domingo, 29 de novembro de 2015

Iha Lifau Timor Moris, Iha Lifau Timor Buras


Oecusse, Radio Liberdade Online -Komemorasaun tinan 500, Portuges tau ain iha Timor,  hahu intersaun sibijasaun Timor ho Portugal, e halo afirmasaun ba identidade Timor husi tinan 1515 e 2015, no selebrasaun tinan 40 Proklamasaun Independensia, alein halo Misa halo mos bensaun ba monumentu Bronje husi Amu Bispo Dom Basilio do Nasimento, iha loron 27/11/2015.

Iha loron no fatin hanesan, intrega mos monumentu Lifau husi Ministru Turismu Artes e Kultura ba Primeiru Ministru no PM kontinua intrega monument ne’e ba Presidenti Regiaun Espesial Oecusse.

Hafoin ne’e kontinua ho asina plaka husi Presidenti da Republika Taur Matan Ruak no Primeiru Ministru Rui Maria de Araujo e Presidenti Rejiaun Espesial Oecusse Mari Alkatiri, alien ne’e halao mos  lansamentu postal 500 anos.

PR hato’o parabeins ba povu Timor tomak liu husi nia deskursu katak, “Iha Lifau mak Timor Moris, no Iha Lifau mak Timor buras. Povu Lifau kontenti tamba husi imi mak Timor moris no ho imi mak Timor sei buras.”

Eventu ne’e partisipa husi Presidenti da Republika, Taur Matan Ruak, Presidenti Parlamentu Nasional no Deputadu sira,Presidenti Tribunal Rekursu, Primeiru Ministru, Presidenti ZEEMS, Eis Titulares, Ministru Interior Mozambique, Ministru Reprejentante Sao Tome Prinsipe, Sekertariu Ezekutivu CPLP Dom Duarte Nuno de Bragansa, Reprejentante Nasaun Unidas, Embaixadores, Komunidade F-FDTL no PNTL, Bispo Iwan Arse husi Rumenia, Padre Dioseje Kupang no Atambua, Padre Li husi Malaka.

Misionariu Dominikanu Antonio Taveiru, ema permeiru estabelese misaun Khatolika iha Timor.

Radio Liberdade Dili

Portugal já aprovou financiamentos de 17 ME para projetos nos países de língua portuguesa


Lisboa, 29 nov (Lusa) - Portugal já aprovou financiamento de 17 milhões de euros para projetos de países de língua portuguesa na área das alterações climáticas, principalmente de energias renováveis, água e saneamento, disse hoje fonte da Agência Portuguesa do Ambiente.

"Temos um montante de financiamento já aprovado, e que tem vindo a ser desembolsado ao longo do tempo, a rondar 17 milhões de euros, com um conjunto muito significativo de projetos", avançou o diretor do departamento das Alterações Climáticas da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Em declarações à Lusa, Eduardo Santos especificou que aqueles projetos abrangem áreas "bastante diferentes", desde estratégias de baixo carbono a planos para aproveitamento da biomassa florestal, de apoio ao saneamento urbano ou o mapeamento de fontes de energia renovável.

O programa de apoio ao desenvolvimento e cooperação na área das alterações climáticas foi criado em 2010, dirige-se a Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Angola, Guiné-Bissau e Timor-Leste e junta a APA e o Camões, Instituto da Cooperação e da Língua na avaliação dos projetos propostos por aqueles países.

A iniciativa portuguesa teve origem nas decisões da convenção das partes das Nações Unidas para as alterações climáticas, visando a ajuda à capacitação dos países em desenvolvimento na mitigação e adaptação aos efeitos das mudanças do clima, podendo concretizar-se através de financiamento ou de transferência de tecnologia.

"Neste momento, temos praticamente cobertos todos os países [do programa] e Moçambique foi aquele que apresentou um conjunto mais significativo de projetos", havendo propostas a beneficiar mais do que uma nação, segundo Eduardo Santos, que exemplificou com uma associação entre Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Moçambique para desenvolver em conjunto áreas de interesse comum, na vertente das alterações climáticas.

Os projetos financiados estão "praticamente todos" em concretização e a área da energia, principalmente as renováveis, é a mais concorrida, seguida das águas e resíduos.

O atlas para as energias renováveis em Moçambique foi o primeiro projeto a ficar concluído e conseguiu "resultados bastante interessantes, em termos de mapeamento num país riquíssimo em recursos renováveis", explicou Eduardo Santos.

Tratou-se de mapear o potencial de Moçambique nas energias renováveis com base no sol, vento, ondas e geotermia e identificar possibilidades de projetos a desenvolver, fornecendo ao Governo deste país um "instrumento importante" de decisão.

Também é em Moçambique o exemplo de um projeto que integra a componente transferência de tecnologia, aquele das "aldeias solares", que prevê a instalação de painéis fotovoltaicos em 50 localidades moçambicanas.

Além deste programa de cooperação, Portugal contribuiu com dois milhões de euros para o Fundo Verde do Clima, uma iniciativa internacional destinada a financiar a adaptação dos países em desenvolvimento às e que deverá ter um orçamento de 100 mil milhões de dólares até 2020.

EA // EL

Xi Jinping admite que diminuir pobreza na China ainda é "uma tarefa árdua"


Pequim, 29 nov (Lusa) -- O Presidente chinês, Xi Jinping, reconheceu que tirar da pobreza os 70 milhões de cidadãos que se calcula viverem nessa situação é ainda "uma tarefa árdua", comprometendo-se a construir "uma sociedade moderadamente próspera" até 2020.

"Nenhuma região ou indivíduo que viva na pobreza será deixado para trás", disse Xi durante uma reunião do Conselho de Estado, no sábado, indica hoje a agência oficial Xinhua.

Xi apelou aos governantes locais, sobretudo os das regiões menos desenvolvidas, para que elevem a redução da pobreza a prioridade para os próximos cincos anos, e defendeu que os rendimentos dos agricultores das áreas mais desfavorecidas cresçam a um ritmo superior ao da média nacional nos próximos cinco anos.

