Díli,
02 jun (Lusa) -- Centenas de pessoas, entre elas vários membros do Governo,
convergiram no exterior da morgue do hospital de Díli, onde se encontra o corpo
do ministro Coordenador dos Assuntos Sociais e da Educação, Fernando Lasama de
Araújo, que morreu hoje.
Fonte
do Executivo disse à Lusa que é previsível que se realize um funeral de Estado,
já que Lasama de Araújo foi titular de vários cargos públicos, incluindo
Presidente da República interino e presidente do parlamento nacional.
Fonte
parlamentar disse à Lusa que a conferência de líderes foi convocada para hoje
de manhã, devendo ser aprovado um voto de pesar que pode ser lido ainda no
arranque da sessão plenária antes de ela ser suspensa.
Prevê-se
igualmente uma homenagem na sede da RENETIL, organização que Lasama de Araújo
ajudou a fundar e da qual foi secretário-geral.
Fonte
do gabinete de Lasama de Araújo disse à Lusa que o corpo deverá ser transferido
para a sua casa oficial, no bairro Farol, em Díli, antes de seguir para a
RENETIL, onde haverá uma primeira homenagem.
O
corpo será depois levado ao Ministério da Educação para um tributo por parte
dos funcionários antes de uma cerimónia especial também no Parlamento Nacional.
Desde
que se confirmou a notícia da morte que muitas pessoas acorreram ao Hospital
Nacional Guido Valadares (HNGV), juntando-se em cânticos religiosos no exterior
da morgue deputados, o ex-presidente do Parlamento Nacional Lu'Olo e vários
membros do Executivo.
Fernando
Lasama de Araújo morreu hoje, aos 53 anos, no Hospital de Díli, na sequência de
uma trombose com derrame cerebral.
Fundador
da organização jovem da resistência timorense RENETIL e candidato presidencial
em 2007, Lasama de Araújo foi Presidente da República interino de Timor-Leste
em 2008, depois do atentado contra José Ramos-Horta.
Secretário-geral
da RENETIL foi detido em 1991 em Timor-Leste, tendo cumprido seis anos e quatro
meses de cadeia em Cipinang, a mesma onde estava então detido Xanana Gusmão.
Natural
de Mautasi, Ainaro, testemunhou aos 12 anos o massacre de 18 familiares pelo
exército indonésio, segundo a sua biografia.
Era
desde fevereiro membro do VI Governo constitucional, onde ocupava os cargos de
ministro de Estado, Coordenador dos Assuntos Sociais e Ministro da Educação.
ASP
// DM.
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