domingo, 13 de maio de 2018

SUCESSO NA GOVERNAÇÃO DOS NOVOS-VELHOS ELEITOS – um sonho possível?


Beatriz Gamboa, opinião

As eleições em Timor-Leste das legislativas antecipadas tiveram ontem o seu dia maior com o país no habitual frenesim eleitoral e centenas de milhares de eleitores a caminharem rumo às suas secções de voto, algumas longe de onde habitam. Em alguns casos o governo ainda vigente disponibilizou transportes. Impossível de beneficiar todos os que precisaram, é o costume dos governos do país, deixam a maior parte daquilo que pode beneficiar as populações a meio dos objetivos, registando-se frequentemente que nem a meio chegam porque nem lhes dão início. Que fique esclarecido que tal política tem acontecido com todos os governos e nem se pode afirmar que assim aconteça por falta de verbas orçamentais. Quais os destinos que levam tais verbas é que muitas vezes não ficamos sabendo.

É notícia pelo mundo que os resultados eleitorais em Timor-Leste já foram apurados provisoriamente e que a nova AMP – Aliança de Mudança e Progresso – atingiu a maioria absoluta, indo ocupar pelo menos 33 lugares dos total de 65 no Parlamento Nacional. Os resultados são provisórios mas os vencedores absolutos esperam ainda conseguir mais um lugar, somando 34. O segundo partido político mais votado foi a FRETILIN, partido histórico que após o golpe de estado de 2006 nunca mais atingiu maioria absoluta. Sendo sempre a partir daí Xanana Gusmão o grande vencedor eleitoral, assim como vencedor noutras vertentes.

Para muitos instalou-se a surpresa com esta vitória de Xanana Gusmão – não duvidem os que a ele se aliaram que sem Xanana não conseguiriam fazer parte de uma expressiva maioria – mas tal surpresa não é justificável. Quem não sabia que os resultados eleitorais iriam bafejar Xanana Gusmão com esta maioria? Ou será que os ingénuos ou menos a par da influência preponderante do líder histórico e sistemático dirigente dos governos de Timor-Leste desconhecem que no país acontece o que Xanana Gusmão quer porque as suas capacidades e visionismo político lhe permitem antecipar a obtenção das condições para vencer e impor-se? Só distraídos ignoram o facto.

Temos então novamente Xanana na chefia do governo eleito e no Parlamento Nacional a maioria que representa a AMP que ele chefia. Taur Matan Ruak, ex-presidente da república, será o número dois do governo. Taur estará sempre predestinado a secundarizar Xanana. Foi eleito presidente da república anteriormente porque Xanana o apoiou, caso contrário não o seria. Os que “o pai” da nação maubere apoia são e serão sempre eleitos. Tal é o seu poder sobre o consciente e o inconsciente da maioria dos timorenses.

Xanana Gusmão atreveu-se inclusive a aliar-se também a um partido político de representação ínfima que possui por direção adeptos da anulação do país através da agregação à Indonésia, com uma autonomia para o território do leste, Timor. São os chamados autonomistas. Esses dirigentes fazem também parte do grupo de artes marciais que o professam como uma religião doentia e que em 1999 foram parte integrante dos assassínios e destruição do país no período que conduziu ao referendo de libertação da ocupação indonésia. É esse o Khunto, o partido que juntamente com o CNRT de Xanana e o PLP de Taur Matan Ruak, forma a AMP, a aliança vencedora destas eleições. Para Xanana vale quase tudo para vencer, de acordo com os seus critérios. Taur Matan Ruak vai aprendendo, tem em Xanana o professor de há décadas, o comandante, “o pai da nação”. E não é? Pelo visto e mais uma vez expresso em votos nestas eleições Xanana é mesmo isso. Quando falecer teme-se que a orfandade de Timor-Leste e dos timorenses seus aduladores e seguidores os deixem perdidos, desorientados, e que o futuro do país perca pelo menos a paz podre em que vai vivendo.