Por seu lado, o primeiro-ministro, Li Keqiang, também presente no encontro, defendeu a melhoria das infraestruturas nas zonas rurais, incluindo estradas, acesso a água, eletricidade e internet.

Li propôs, como medida para tirar 10 milhões de chineses da pobreza até 2020, a aposta na relocalização, e sublinhou que os governos locais devem assegurar que as pessoas realojadas têm empregos estáveis no local de acolhimento.

Os líderes manifestaram-se também a favor de um aumento do orçamento nacional para a educação nas áreas pobres, de modo a prestar mais serviços aos chamados "left-behind children" (crianças deixadas para trás), casos em que um ou dos pais se mudaram para outra zona do país em busca de emprego.

Na China ainda existem quase 70 milhões de menores separados dos seus pais, cerca de 30% da população infantil, segundo números da Unicef, um fenómeno que ganhou força em 1980 com o incentivo à industrialização do país e o aparecimento de novas oportunidades de emprego nas cidades.

Xi assegurou que a despesa do Governo vai aumentar, bem como o investimento privado, as políticas fiscais preferenciais, os empréstimos e subsídios, entre outros incentivos financeiros para combater a pobreza.

Nas últimas décadas a China conseguiu tirar 400 milhões de pessoas da pobreza graças ao seu rápido crescimento económico, uma situação que, no entanto, agravou o fosso entre ricos e pobres no país, que hoje tem um dos maiores índices de desigualdade do mundo.

Após décadas de crescimento a dois dígitos, a China vive um momento de desaceleração económica que está a tentar aproveitar para implementar com um modelo mais sustentável, centrado no aumento da procura interna e não nas exportações e investimentos.

ISG//ISG

China alarga facilidades de investimento de Macau a 153 setores do comércio de serviços


Macau, China, 28 nov (Lusa) -- Representantes dos governos de Macau e da China continental assinaram hoje um Acordo sobre Comércio de Serviços que alarga a liberalização a 153 setores, facilitando o acesso ao mercado chinês, de acordo com uma nota oficial.

A iniciativa decorreu no âmbito do Acordo de Estreitamento das Relações Económicas e Comerciais entre a China e Macau (CEPA).

Segundo uma nota do gabinete do secretário para a Economia e Finanças, "a partir de 01 de junho de 2016, 153 setores do comércio de serviços de Macau serão liberalizados no interior da China", sendo também acrescentadas 20 novas medidas de facilitação em áreas já liberalizadas.

De acordo com o comunicado oficial, este acordo "é o primeiro a ser assinado" incluindo toda a China, na área da liberalização de comércio, sob um princípio de "tratamento nacional" a alguns setores de serviços de Macau.

O objetivo é diminuir gradualmente ou eliminar "medidas discriminatórias no domínio do comércio de serviços substancialmente existentes entre as duas partes".

Entre os setores que vão beneficiar de tratamento nacional estão incluídos quatro novos liberalizados: serviços veterinários, serviços de transporte de passageiros, serviços de apoio ao transporte rodoviário e serviço desportivos.

Nestes casos, explica a nota, as empresas de Macau gozam das mesmas condições de acesso ao mercado que as empresas da China.

Vão ainda ser concedidas mais facilidades no acesso ao mercado a 28 setores, incluindo serviços jurídicos, contabilidade, construção, bancários, entre outros.

Após a implementação deste acordo, 153 setores de serviços de Macau vão estar liberalizados na China, "representando 95,6% dos 160 setores classificados segundo os critérios da Organização Mundial do Comércio", indica a nota.

Até ao final de junho de 2015, o número de estabelecimentos industriais ou comerciais em nome individual instalados e registados por residentes de Macau na China atingiu 1.141 unidades, tendo estes estabelecimentos contratado 2.821 trabalhadores, envolvendo um capital social global de 83,25 milhões de yuan (12,28 milhões de euros). Destas unidades, 825 são instaladas na província de Guangdong, cujo capital social global é de 57,21 milhões de yuan (8,4 milhões de euros).

ISG// ZO

Austeridade em Macau mantém-se em 2016 se receitas dos casinos caírem


Macau, China, 27 nov (Lusa) -- As medidas de austeridade anunciadas em setembro pelo Governo de Macau vão manter-se em 2016 se as receitas mensais dos casinos ficarem abaixo de 20 mil milhões de patacas (2.174 milhões de euros), garantiu hoje o Executivo.

"Se as receitas ficarem abaixo dos 20 mil milhões avançamos com medidas de austeridade, temos esta meta para as nossas receitas em 2016. Se as receitas forem abaixo disso, as medidas de austeridade vão continuar", disse o secretário para a Economia e Finanças, no segundo dia de debate setorial das Linhas de Ação Governativa para 2016.

Em setembro, o Executivo anunciou a entrada em vigor destes cortes, que apesar de apelidados de "medidas de austeridade" pouco têm que ver com as medidas aplicadas na Europa. Em concreto, desde 01 de setembro, todos os serviços públicos e organismos especiais passaram a congelar 05 por cento das despesas orçamentadas para a aquisição de "artigos para o funcionamento diário dos serviços ou de bens consumíveis", e 10% do orçamento para investimento (sem incluir o Plano de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração, o chamado PIDDA).

Este plano de contenção entrou em vigor depois de os casinos terem registado receitas de 18.621 milhões de patacas (2.069 milhões de euros) em agosto, abaixo do limite fixado pelo Executivo de 20 mil milhões de patacas (2,174 milhões de euros).

O Governo de Macau esperava, assim, poupar cerca de 1.400 milhões de patacas (155 milhões euros) em 2015.

Hoje, Lionel Leong garantiu que se as receitas voltarem a ficar abaixo do mesmo limite, em 2016, voltam a aplicar-se as medidas.

"Esta contenção foi feita para reduzir as despesas do Governo", frisou, indicando que se aplica a "vários itens" como "missões oficiais, festas, feitura de impressos ou publicidade".

Durante o debate de hoje na Assembleia Legislativa de Macau, o secretário alertou para a necessidade de cautela nos gastos, afirmando que "este tipo de ciclo de descida" do PIB "normalmente demora dois anos".

