Maputo,
31 ago (Lusa) - A União dos Exportadores da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (UE-CPLP) considera que a solução para estagnação das economias da
organização pode passar pelo incremento da cooperação empresarial,
capitalizando o potencial de cada um dos nove Estados-membros.
"Este
momento é único, quando há convulsões económicas, como está a acontecer com os
países da CPLP, que passam por uma situação de estagnação, é quando há
oportunidades", afirmou Mário Costa, presidente da UE-CPLP, falando num
seminário sobre o potencial de exportações na comunidade, no âmbito da 52.ª
edição da Feira Internacional de Maputo (Facim), que decorre desde
segunda-feira, no distrito de Marracuene, província de Maputo.
As
capacidades do Brasil e de Portugal no plano do conhecimento, tecnologias e
aposta na internacionalização das suas empresas, prosseguiu Costa, podem ser
complementadas com o potencial de países como Angola e Moçambique em recursos
naturais e necessidade de diversificação económica.
"Temos,
por um lado, Brasil e Portugal, com conhecimento, tecnologia e investimento, e
temos, por outro lado, economias virgens e com abundância de recursos naturais,
como Timor-Leste, Angola e Moçambique", realçou.
Para
o presidente da UE-CPLP, a aposta no incremento da cooperação empresarial pode
catapultar a organização para um estatuto de potência económica mundial, dada a
grandeza do mercado que representa e o seu potencial económico.
Por
seu turno, o presidente do Instituto de Promoção das Exportações (IPEX) de Moçambique,
João Macarringue, realçou igualmente a necessidade de os países da CPLP
potenciarem os seus recursos económicos, como forma de gerar prosperidade para
os seus cidadãos.
"Os
poucos resultados até agora alcançados no quadro da CPLP a nível económico são
uma amostra dos grandes benefícios que podem ser conseguidos com uma aposta
mais robusta na cooperação", afirmou Macarringue.
O
presidente do IPEX apontou o apoio que tem sido prestado pela UE-CPLP para a
exportação de produtos agrícolas moçambicanos como uma das mais-valias da
cooperação económica na organização.
O
presidente da Comissão Executiva do Banco Comercial e de Investimentos (BCI) de
Moçambique, participado pela CGD e pelo BPI, Paulo Sousa, enfatizou a
necessidade de soluções financeiras viradas ao apoio à exportação como
ferramenta essencial para a internacionalização das empresas de Moçambique, em
particular, e da CPLP, no geral.
"Hoje
temos desenvolvidas soluções financeiras aptas a apoiar a internacionalização
das empresas, porque entendemos que é por ai que passa o crescimento e o
desenvolvimento económico", acrescentou Paulo Sousa.
PMA
// EL
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