Apesar de tudo podemos dizer hoje que Timor-Leste é um país de sucesso na região em que está inserido e que é o país mais democrático e de maior liberdade no sudeste asiático. Se há quem veja Xanana como um mal será melhor verificar os índices positivos que são destinados ao país por organizações de direitos humanos, da imprensa livre e democrática, etc. Mas que há fome, há. Que a corrupção galga os índices de admissibilidade também. Que o fosso entre muito ricos e pobres continua ser de dimensões escandalosas é facto. Que os classificados de carenciados abrangem mais de metade da população é indesmentível. E então Xanana Gusmão é um mal necessário? Quem diria.

Cumpriu-se a democracia em Timor-Leste em mais estas eleições. É indubitável. Cumpra-se a entrega do poder governativo e legislativo aos maioritariamente eleitos e que se lhes deseje o maior sucesso para bafejarem com medidas adequadas os tantos governados (por Xanana) que há tantos anos sobrevivem na miséria. Que Taur Matan Ruak, também eleito, não se esqueça do que declarava em prol desses miseráveis quando era presidente da república, nem que todos os eleitos se esqueçam das promessas fartas que fizeram ao longo da campanha eleitoral. O melhor dos mundos de justiça social, transparência e democracia para o país é o mínimo a desejar do desempenho destes novos (velhos) eleitos. Porque não? Todos têm direito a sonhar.

Dirigente da AMP promete "uma melhor política" para o país


Díli, 13 mai (Lusa) -- Fidelis Magalhães, dirigente da Aliança de Mudança para o Progresso (AMP), que venceu com maioria absoluta as legislativas antecipadas de sábado em Timor-Leste, prometeu hoje uma "melhor política" para o país.

"Apenas podemos garantir e prometer que vai haver uma melhor política para a nação", disse Fidelis Magalhães, em declarações à Lusa em Díli.

Segundo o dirigente, os resultados das eleições são "uma prova que a maioria do povo de Timor-Leste está de acordo" e apoia a política da coligação.

Considerando "prematuro" falar de composição do Governo, do seu próprio papel no futuro ou de eventuais alianças (ainda que não necessárias) com outras forças políticas, Fidelis Magalhães disse que a AMP vai acelerar os trâmites para "por o país a trabalhar".

"A AMP, com o resultado que tem, vai conseguir resolver tudo brevemente, atuando no tempo mínimo necessário para fazer trabalhar, pôr a funcionar as máquinas governativas", disse ainda.

Sobre eventuais alianças, Magalhães disse que "pela sua natureza" a AMP é uma coligação "com abertura" e aberta ao diálogo.

Fidelis Magalhães comentou em concreto o resultado no enclave de Oecusse-Ambeno - a região foi governada por dirigentes da Fretilin durante os últimos anos, incluindo o próprio secretário-geral, Mari Alkatiri -- onde a AMP conseguiu agora uma ampla vitória.

"O povo já falou, o povo de Oecusse já disse o que pensa e pelos vistos a maneira de gerir Oecusse não está de acordo com o que o povo quer, sonho para um país livre e independente", disse.

"O povo já decidiu e mostrou que não gosta e não se sentiu satisfeito com a maneira como a região de Oecusse foi governada", acrescentou.

A AMP venceu as eleições legislativas antecipadas de sábado em Timor-Leste com mais de 305 mil votos, ou 49,56% do total, segundo os dados praticamente finais do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE).

Os dados dizem referência a um escrutínio de quase 99%, faltando apenas nove dos 85 centros de votação do município de Bobonaro onde a AMP lidera com ampla vantagem (mais de 51,29% dos votos).

Com este apoio eleitoral, a AMP, liderada pelos ex-Presidentes Xanana Gusmão e Taur Matan Ruak, obtém 34 dos 65 mandatos do Parlamento Nacional, o que lhe permite formar o VIII Governo constitucional sem necessitar de qualquer apoio adicional.

Em segundo lugar ficou a Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), que liderou a coligação minoritária do anterior Governo, e que obteve cerca de 211 mil votos, ou 34,27% do total, mantendo o mesmo número de deputados, 23.

No Parlamento estará também o Partido Democrático (PD) - parceiro da Fretilin no VII Governo, que perde dois deputados para cinco, tendo obtido quase 49 mil votos ou 7,95% do total.

ASP // VM

Número de mortos em ataques a igrejas na Indonésia sobe para 11

Jacarta, 13 mai (Lusa) - Os ataques de bombistas suicidas, incluindo uma mulher com crianças, a três igrejas cristãs na Indonésia provocaram hoje pelo menos 11 mortos e mais de 40 feridos, segundo o último balanço das autoridades locais.