No entanto garantiu que há "dinheiro suficiente para fazer face a todos os aspetos e continuar com mecanismos a longo prazo de regalias sociais", referindo-se à reserva financeira.

As receitas dos casinos de Macau -- principal fonte de receitas públicas -- estão em queda há mais de um ano e o PIB do território desceu 25,4% em termos reais no primeiro semestre do ano.

Durante a apresentação das Linhas de Ação Governativa para 2016, no dia 17, o chefe do Executivo avançou com uma previsão, que o próprio apelidou de conservadora, de receitas brutas dos casinos de 200 mil milhões de patacas (23,479 mil milhões de euros) em 2016, numa média mensal de 16 mil milhões (1,8 mil milhões de euros).

De acordo com esta estimativa, e segundo a proposta de lei de orçamento para o próximo ano, o Governo de Macau espera arrecadar, em 2016, 70 mil milhões de patacas (8,17 mil milhões de euros) em impostos diretos sobre as receitas brutas do jogo, menos 16,6% do que aquilo que prevê o orçamento retificativo para este ano (84 mil milhões de patacas ou 9,8 mil milhões de euros).

ISG// APN

Golfinhos de Hong Kong em risco de desaparecerem - ecologistas


Hong Kong, China, 29 nov (Lusa) -- Organizações ecologistas de Hong Kong alertam para o perigo de desaparecimento dos chamados golfinhos cor-de-rosa, com o avanço das obras de uma nova ponte e os planos para expansão do aeroporto.

Especialistas em conservação garantem que os seus contínuos alertas têm sido ignorados, o que resultou num "rápido" declínio do número de animais nas últimas décadas.

O golfinho branco chinês, conhecido como golfinho cor-de-rosa devido ao seu tom rosa, atrai diariamente turistas às águas a norte da ilha de Lantau, em Hong Kong.

O golfinho foi também a mascote oficial da cerimónia de transferência de administração em 1997, quando a cidade regressou à China.

No entanto, apesar do afeto popular para com estes mamíferos, os especialistas temem que, em breve, estes venham a desaparecer.

Os planos para uma terceira pista no aeroporto Chek Lap Kok podem ser o último prego no caixão, dizem.

"Se o projeto avançar, vai provavelmente afastar os golfinhos das águas de Hong Kong", defendeu Samuel Hung, presidente da Hong Kong Dolphin Conservation Society, que há 20 anos sai para o mar pelo menos duas vezes por semana para monitorizar a atividade dos golfinhos.

"De certa forma parece que os estamos a empurrar cada vez mais na direção do precipício, e se dermos esse empurrão final, eles vão desaparecer para sempre. Julgo que agora é o tempo para agirmos em conjunto", apelou.

Segundo Hung, há cerca de 60 golfinhos nas águas de Hong Kong, uma significativa descida em relação aos 158 que havia em 2003.

"O declínio dos golfinhos é causado por vários fatores, incluindo excesso de pesca e poluição (...) mas acho que o maior contributo vem do aumento do tráfego de ferries de alta velocidade", disse.

ISG//ISG

Organização Sea Shepherd alerta Japão contra o recomeço da caça a baleia


Sydney, Austrália, 29 nov (Lusa) -- A organização ambiental Sea Shepherd alertou hoje o Japão contra o recomeço da "caça para fins científicos" no Antártico, apelando ao Governo australiano que intervenha.

Após uma década de campanhas da Sea Shepherd, o Japão foi obrigado a abandonar a caça no Antártico, depois de o Tribunal Internacional de Justiça declarar que a expedição anual constituía uma atividade comercial disfarçada de investigação.

No entanto, no sábado, os meios de comunicação japoneses noticiaram que a caça vai recomeçar no próximo ano, apesar de pedidos dos reguladores para que sejam apresentadas mais provas de que as expedições têm objetivos científicos.

"As águas cristalinas do Oceano Antártico estão novamente sob a ameaça de caçadores", disse o chefe executivo da Sea Shepherd, Alex Cornelissen.

"Queríamos lembrar o Governo japonês de que as baleias do Oceano Antártico estão protegidas por leis internacionais, leis australianas e pela Sea Shepherd. Assim, qualquer violação do Santuário da Baleia do Oceano Antártico ou do Santuário da Baleia Australiana será encarada como um ato criminoso", acrescentou.

A Austrália liderou os esforços para persuadir o Japão a suspender a caça às baleias. Por esse motivo, a Sea Shepherd pediu ao primeiro-ministro Malcolm Turnbull para recorrer à diplomacia, numa tentativa de que a caça não recomece.

"O primeiro-ministro Turnbull tem o dever de garantir que a questão urgente da caça às baleias do Japão está no topo da agenda quando visitar o Japão em dezembro", disse o diretor da Sea Shepherd Austrália, Jeff Hansen.

ISG//ISG

Terceiro dia de manifestações contra as alterações climáticas arranca na Austrália


Sydney, Austrália, 29 nov (Lusa) -- Dezenas de milhares de pessoas saíram hoje à rua na Austrália no terceiro dia de manifestações para pressionar os líderes globais a fecharem, na cimeira de Paris, um pacto que reduza os gases de efeito estufa.

Cerca de 150 líderes mundiais, incluindo Barack Obama (EUA), Xi Jinping (China), Narendra Modi (Índia) e Vladimir Putin (Rússia) vão participar na cimeira do ambiente, que começa na segunda-feira e cuja meta é firmar um acordo climático universal.

O objetivo é limitar o aquecimento global a dois graus celsius, ou menos, em relação aos níveis pré-Revolução Industrial, reduzindo as emissões de combustíveis fósseis.

Manifestações pela redução das emissões de carbono têm vindo a multiplicar-se desde sexta-feira. As marchas por toda a Austrália marcaram o arranque do último dia de protestos.

Eventos semelhantes estão planeados para Seul, Rio de Janeiro, Nova Iorque e Cidade do México, entre outras cidades.

"Não há um Planeta B", lia-se num cartaz em Sydney, onde dezenas de milhares de pessoas se juntaram.

