Díli,
21 set (Lusa) - Os timorenses que residam na Austrália e em Portugal vão poder
em 2017, e pela primeira vez desde que Timor-Leste é independente, votar nas
eleições presidenciais e legislativas, disse à Lusa o ministro da Administração
Estatal.
"Desde
que Timor-Leste é um país os timorenses fora nunca puderam votar. Fica assim
registado que é com este Governo que isto vai acontecer pela primeira
vez", disse, em entrevista à Lusa, Dionísio Babo.
Segundo
explicou Babo, que é também ministro de Estado, Coordenador dos Assuntos da
Administração do Estado, o processo de recenseamento vai estar aberto entre
outubro e dezembro, para já apenas na Austrália e em Portugal, onde residem as
maiores comunidades timorenses.
No
caso de Portugal, explicou, estarão também abrangidos os milhares de
luso-timorenses que estão a trabalhar na Inglaterra e Irlanda e que, para poder
recensear-se, terão que fazê-lo em Lisboa.
"O
processo de recenseamento vai arrancar em outubro. Para a votação, ainda
estamos ainda a debater o melhor método", frisou, explicando que poderá
ter que ser solicitado espaço em Lisboa ao Governo português para o ato
eleitoral.
A
única vez em que timorenses fora de Timor-Leste puderam votar ocorreu no
referendo de 30 de agosto de 1999, ou seja antes da restauração da
independência, não tendo podido participar em qualquer dos atos eleitorais
conduzidos desde aí.
A
decisão de avançar com o recenseamento eleitoral para os votos de 2017 foi
tomada na última reunião de Conselho de Ministros.
Babo
explicou que na Austrália se prevê que possa haver vários locais de registo e,
posteriormente, de votação, estimando-se que residam no país cerca de 70 mil timorenses,
incluindo "20 mil ou mais eleitores".
Em
Portugal - contando com os cerca de 8.000 na Irlanda ou Inglaterra - poderá
haver um universo de cerca de 20 mil pessoas.
ASP
// VM - Foto em Kiakilir.
1 comentário:
Fico muito feliz! :)
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