As explosões ocorreram em Surabaya, a segunda maior cidade da Indonésia, com o primeiro ataque a ocorrer na igreja cristã de Santa Maria, onde morreram quatro pessoas, uma delas um bombista, disse aos jornalistas no local o porta-voz da polícia Frans Barung Mangera, acrescentando que entre os feridos estão dois agentes policiais.

Seguiu-se o ataque à igreja protestante de Diponegoro, minutos depois, com a terceira situação a ocorrer na igreja de Pentecostes de Arjuro.

Um polícia disse à agência AP que os explosivos eram transportadas por, pelo menos, cinco bombistas suicidas, incluindo uma mulher que tinha duas crianças, uma situação igualmente descrita por uma testemunha que estava na igreja de Diponegoro.

Outros bombistas utilizaram motas para chegar às igrejas.

Imagens vídeo do primeiro ataque foram partilhadas nas redes sociais e mostram um motociclo na entrada da igreja de Santa Maria e instantes depois ocorre uma explosão no interior do edifício.

O diretor dos serviços de informação do Estado, Wawan Hadi Purwanto, disse ao canal televisivo MetroTV que um dos autores poderia ser uma mulher e que se pensava que um grupo 'jihadista' terá organizado o ataque.

A associação da igreja da Indonésia, em Jacarta, já condenou os ataques e apelou às pessoas para aguardarem a investigação da polícia.

A Indonésia tem realizado alguma pressão desde que bombistas radicais da Al-Qaida mataram 202 pessoas em Bali, em 2002, e nos últimos anos o país enfrentou uma nova ameaça com o aumento da influência do movimento Estado Islâmico no Médio Oriente.

A província de Java oriental é um dos palcos de ataques de movimentos extremistas islâmicos, já que a sua capital, Surabaya, é uma das cidades com maior diversidade religiosa naquele que é o mais populoso país muçulmano do mundo.

Os ataques a alvos cristãos acontecem dias depois de as autoridades indonésias terem posto fim a uma crise de reféns num centro de detenção perto de Jacarta, uma ação reivindicada pelo movimento extremista Estado Islâmico.

Os cristãos, muitos deles da etnia minoritária chinesa, representam cerca de 9% da população da Indonésia, que atinge 260 milhões de habitantes, enquanto os muçulmanos são 88% do total.

O país fica em alerta máximo nas semanas que antecedem o Ramadão, que começa na terça-feira, já que é uma época escolhida pelos 'jihadistas' para realizar ataques.

EA // VM | Foto em Facebook

Ramos-Horta felicita AMP pela vitória, pede que "cuidem do povo"


Díli, 13 mai (Lusa) - O ex-Presidente timorense José Ramos-Horta felicitou hoje a Aliança de Mudança para o Progresso (AMP) pela vitória com maioria absoluta nas eleições legislativas antecipadas de hoje, apelando a que nas suas políticas "cuidem do povo".

"Quero felicitar quem ganhou e apenas apelar para que cuidem do povo, e revelem um sentido de Estado e dialoguem com a Fretilin e os outros, para consolidarem a paz e a estabilidade neste país", disse à Lusa o dirigente histórico timorense.

Ramos-Horta, que fez campanha pela Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), considerou essencial que a AMP faça o "melhor que puder para melhorar a governação e melhorar a vida do povo".

Do lado da Fretilin, disse, o partido segundo mais votado (controla 23 dos 65 lugares no Parlamento Nacional), vai fazer uma "oposição forte".

Em declarações à Lusa, José Ramos-Horta - que este ano vestiu, décadas depois, a camisola do partido que fundou - escusou-se a analisar mais detalhadamente o resultado e a comentar aspetos mais concretos, como a grande derrota da Fretilin no enclave de Oecusse-Ambeno.

Apesar de reconhecer que a AMP não precisa de ninguém para governar, Ramos-Hota disse que é "importante" que os "três grandes líderes do país" - Xanana Gusmão e Taur Matan Ruak, da AMP, e Mari Alkatiri, da Fretilin - se "sentem e conversem".