A campanha global começou em Melbourne na sexta-feira, e incluiu manifestações no sábado na Nova Zelândia, Filipinas, Bangladesh, Japão, África do Sul e Reino Unido.

ISG//ISG

Deputada Albina :“Hateke ba Pasadu, Haríi Prezenti ne’ebe Nakonu Domin no Paz”


Viqueque, Radioliberdadeonline -  Sekretaria de Estudo Para o Apoio Promoção Socio-Económica da Mulher (SEM) kuarta feira 25/11/2015  halao kampanha ativismu kontra violensia hasoru feto ba dala 16  iha Munisipui Viqueque postu Administrativu watulari suku Matahoi.

Reprezentante SEM,  Filomena Martins, informa ba Jornalista sira katak , objetivu husi kampaña ativismu violensia kontra hasoru feto ne’e  hasa’e ema nia konsensia atu nune’e bele reduz hahalok Violensia Domestika no Violensia bazeia ba Jeneru iha Timor-Leste.
Reprezentante SEM akresenta liu tan, semana ida ne’e guvernu liu husi  SEM  kontinua hala’o sosializasaun lei kontra Violensia Domestika iha Munisipiu Viqueque Postu Administrativu, Watucarbau, no Ossu.

Iha fatin hanesan reprezentate povu iha uma fukun Parlamentu Nasional,  Deputada Albina Marçal,  deklara ho selebrasaun loron ativismu  kontra violensia hasoru Feto ne’e, lori ema hotu  halo reflesaun ba tempu pasadu saida mak feto maluk sira kontribui ona ba rai doben ida ne’e .

“komemorasaun ne’e lori ita ba lembra fila fali tempu pasadu, saida mak ita nia feto maluk sira halo ona hodi kontribui ba rai doben ida ne’e,liliu  sira nia kontribuisaun ba prosesu ukun rasik-an, ita nia sira ne’ebe sei moris sai sasin ba sira nia esforsu bo’ot ida ne’e, hateke ba pasadu hodi harií prezenti ida ne’ebe nakonu ho domin , nakonun ho paz ba ita nia rai ida ne’e” Tenik Deputada Albina Marçal.

Iha parte seluk, Administrador Munisipiu   Viqueque,  Gregorio Enrique, esklarese  wanihira koalia konaba direitu feto, Postu Administrativu Watular, feto  sempre hamriik iha mane nia sorin hodi luta kontra inimigu sira, hodi kontribui ba prosesu konstrusaun Estadu ida ne’e.

Entertantu iha komemorasaun ne’e hetan partisipasaun masimu husi komunidade inklui lideransa komunitariu no hetan siguransa husi Polisia Nasional Timor –Leste (PNTL).

Rádio Liberdade Dili -  Eskritor : Januario Texeira

PR fó omenajen ba "erói anónimu sira" ne’ebé subar líder rezisténsia sira


Xefe Estadu horisehik fó omenajen ba reprezentante hosi grupu 28 sidadaun timoroan sira  nian ne’ebé iha tinan hirak ikus ne’e iha luta kontra okupasaun indenézia, entre 1991 no 1999 subar no proteje líder rezisténsia sira.

Taur Matan Ruak entrega medalla Orden Timor-Leste nian ba reprezentante hosi grupu sira ne’ebé, ho risku boot subar nia nolíder rezisténsia sira seluk- Xanana Gusmão, Mau Hunu, David Alex, Konis Santana ka Lu-Olo, no sira seluk.

Omenajen ida ba “erói anónimu sira” ne’ebé fó risku ba vida rasik hodi manifesta “espíritu patriotizmu”, no proteje líder sira iha sira-nia uma, abrigu subterráneu, kintál no fatin sira seluk, uitoan ba nasaun tomak.

"Kontributu signifikativu ida", destaka Prezidente Repúblika iha dekretu ne’ebé aprova kondekorasaun sira, hosi ida ne’ebé "ajuda proteje líder rezisténsia sira" .

Hanesan pontu aas ida mós hosi serimónia sira ne’ebé horisehik, iha kampu Palaban iha kapitál enklave Oekusi, komemora tinan 40 proklamasaun unilaterál hosi independénsia Timor-Leste nian, testu ne’ebé horisehik lee hikas hosi fundadór nasaun nian ida mós, Mari Alkatiri.

Taur Matan Ruak prezide serimónia hasa’e bandeira ho parada ida mak lidera hosi tenente-koronel infantaria Haksolok no kompostu hosi kompañia ida-idak hosi komponente terrestre, navál no apoiu no servisu Forsa Defeza Timor-Leste nian (F-FDTL) no pelotaun Polísia nasionál nian ida (PNTL), operasaun espesiál, orden públika no patrullamentu fronteira.

Partisipa mós hosi elementu seguransa sivíl, bombeiru no eskuteiru sira no grupu responsável ba guarda bandeira tolu: ida ho joven estudante 28 hosi eskola sekundária hosi munisípiu 12, ida seluk ho elementu 40  no ida ikus ho ekipa guarda bandeira.

Iha farda militár kór-matak-kastaña sira-nia sorin, grupu hirak ne’e hatais mutin, ho estudante sira hatais tais tradisionál kór-azúl, mean no matak.

Lian inu nasionál nian, interpreta hosi banda múzika F-FDTL nian, bandeira Timor-Leste sa’e iha bandeira-rin mak harii iha tribuna onra nia oin, iha ne’ebé iha prinsipál individualidade timoroan sira no konvidadu internasionál sira, inklui prezidente Tribunál Konstitusionál, Joaquim de Sousa Ribeiro, reprezentante hosi Estadu portugés.

Iha nia diskursu, Taur Matan Ruak, defende katak Estadu tenke reforsa nia servisu ba sidadaun sira, liu-liu iha área esensiál sira hanesan saúde ka edukasaun.

Estadu tenke sai efikás no efisiente, "tenke uza rekursu sira ho forma rasionál" no dezenvolvimentu "tenke sai hosi Dili no bá distritu sira", ho polu dezenvolvimentu ne’ebé atrai investimentu nasionál no estranjeiru ba esensiál prosesu diversifikasaun ekonómika.

