbolizando a transmissão da longa história entre as culturas chinesa e
portuguesa", como afirmou a 06 de outubro o vice-presidente do Instituto
Cultural de Macau, Leung Hio Ming.
O
mesmo responsável realçou que o festival é hoje "uma das grandes
festividades anuais do calendário de Macau", atraindo visitantes e
turistas que podem assim "experienciar a abertura e hospitalidade da
cultura lusófona e ainda sentir a distinta multiculturalidade" da cidade.
No
ano passado, passaram pelo festival 19 mil pessoas.
A
Região Administrativa Especial de Macau mantém o português como uma das suas
línguas oficiais
MP
// JMR
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