"Não têm que estar todos no Governo, mas devem encontrar a melhor fórmula para consolidar a paz e melhorar a governação", considerou.

A AMP venceu as eleições legislativas antecipadas de sábado em Timor-Leste com mais de 305 mil votos, ou 49,56% do total, segundo os dados praticamente finais do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE).

Os dados dizem referência a um escrutínio de quase 99%, faltando apenas 9 dos 85 centros de votação do município de Bobonaro, onde a AMP lidera com ampla vantagem (mais de 51,29% dos votos).

Com este apoio eleitoral, a AMP, liderada pelos ex-Presidentes Xanana Gusmão e Taur Matan Ruak, obtém 34 dos 65 mandatos do Parlamento Nacional, o que lhe permite formar o VIII Governo constitucional sem necessitar de qualquer apoio adicional.

Em segundo lugar ficou a Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), que liderou a coligação minoritária do anterior Governo, e que obteve cerca de 211 mil votos, ou 34,27% do total, mantendo o mesmo número de deputados, 23.

No Parlamento estará também o Partido Democrático (PD) - parceiro da Fretilin no VII Governo, que perde dois deputados para cinco, tendo obtido quase 49 mil votos ou 7,95% do total.

ASP // VM

VITÓRIA ABSOLUTA | AMP vence legislativas antecipadas com maioria absoluta


Díli, 13 mai (Lusa) - A Aliança de Mudança para o Progresso (AMP) venceu as eleições legislativas antecipadas de sábado em Timor-Leste com mais de 305 mil votos, ou 49,56% do total, segundo os dados praticamente finais do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE).

Os dados dizem referência a um escrutínio de quase 99%, faltando apenas nove dos 85 centros de votação do município de Bobonaro, onde a AMP lidera com ampla vantagem (mais de 51,29% dos votos).

Com este apoio eleitoral, a AMP, liderada pelos ex-Presidentes Xanana Gusmão e Taur Matan Ruak obtém 34 dos 65 mandatos do Parlamento Nacional, o que lhe permite formar o VIII Governo constitucional sem necessitar de qualquer apoio adicional.

Em segundo lugar ficou a Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), que liderou a coligação minoritária do anterior Governo, e que obteve cerca de 211 mil votos, ou 34,27% do total, mantendo o mesmo número de deputados, 23.

No Parlamento estará também o Partido Democrático (PD) - parceiro da Fretilin no VII Governo, que perde dois deputados para cinco, tendo obtido quase 49 mil votos ou 7,95% do total.

Pela primeira vez no parlamento estará a Frente de Desenvolvimento Democrático (FDD) - uma coligação de quatro pequenos partidos - que terá três lugares e que obteve quase 34 mil votos ou 49,56% do total.

Nenhuma das outras oito forças políticas conseguiu chegar à barreira dos 4% de votos válidos que é necessária para conseguir eleger deputados.

Os dados mostram um aumento da taxa de participação, que em 2017 foi de 76,74% (584 mil votantes num universo de 760 mil) e este ano aumentou para quase 80% (626.500 num universo de 784 mil.

Os três partidos que integram a AMP conseguiram aumentar, em conjunto, a sua vantagem sobre a Fretilin, de cerca de 84.500 em 2017 para mais de 90 mil.

Globalmente, a AMP teve mais de 94 mil votos que a Fretilin (a diferença era de cerca de 83.600), tendo aumentado o seu apoio total em cerca de 52.500 votos, enquanto a Fretilin viu crescer o seu apoio eleitoral em quase 41 mil votos.

De referir ainda o aumento de cerca de 5.700 votos da FDD.

Os piores resultados foram dos partidos que integram a coligação MSD, que perderam mais de 10 mil votos, e do PD que perdeu quase seis mil.

Até ao momento ainda nenhuma das forças políticas fez qualquer declaração pública sobre o resultado eleitoral.

Os dados têm agora que ser reconfirmados na Comissão Nacional de Eleições (CNE), numa tabulação nacional - não se trata de uma nova contagem, apenas de uma verificação das atas.

É nessa fase que é decidida, com a presença dos partidos, a distribuição dos quase 600 votos "reclamados", ou seja, votos em que, no momento de contagem, houve disputa sobre a quem deveriam ser atribuídos.