Hanesan ezemplu nia destaka progresu iha enklave Oekusi, iha ne’ebé responsável sira autoridade rejionál nian no Governu sentrál kria hela zona ekonómika eskluziva.

Nia hatete katak unidade, pás no estabilidade hanesan "kondisaun importantes ba dezenvolvimentu no konsolidasaun  ba Estadu" tanba ne’e presiza kolaborasaun ema hotu nian iha prosesu dezenvolvimentu nasaun nian.

Xefe Estadu ne’e apela mós ba sidadaun no família sira atu ativu iha konstrusaun Estadu, buka atu ba ekola no hetan formasaun hodi ajuda gerar importante ekonomia familiár.

Taur Matan Ruak halo referénsia ba líder timoroan sira, entre sira ne’e nia destaka Mari Alkatiri no José Ramos-Horta, sobrevivente hosi primeiru Governu ne’ebé simu pose iha tinan 40 liubá, no "memória hosi mártir nasionalista sira" ne’ebé halo "sakrifísiu boot iha luta ba libertasaun Timor-Leste nian".

Nia hatete katak sira ne’e mak veteranu sira hosi frente armada, klandestina no diplomátika, ne’ebé "fó ezemplu ba nasaun" no ne’ebé ohin loron "kontinua inspira" timoroan sira, ho "korajen no dignidade".

Taur Matan Ruak refere ba tinan 500 kontaktu entre portugés ho timoroan sira no papél igreja katólika nian, ne’ebé fó sai iha marka identidade timoroa nian, ohin loron sai "membru família boot ida nian iha kontinente haat".

SAPO TL ho Lusa - Foto: Prezidénsia Repúblika

Prezidente Konstitusionál emosionadu tanba reprezenta Portugál iha Timór


Prezidente Tribunál Konstitusionál deklara horisehik sente onradu no emosionadu tanba reprezenta Estadu portugés iha serimónia ofisiál sira ne’ebé marka tinan 500 kontaktu entre portugés no timoroan sira ne’ebé hala’o horisehik iha tasi-ibun Lifau, enklave Oekusi.

"Relasaun entre Portugál no Timór iha ona tinan 500. Ohin loron ita iha relasaun amizade fraterna", hatete ba Lusa Joaquim de Sousa Ribeiro.

"Prezensa Estadu portugés nian iha ne’e liuhosi ha’u iha signifikadu boot ida no ha’u rasik sente haksolok no emosionadu uitoan tanba bele mai iha ne’e hodi partisipa serimónia ida ne’e", nia hatete.

Sousa Ribeiro ko’alia ba Lusa iha serimónia inaugurasaun ba monumentu foun iha tasi-ibun Lifau, iha enklave Oekusi, marka tinan 500 hosi kontaktu ne’e no tuir xefe Estadu timoroan tasi "serve hodi halibur povu, kultura no nasaun sira".

Ró bronze ho figura ualu ne’ebé akompaña nia- navegadór, padre, porta-estandarte, mariñeiru na’in rua no timoroan na’in tolu – dezeña hosi eskultór portugés Jorge Coelho no fabrika hosi Fundição Lage de Oliveira do Douro, Vila Nova de Gaia.

"Reprezenta mós dimensaun signifikativa ida hosi ami-nia istória no rezultadu hosi tranzmutasaun kulturál ne’e hanesan elementu ne’ebé importante tebes iha identidade nasaun ne’e nian rasik, ne’ebé permite distingi nia hosi zona envolvente no afirma politikamente nia autodeterminasaun no independénsia", nia afirma.

Prezidente Konstitusionál, 4.ª figura Estadu nian hatete katak portugés sira sente hanesan "kauza nasionál difikuldade hotu ne’ebé povu timoroan hasoru mak manán hodi afirma nia independénsia".

Nia hatete katak maski la prezente iha moris loroloron timoroan hotu nian " nia iha simpatia espesiál tanba povu ki’ik ne’ebé konsege afirma nia kultura no identidade rasik".

Uma-na’in hosi serimónia, ne’ebé sei kontinua iha sábadu ho referente ba tinan 40 proklamasaun unilaterál independénsia nian mak Mari Alkatiri, responsável hosi Rejiaun Administrativa Espesiál no Zona Espesiál Ekonomia Sosiál Merkadu nian (ZEESM), Oekusi-Ambenu.

"Bainhira hakarak sai pioneiru ida Iha buat ruma ne’e sempre difísil atu ema hotu fiar kedas. Ne’e mak ami-nia istória, ami sempre hahú ho dezafiu ne’ebé difísl tebes maibé to’o ogora ami hatene ultrapasa", nia afirma ba Lusa.

Nia konsidera monumentu ne’e hanesan hun hosi istória komún Portugál ho Timor-Leste nian, Iha ne’e bé iha "interasaun, ho faze negativa tebes no faze pozitiva sira seluk".

"Buat ne’ebé loos mak iha interasaun no kontraditóriu ne’e hamosu identidade foun povu Timor-Leste nian. Identidade polítika, kulturál, sosiál no relijioza", nia deklara.

SAPO TL ho Lusa

O português que ligou Lisboa a Lifau, de mota, em 84 dias e 27.700 quilómetros


Lifau, Timor-Leste, 28 nov (Lusa) - Rui Correia completou hoje no enclave timorense de Oecusse, a sua maior aventura de vida: 27.700 quilómetros em 84 dias, de moto entre Guimarães, o berço de Portugal e Lifau, o berço de Timor-Leste.

Uma viagem com maiores desafios do que o próprio esperava, entre burocracias, dificuldades no acesso a alguns países, como o Paquistão, trânsito intenso na India e chuvadas em Samatra, na Indonésia.

"Não estava à espera. Muito embora tivesse planeado a viagem há algum tempo atrás, saiu-me mais difícil e complicado do que poderia imaginar. Muitos obstáculos de todo o tipo, burocracia e dificuldades do terreno", afirmou.

"27.700 quilómetros desde Guimarães, a 06 de setembro, até Lifau", disse em entrevista à Lusa.