Os resultados finais terão depois que ser confirmados pelo Tribunal de Recurso, o que se prevê ocorra até final de maio, devendo os deputados tomar posse em junho.

Só depois deverá ocorrer a formação do Governo que deverá ser liderado, como o próprio disse à Lusa, por Xanana Gusmão, que regressa assim ao cargo que abandonou em 2015.

De referir que a AMP venceu na maioria dos municípios, em concreto Aileu, Ainaro, Bobonaro, Covalima, Dili, Ermera, Liquiçá, Manatuto, Manufahi e ainda na Região Administrativa Especial de Oecusse-Ambeno (RAEOA) e no centro instalado na Coreia do Sul.

A Fretilin, por seu lado, venceu em todos os municípios do leste do país, Baucau, Lautem e Viqueque e ainda na Austrália, Portugal e Reino Unido.

ASP // VM

Suspeito de pedofilia obrigado a apresentar-se periodicamente às autoridades de Macau


Macau, China, 13 mai (Lusa) -- O suspeito de pedofilia no jardim de infância D. José da Costa Nunes, em Macau, está obrigado a apresentar-se periodicamente às autoridades, determinou o Ministério Público do território.

"Tendo em conta a gravidade do caso e a situação concreta do respetivo processo, o juiz de instrução criminal, sob a promoção do delegado do procurador, impôs ao arguido as medidas de coação, nomeadamente, a obrigação de apresentação periódica", enquanto decorre a investigação do caso, de acordo com um comunicado divulgado no sábado.

Na sexta-feira, a Polícia Judiciária (PJ) de Macau entregou ao Ministério Público o funcionário, servente no infantário de matriz portuguesa, por suspeita de "abuso sexual de criança".

A PJ recebeu três queixas e, após as declarações prestadas pelas alegadas vítimas e pelo suspeito, o caso foi encaminhado para o Ministério Público por "existirem provas suficientes".

Nos termos da lei, o crime de abuso sexual de crianças é punido com pena de prisão de um a oito anos.

O jardim de infância D. José Costa Nunes é a única instituição privada de Macau com ensino pré-escolar, entre os 2 e os 6 anos, em língua veicular portuguesa.

Da responsabilidade da Associação Promotora da Instrução dos Macaenses (APIM), o infantário foi inaugurado a 01 de janeiro de 1999 pelo então governador português de Macau, general Vasco Rocha Vieira.

EJ (FST) // VM 

Ataques a igrejas na Indonésia causou seis mortos e 35 feridos - novo balanço


Jacarta, 13 mai (Lusa) - Um novo balanço dos três ataques à bomba a igrejas cristãs em Surabaya, Indonésia, aponta para pelo menos seis mortos e 35 feridos, disseram hoje fontes policiais.

"O último balanço realizado é de seis mortos e 35 feridos", afirmou um porta-voz da polícia, Frans Barung Mangera.

Inicialmente, as autoridades tinham contabilizado dois mortos e 13 feridos.

A província de Java oriental é um dos palcos de ataques de movimentos extremistas islâmicos, já que a sua capital, Surabaya, é uma das cidades com maior diversidade religiosa naquele que é o mais populoso país muçulmano do mundo.

Os ataques a alvos cristãos acontecem dias depois de as autoridades indonésias terem posto fim a uma crise de reféns num centro de detenção perto de Jacarta, uma ação reivindicada pelo movimento extremista Estado Islâmico.

JMC // PJA | Foto em Facebook

AMP consolida maioria absoluta, já com 96% contados


Díli, 13 mai (Lusa) - A Aliança de Mudança para o Progresso (AMP), liderada por Xanana Gusmão, está a consolidar uma maioria absoluta na reta final da contagem dos votos nas legislativas antecipadas de sábado em Timor-Leste, com 49,33%, quando estão contados 96% dos boletins.

Segundo dados oficiais do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE), a coligação AMP obteve 285.534 votos, à frente da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), que obteve 198.745 votos, ou 34,33% do total.

Em terceiro surge o Partido Democrático (PD) com 45.884 votos ou 7,93%, e a Frente de Desenvolvimento Democrático (FDD), com 32.706 votos e 5,65 do total%.

Apenas estes partidos estão, para já, acima da barreira de 4% dos votos, necessária para conseguir eleger deputados.

Se estes resultados se mantivessem, a AMP teria uma maioria absoluta de 34 lugares no Parlamento Nacional, de 65 lugares. Atualmente, os partidos que compõem a AMP têm 35 assentos no parlamento timorense.

A Fretilin manteria os seus 23 deputados, o PD perderia dois lugares, para cinco, e a FDD estrear-se-ia com três.

ASP // PJA

AMP lidera contagem com 48% dos votos e 36,16% contados


A Aliança de Mudança para o Progresso (AMP) lidera a contagem dos votos nas legislativas de ontem em Timor-Leste, com 48,2%, à frente da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), com 36,16% quando estão contados um terço dos votos

Segundo dados oficiais do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE), o Partido Democrático (PD) é o terceiro mais votado com 8,39% e a Frente de Desenvolvimento Democrático (FDD) o quarto, com 6,62%.

Apenas estes quatro partidos estão, para já, acima da barreira de 4% dos votos necessários para conseguir eleger deputados.

Se estes resultados das legislativas antecipadas se mantivessem, a AMP teria 33 lugares e maioria absoluta no Parlamento Nacional (menos dois do que os 35 que os partidos que a compõem controlam no atual parlamento).

A Fretilin manteria os seus 23 lugares, o PD perderia dois lugares para cinco e a FDD estrear-se-ia com quatro lugares.

Os dados parciais são os únicos oficiais divulgados até às 00:00 hora local (16:00 em Lisboa), nove horas depois do fecho das urnas em Timor-Leste, não estando a contagem ainda fechada em qualquer dos municípios.

O STAE divulgou ainda os primeiros dados finais da votação na diáspora, em concreto os referentes aos três centros da Austrália - Darwin, Melbourne e Sydney - onde a Fretilin obteve o maior número de votos (441), à frente da AMP (314 votos).

No caso de Seul, na Coreia do Sul, a AMP venceu as eleições, obtendo 199 votos (54,82%), à frente da Fretilin que se ficou pelos 116 votos (31,96%).

O processo de contagem oficial é particularmente demorado já que obriga a vários passos de verificação.

Em contrapartida as redes sociais timorenses estão com contagens parciais mais avançadas, recorrendo a contagens dos fiscais dos partidos.

Ainda assim os valores difundidos pelos partidos não alteram a tendência de liderança da AMP.

SAPO TL | Lusa

"Participação enorme" em Lisboa - embaixadora


Lisboa, 12 mai (Lusa) -- Muitos timorenses deslocaram-se hoje ao centro de votação na sua embaixada em Lisboa para escolher os deputados do seu país, numa "participação enorme" e bastante superior às últimas eleições, disse à agência Lusa a embaixadora de Timor-Leste em Portugal.

Maria Paixão da Costa, há quatro anos em Portugal, disse que a participação nestas legislativas antecipadas estava a ser superior à do anterior escrutínio em julho do ano passado.

"A participação é enorme, desde as 07:00 até agora [cerca das 12:15]", disse a embaixadora, referindo que em julho tiveram "300 votos", mas hoje já tinham "800 e tal".

Assinalou que desta vez há também um centro de votação no Porto, o que não aconteceu na votação de 2017, e que estão presentes representantes dos observadores internacionais.

Em Portugal estão recenseados 1.286 eleitores e a votação decorreu entre as 07:00 e as 15:00.

Falando à Lusa depois de ter votado, Maria Paixão da Costa disse esperar que não se repita um "momento de impasse como da outra vez".

O Presidente timorense dissolveu o parlamento escolhido nas legislativas de julho para resolver o impasse político que se vivia há vários meses em Timor-Leste, com um executivo minoritário e a oposição a bloquear o programa e o orçamento do Governo.

"Esperamos que tudo corra bem, haverá uma decisão já nas próximas semanas para um Timor melhor", disse a diplomata.

Dentro da embaixada a fila continuava a correr ordeira e à saída aproveitava-se para distribuir os novos cartões de inscrição consular.

Após votar, Licínia Ramos-Horta declarou à Lusa que "como timorense é impossível deixar de vir votar".