Entre os percursos mais complicados estiveram os cerca de 1.200 quilómetros quase todos no deserto, na região do Baluchistão, a maior província do Paquistão e que inclui uma zona disputada com o Irão.

Rui Correia explicou que viajou sempre sob escolta de efetivos de segurança, à civil, com kalashnikovs, que o obrigavam a pernoitar em esquadras da polícia, ao lado dos presos e de onde não podia sair até ao dia seguinte.

Ainda assim, e depois de 20 países - Timor-Leste foi o 20.º, onde entrou hoje, vindo da capital de Timor Ocidental, Cupão, - Rui Correia insistiu que valeu a pena.

"Valeu muito a pena. A experiência é incrível, inacreditável, algo que fica para sempre na memória, que não se consegue transmitir e que calou fundo em mim e que nunca esquecerei", admitiu.

Ligado há vários anos à questão de Timor-Leste, fez parte da missão do Lusitânia Expresso, Rui Correia reconheceu que, por isso, a viagem teve ainda mais significado.

"Vivo muito intensamente a história. Para mim, tem imenso significado. A minha relação com Timor é uma relação longa. Desde 1987 que militei com a causa timorense. Vou continuar por cá. Esta é a minha segunda casa", disse.

Num país como Timor-Leste, onde as motorizadas são quase parte da identidade - para muitas famílias são o único veículo pessoal e as competições de motocross são regulares - a viagem de Rui Correia suscitou um interesse particular.

Por isso hoje, à frente do monumento em Lifau -- onde nasceu Timor-Leste há 500 anos -- e que assinala os cinco séculos de contactos entre portugueses e timorenses, inaugurado na sexta-feira e onde hoje falou à Lusa, Rui Correia foi solicitado a dezenas de fotografias.

"Veio sozinho? Quanto tempo demora?", perguntou que repetiam, em português e inglês olhando para o condutor e para a mota, decorada com duas bandeiras, de Timor-Leste e Portugal e um mapa do longo percurso que Rui Gomes conseguiu cumprir.

A viagem de Rui Correia, na prática, só termina no domingo: viajará com um grupo de timorenses, de mota, entre Lifau e Díli, unindo assim o que foram as duas capitais timorenses.

"Agora já é fácil, estou em casa", disse.

ASP // ZO - Por António Sampaio (Texto) e Ricardo Nogueira (Vídeo), da agência Lusa – Foto iha Facebook jornalista Antonio Sampaio

PR timorense homenageia "heróis anónimos" que esconderam líderes da resistência


Pante Macassar, Timor-Leste, 28 nov (Lusa) - Representantes de 28 grupos de cidadãos timorenses que nos últimos anos da luta contra a ocupação indonésia, entre 1991 e 1999, esconderam e protegeram os principais líderes da resistência, foram hoje homenageados pelo chefe de Estado de Timor-Leste.

Taur Matan Ruak entregou a medalha da Ordem de Timor-Leste a representantes de grupos que, com grande risco, o esconderam e a outros líderes da resistência - Xanana Gusmão, Mau Hunu, David Alex, Konis Santana ou Lu-Olo, entre outros.

Uma homenagem a "heróis anónimos" que manifestaram, arriscando a própria vida, "um espirito de patriotismo", protegendo os líderes em casas, abrigos subterrâneos, quintais e outros locais, um pouco por todo o país.

Um "contributo significativo", destacou o Presidente da República no decreto em que aprovou as condecorações, de quem "ajudou a proteger os líderes da resistência".

Foi um dos pontos altos das cerimónias que hoje, no campo de Palaban na capital do enclave de Oecusse, assinalaram o 40.º aniversário da proclamação unilateral da independência de Timor-Leste, texto que hoje voltou a ser lido por um dos fundadores da nação, Mari Alkatiri.

Taur Matan Ruak presidiu à cerimónia do içar da bandeira perante uma parada liderada pelo tenente-coronel de infantaria Haksolok e composta por uma companhia cada do componente terrestre, naval e de apoio e serviço das Forças Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) e um pelotão da Polícia nacional (PNTL), operações especiais, ordem pública e patrulhamento da fronteira.

Participaram ainda elementos da segurança civil, dos bombeiros e dos escuteiros e três grupos responsáveis pela guarda da bandeira: um de 28 jovens estudantes de escolas secundárias dos 12 municípios, outro com 40 elementos e o último com a equipa de guarda à bandeira.

Ao lado das fardas militares camufladas, estes grupos trajavam branco, com os estudantes vestidos com tais tradicionais azuis, vermelhos e verdes.

Ao som do hino nacional, interpretado pela banda de música das F-FDTL, a bandeira de Timor-Leste subiu no mastro colocado em frente à tribuna de honra, onde estavam as principais individualidades timorenses e convidados internacionais, incluindo o presidente do Tribunal Constitucional, Joaquim de Sousa Ribeiro, em representação do Estado português.

No seu discurso, Taur Matan Ruak, defendeu que o Estado deve reforçar os seus serviços aos cidadãos, especialmente em áreas essenciais como saúde ou educação.

O Estado, deve ser mais eficaz e eficiente, os recursos "devem ser utilizados de forma racional" e o desenvolvimento "tem que sair de Díli e ir para os distritos", com polos de desenvolvimento que atraiam investimento nacional e estrangeiro para o essencial processo de diversificação económica.

Como exemplo destacou o progresso registado no enclave de Oecusse, onde os responsáveis da autoridade regional e o Governo central estão a criar uma zona económica exclusiva.

Unidade, paz e estabilidade, disse, são "condições importantes para o desenvolvimento e consolidação do Estado" pelo que é essencial a colaboração de todos no processo de desenvolvimento do país.

O chefe de Estado apelou ainda aos cidadãos e famílias que sejam mais ativos na construção do Estado, procurando educar-se e informar-se, ajudando a gerar a importante economia familiar.

Taur Matan Ruak fez referência aos líderes timorenses, entre os quais destacou Mari Alkatiri e José Ramos-Horta, sobreviventes do primeiro Governo que tomou posse há 40 anos, e "às memórias dos mártires nacionalistas" que fizeram "o maior sacrifício na luta pela libertação de Timor-Leste".