"Queremos estabilidade, queremos que o país ande para a frente e que o povo tenha uma vida digna", disse esta irmã do ex-Presidente de Timor-Leste e Nobel da Paz, José Ramos-Horta.

"O povo sofreu muito (...) e acho que chega e que os nossos líderes se entendam para que Timor possa ter estabilidade, o povo possa viver em paz, sem sobressaltos", referiu, considerando que as prioridades para o país deveriam ser "na área de saúde, educação e (...) segurança para o povo".

Filho de mãe timorense, Pedro Câmara, 63 anos e dupla nacionalidade, há 54 anos em Portugal, sente-se timorense.

"Sinto que devo cumprir com a minha obrigação também em Timor, que eu tenho muita família lá - família em Oecusse, em Díli (...) É altura de os governantes em Timor pensarem um bocadinho no povo, eles têm falta de muita coisa, o povo (...) as grandes cabeças têm que se entender", disse, declarando-se esperançoso que "é desta vez".

Em frente à embaixada, em Belém, grupos de timorenses conversavam, muitos aguardando a contagem dos votos.

Entre eles, estava Joanita Soares, 20 anos, há um ano a estudar História e Arqueologia em Évora e muito entusiasmada por votar pela primeira vez em Portugal.

Quis exercer o seu direito para que a muitos quilómetros de distância os partidos possam "estabelecer a paz e estabilidade da nação" e "desenvolver bem" a "nação jovem" que é Timor-Leste.

Não muito distante, Flaviano Soares declarou à Lusa que todos os timorenses "têm a obrigação" de vir votar.

Há dois anos em Portugal, o timorense de 50 defendeu que é preciso união em Timor-Leste e que o objetivo de quem vai liderar o país deve ser "desenvolver um Timor melhor".

Em Timor-Leste já começou a contagem dos votos para saber quem serão os 65 deputados da quinta legislatura de entre os quatro partidos e quatro coligações candidatos.

A diáspora timorense pode votar também na Austrália (Darwin, Melbourne e Sydney), na Coreia do Sul (Seul) e no Reino Unido (em Dungannon, Londres e Oxford).

PAL // HB

AMP lidera ho 49,32% hosi votu sira hafoin apura tiha votu balun


Aliansa Mudansa ba Progresu (AMP) lidera kontajen hosi votu sira iha lejislativu antesipadu loron-sábadu ne'e iha Timor-Leste, ho 49,32% halakon Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) ne'ebé iha 33,13%, bainhira sei konta de'it votu hamutuk 24,97%.

Tuir informasaun ofisial sira hosi Sekretariadu Tékniku Administrasaun Eleitoral (STAE), Partidu Demokrátiku (PD) hanesan partidu datoluk ne'ebé hetan liu votu ho 8,17% no Frente Dezenvolvimentu Demokrátiku (FDD) hanesan partidu dahaat ho 6,26%.

Informasaun parsial sira hanesan úniku ofisial sira ne'ebé maka fó sai to'o tuku 23:00 oras Timor nian (tuku 15:00 iha Lisboa), liutiha oras ualu hafoin taka fatin votu iha Timor-Leste no bainhira taka ona urna sira iha Lisboa ho Porto.

Agora daudaun, iha de'it partidu haat maka liu ona limiti hosi 4% hosi votu ne'ebé presiza hodi hili deputadu sira.

STAE fó sai mós informasaun ikus dahuluk sira hosi votasaun.

Prosesu kontajen ofisial hanesan demora tanba tenki halo hakat oioin ba verifikasaun nian.

Rede sosial sira timoroan nian iha liu kontajen parsial ne'ebé avansadu liu tanba halo ho baze hosi kontajen sira hosi fiskal sira partidu nian.

Maski nune'e, valor sira ne'ebé maka partidu sira fó sai la muda tendénsia ba lideransa hosi AMP.

SAPO TL ho Lusa

Primeiru-ministru vota konfiante iha vitória iha lejislativu


Primeiru-ministru ho sekretáriu-jeral Fretilin nian, Mari Alkatiri, hatudu konfiante, iha loron-sábadu ne'e, ba vitória hosi nia partidu iha eleisaun lejislativu antesipadu, ne'ebé halo menus tinan ida hafoin eleisaun anterior.

"Bainhira ha'u hahú kampaña, ha'u senti konfiante no konfiansa hahú aumenta", hatete hosi sekretáriu-jeral hosi Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), momentu balun hafoin vota iha Eskola No. 1 iha Farol, iha sentru Díli nian.

Hatán kona-ba lian maka'as kampaña nian, ho insultu no krítika sira, Alkatiri hatete katak atake sira ikusmai ajuda nia.

"Sé maka uza ona linguajen agresivu ho insultu ne'e maka ajuda ona ha'u. Obrigadu barak ba sira", nia afirma.

Ho estasaun votu haat, eskola Farol hanesan sentru votasaun ida hosi sentru votasaun tolu hosi suku Motael, iha zona sentral sidade Díli nian, ne'ebé iha eleitor resenseadu hamutuk 3.990.

Hamutuk, iha ona eleitor rihun 785 ne'ebé maka bele vota to'o tuku 15:00, iha estasaun votu hamutuk 1.160, fahe iha sentru votasaun hamutuk 885 no instala iha suku hamutuk 452 iha nasaun laran.

Eleitor sira iha estranjeiru bele vota mós iha Austrália (Darwin, Melbourne ho Sydney), iha Koreia-Súl (Seul), iha Portugal (Lisboa ho Porto) no iha Reinu Unidu (iha Dungannon, Londres ho Oxford). Iha estranjeiru, fatin sira votu nian loke iha períudu hanesan: 07:00 to'o tuku 15:00 - oras lokal.

SAPO TL ho Lusa

Lu-Olo konfiante atu ema tomak sei serbisu hamutuk hafoin votu


Prezidente Repúblika, Francisco Guterres Lu-Olo, hatudu konfiante, iha loron-sábadu ne'e, iha partisipasaun maka'as iha lejislativu antesipadu ne'ebé maka akontese no katak, la haree ba rezultadu sira, líder polítiku sira sei serbisu hamutuk.

"Hanesan loron importante ida ba timoroan tomak no liuliu ba sira ne'ebé vota, ne'ebé sei ba vota ba futuru, ba sira nia kondisaun di'ak moris nian", nia hatete ba jornalista sira hafoin vota tiha iha eskola ida iha sentru Díli nian.

"Ha'u hanoin katak sei iha partisipasaun maka'as. Iha kampaña, ema sira partisipa maka'as no ema sira ne'e ohin iha fila hodi husik sira nia votu di'ak ba Timor nia futuru", nia afirma.

Hatán kona-ba saida maka bele akontese hafoin votasaun, Lu-Olo hatete katak rezultadu "tenki simu hosi partidu ho koligasaun tomak".

"Iha kompetisaun iha sé maka manán no sé maka lakon. Lalika haree ba rezultadu, partidu polítiku sira tenki hakru'uk ba povu nia desizaun", nia afirma.

Afirma katak durante kampaña iha opsaun ne'ebé la hanesan, balun "ko'alia ba istória, balun ba programa sira", xefe Estadu hatete katak ema timoroan tomak hakarak "serbisu ba nasaun nia futuru".

"Ha'u fiar ho laran katak partidu konkorente sira, la depende ba rezultadu, sei kontribui ba Timor-Leste nia futuru", nia hatutan mós.

Xefe Estadu vota iha estasaun ida hosi estasaun haat votu nian hosi Eskola 1 Farol nian, hanesan sentru votasaun ida hosi sentru votasaun tolu hosi suku Motael, iha zona sentral sidade Díli nian, ne'ebé iha eleitor resenseadu hamutuk 3.990.

Hamutuk, iha ona eleitor rihun 785 ne'ebé maka bele vota to'o tuku 15:00, iha estasaun votu hamutuk 1.160, fahe iha sentru votasaun hamutuk 885 no instala iha suku hamutuk 452 iha nasaun laran.

Eleitor sira iha estranjeiru bele vota mós iha Austrália (Darwin, Melbourne ho Sydney), iha Koreia-Súl (Seul), iha Portugal (Lisboa ho Porto) no iha Reinu Unidu (iha Dungannon, Londres ho Oxford). Iha estranjeiru, fatin sira votu nian loke iha períudu hanesan: 07:00 to'o tuku 15:00 - oras lokal.

SAPO TL ho Lusa