Estes são, disse, veteranos da frente armada, clandestina e diplomática, que "deram um exemplo à nação" e que hoje "continuam a inspirar" os timorenses, com "coragem e dignidade".

Taur Matan Ruak referiu-se ao 500.º aniversário dos contactos entre portugueses e timorenses e ao papel da igreja católica, que deixaram vincos marcados na identidade timorense, hoje "membro de uma grande família em quatro continentes".

ASP//ISG

Progresso no ensino do português é lento e enfrenta dificuldades - Especialistas


O ensino do português em Timor-Leste está a avançar lentamente e enfrenta dificuldades a vários níveis, como a falta de adequação dos programas para o ensino e a preparação dos professores, disseram à Lusa dois especialistas na matéria.

“Certamente há um avanço, mesmo que lento. Há dificuldades dos mais variados níveis”, declararam à Lusa, por correio eletrónico, Suzani Cassiani e Irlan Von Linsingen, que desde 2009 coordenam o Programa de Qualificação de Docentes e Ensino de Língua Portuguesa em Timor-Leste (Brasil).

Suzani Cassiani - bolsista num estágio pós-doutoral na Universidade de Coimbra - e Irlan Von Linsingen disseram que, de acordo com o dicionarista e escritor timorense Luís Costa, a evolução do ensino do português em Timor-Leste entre 2003 e 2014 foi pequena.

“Concordamos com ele quando diz que vários programas (de ensino do português) não estão adequados", afirmaram os dois professores e investigadores da Universidade Federal de Santa Catarina (Brasil).

De acordo com dados do Plano Nacional de Educação (timorense) de 2014, citado pelos coordenadores, “mais de 75% dos professores não estão qualificados de acordo com os níveis exigidos por lei. Também o currículo é inadequado para lidar com as necessidades de desenvolvimento" de Timor-Leste.

“Segundo dados do último censo de 2010, cerca de 17% a 25% dos timorenses falam português. Noventa por cento da população utiliza o tétum diariamente, além de outras línguas e 35% da população fala bahasa indonésio (principalmente nas cidades)”, referiram.

Devido à sua proibição durante a ocupação indonésia (1975-1999), quando as crianças aprendiam bahasa indonésio na escola, o português foi um dos símbolos da resistência dos timorenses, criando raízes para que hoje existam laços com os demais países lusófonos, de acordo com os coordenadores.

“Ainda há resistências de parcelas da população que consideram que o inglês ou o indonésio devam ser línguas oficiais, seja pela proximidade, seja pela facilidade, seja por questões políticas e económicas, enfim, uma parte crescente fala inglês, um requisito para obter os empregos mais bem remunerados, rumo aos negócios que vêm crescendo a cada ano no país”, sublinharam.

Os dois professores universitários disseram ainda que “há também os desafios de um novo país na questão da gestão dos recursos, administração, entre outras, que muitas vezes é precária”.

Segundo os investigadores, numa recente entrevista, o primeiro-ministro timorense, Rui Araújo, pediu ajuda aos Estados parceiros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para "colocar mais professores que falem português nas escolas" e também "apostar no ensino do português na função pública".

Os dois coordenadores referiram que “a incorporação do português é uma questão de tempo e o convívio com as outras línguas é extremamente importante”, assinalando que a língua portuguesa tem de estabelecer uma "parceria" com o tétum.

“Os timorenses são plurilíngues e muitos falam até mais do que quatro línguas, mesmo que no momento pareça um pouco caótico. O ambiente plurilíngue é complexo, mas essa convivência é possível”, acrescentaram.

“Concordamos com o primeiro-ministro, quando fala que as escolas timorenses precisam ter professores de português, que contribuam com a formação de professores timorenses. Pensamos que é preciso trabalhar com esses professores, ensinando a língua portuguesa e os conteúdos em português (para as disciplinas específicas como as de ciências da natureza)”, referiram.

Para os coordenadores, “alguns fatores precisam ser repensados no que se refere a qualidade do ensino/aprendizagem da língua portuguesa pelas cooperações”.

“Entre esses fatores estão o aumento do número de docentes e intensificar a formação por meio de cursos que integram a língua portuguesa com outras áreas de conhecimento; e investir no tempo de formação e em ambientes linguísticos apropriados” acrescentaram.

“É preciso investir em material de leitura, numa televisão educativa (...) e é importante investir mais no campo da pesquisa científica e apostar na capacidade dos timorenses em produzir conhecimento adequado ao seu contexto”, assinalaram, entre outros fatores.

O Programa de Qualificação de Docentes e Ensino de Língua Portuguesa em Timor-Leste foi criado em 2005 e envia, anualmente, o envio de 50 professores brasileiros de diversas áreas do conhecimento para Timor-Leste.

De acordo com os académicos, cabe à coordenação do programa - iniciativa apoiada por várias instituições públicas brasileiras - selecionar, preparar, acompanhar, orientar e avaliar o trabalho dos cooperantes brasileiros durante os meses ou anos que trabalham em Timor-Leste.

SAPO TL com Lusa

PR timorense saúda investimentos no enclave de Oecusse em visita a nova central


Por António Sampaio (Agência Lusa)

Os investimentos que estão a ser feitos em Oecusse são a concretização de um sonho para os timorenses e uma recompensa para o povo do enclave que nunca abandonou a luta pela independência, disse hoje o Presidente da República.

"É uma grande conquista para nós, 500 anos depois. Este sítio, Oecusse, junta portugueses e timorenses, novamente aqui, para festejar o início de um grande projeto, de um grande sonho dos timorenses e em particular do povo de Oecusse", disse Taur Matan Ruak em declarações à Lusa.

"É uma forma também de recompensar os esforços e dedicação deles. Sempre se mantiveram firmes e determinados, lutando lado a lado com a parte maior de Timor para a independência. É um povo que tem um esprito, um nacionalismo, um patriotismo incomparável", afirmou.

Taur Matan Ruak falava à Lusa depois de visitar a nova central elétrica de Sacato, em Oecusse, onde chegou hoje para participar nas cerimónias dos 500 anos da chegada de portugueses a Timor-Leste e do 40.º aniversário da proclamação de independência. "O passado serve de referência, de lição, para encarar o presente e buscar o futuro melhor para o nosso povo e nosso país", disse.

O chefe de Estado visitou a central acompanhado do presidente do Parlamento Nacional, do primeiro-ministro Rui Maria de Araújo e do responsável da Região Administrativa Especial e da Zona Especial de Economia Social de Mercado (ZEESM) de Oecusse-Ambeno, Mari Alkatiri.

A central é um dos projetos implementados pela ZEESM, num modelo que está a ser testado em Timor-Leste e que inclui novas formas de realizar obras públicas, com mais fiscalização, e projetos integrados de desenvolvimento.

"Estamos a aprender e a perfeição busca-se ao longo do próprio processo de desenvolvimento, sobretudo numa altura de grande competição entre os países que procuram atrair investidores para os seus países. E Timor não quer perder neste jogo, nesta grande competição entre os países", afirmou Taur Matan Ruak. "Este é um projeto-piloto que pode ser replicado. Tudo vai depender da forma como vamos gerir e desenvolver este projeto aqui", disse.

Taur Matan Ruak relembrou que há outros "polos de desenvolvimento", como os da costa sul no setor petrolífero, mas que é necessário um "equilíbrio" entre o desenvolvimento das zonas urbanas e das zonas rurais onde ainda há problemas.

Várias outras individualidades, que estão em Oecusse para as comemorações de 27 e 28 de novembro, visitaram também a central que está já a garantir todo o fornecimento elétrico ao enclave.

"Parabéns por este projeto que traz grandes benefícios ao povo de Oecusse", disse, ao lado de Mari Alkatiri.

A central, que começou a ser construída em fevereiro de 2015 e tem uma capacidade instalada de 17 MW, está a funcionar apenas com um dos quatro motores, com um outro de reserva para o caso de haver problemas. Esse motor é suficiente para a procura atual que atinge um máximo de 2 megawatts, como explicou à Lusa Tapio Ostman, responsável pela construção da unidade.

Com um orçamento de 37 milhões de dólares a central foi construída pela empresa PT Wartsila Indonésia, uma sociedade do grupo finlandês Wartsila, que no passado dia 13 assinou com a ZEESM um contrato de operação e manutenção durante 5 anos.

Findo esse contrato, a ZEESM analisará se renova ou não a concessão com a Wartsila, que vai formar já equipas timorenses, ou se a entrega a outros gestores.

O consumo da região deverá aumentar significativamente quando estiverem a funcionar outras infraestruturas já a ser construídas, nomeadamente o aeroporto que, por si só consumirá cerca de 4 megawatts.

SAPO TL - LUSA

Fome e desnutrição endémica persistem em Timor-Leste e devem ser combatidas - PR


O Presidente da República afirmou ontem que a fome e a desnutrição persistem em Timor-Leste e que combatê-las é um "desafio histórico" que constitui um passo essencial para alcançar outras metas de desenvolvimento.

"Combater a fome, a insegurança alimentar e a desnutrição é uma ambição antiga. Realizá-la está hoje ao nosso alcance", disse Taur Matan Ruak, considerando a paz e a estabilidade "fatores essenciais para este combate ativo".

Taur Matan Ruak falava no arranque da 1.ª reunião extraordinária do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do espaço lusófono (CONSAN-CPLP), que decorre em Díli e onde se espera seja aprovado um plano de trabalho conjunto para a erradicação da fome e da desnutrição na CPLP.

Apesar de Timor-Leste ter como meta elevar o país ao grupo de Estados de rendimento médio até 2030, o país continua a registar fome e desnutrição, sendo que "combater isso é um passo necessário para alcançar metas seguintes" de desenvolvimento.

"Esta é uma tarefa de dimensão histórica. Um desafio de peso. Mas pela primeira vez na história temos condições a enfrentar esse desafio e vencê-lo", afirmou, sublinhando que para vários Estados este é um assunto "prioritário".

"Os maiores desafios são também desafios de informação, de esclarecimento das famílias", disse, referindo-se a uma tema que foi recorrente nas conversas que manteve com as populações dos 360 sucos (freguesias) de Timor-Leste que já visitou, cerca de 80% do total.

O chefe de Estado recordou que em Timor-Leste 70% da população ativa trabalha no setor agrícola, com a produtividade a manter-se baixa e as taxas de iliteracias elevadas.

Responder a esse complexo cenário, sublinho, depende de outras metas de desenvolvimento, de condições técnicas adequadas a nível nacional mas também de cooperação multilateral em termos da CPLP, da comunidade internacional e com o apoio dos parceiros de desenvolvimento e agências especializadas da ONU.

Murade Murargy, secretário executivo da CPLP, retomou as críticas aos Estados membros da CPLP, insistindo que é vital "materializar em termos efetivos o compromisso político" acordado em encontros anteriores, pensando em primeiro lugar nos mais desfavorecidos.

"A persistência de fenómeno da fome e insegurança alimentar é hoje incompreensível. Dentro do nosso espaço geográfico da CPLP temos recursos, tecnologia e o conhecimento para poder eliminar este flagelo que já se tornou um cancro dos nossos países", disse.

"Todos estes ativos estão há muito identificados. Necessitamos de forte engajamento dos nossos Governos sem o qual não vai ser possível avançar. Esse compromisso tem que ser acompanhado pela dotação de recursos financeiros adequados", frisou.

Como exemplo referiu que se os Governos lusófonos consagrarem 1% do seu PIB para ações de combate à insegurança alimentar, que "persiste nas dimensões conhecidas e há muito diagnosticadas" seria possível cumprir os objetivos de erradicação até 2025.

Daí que tenha apelado para que os acordos que saiam da reunião de Díli sejam levados pelas delegações presentes aos seus respetivos Governos procurando avançar na implementação destas estratégias.

SAPO TL ho Lusa – Foto Presidência