O
secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, esteve em Lisboa para dar
seguimento às ideias definidas no último Fórum Macau. Regressou a Macau com uma
mensagem do embaixador chinês na capital portuguesa
O embaixador
da China em Lisboa disse que Portugal tem “uma atitude mais aberta” ao
investimento externo e que Pequim quer reforçar a cooperação com Lisboa e
alargá-la a novas áreas, segundo um comunicado divulgado em Macau.
“O
embaixador Cai Run informou (…) sobre a situação atual das relações
sino-portuguesas nos anos recentes, período em que o investimento das empresas
chinesas em Portugal tem aumentado continuamente e, de facto, Portugal assume
uma atitude mais aberta sobre o investimento externo em comparação com os
países europeus, notando-se, assim, investimentos realizados nos sectores de
energia, de saúde, de seguros e de serviços bancários”, lê-se num comunicado
sobre a visita do secretário da Economia e Finanças de Macau, Lionel Leong, a
Lisboa, esta semana.
De
acordo com o mesmo texto, o embaixador Cai Run “espera que seja reforçada a
cooperação entre as empresas portuguesas e os investidores chineses nas áreas
de cooperação da capacidade produtiva, cooperação marítima, de
empreendedorismo, de medicina tradicional chinesa, de turismo e de educação”.
“Com
a abertura de voos diretos entre os dois países nos meados do próximo ano, a
cooperação e as ligações bilaterais serão mais estreitas”, prossegue o
comunicado, referindo-se às considerações do embaixador que, segundo o mesmo
texto, “salientou o papel positivo de Macau nas relações sino-portuguesas”.
OUTROS
ENCONTROS
Durante
os dias em que esteve em Lisboa, Lionel Leong e a delegação que o acompanhou
reuniu-se ainda com três secretários de Estado do Governo português: João
Vasconcelos (Indústria), Paulo Ferreira (Comércio) e Jorge Costa Oliveira
(Internacionalização).
A
visita a Lisboa visou “implementar os trabalhos definidos” no “memorando de
entendimento para a promoção do empreendedorismo e da cooperação económica e
empresarial” entre Portugal e Macau, assinado em Outubro, durante a quinta
conferência interministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial
entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
No
comunicado divulgado, o Governo de Macau reitera o seu empenho “no reforço da
cooperação luso-chinesa” através da “transformação de Macau numa plataforma de
serviços financeiros entre a China e os países de língua portuguesa” e num
“centro de liquidação de renminbi para os países lusófonos”.
Nos
encontros com os secretários de Estado, foram discutidos temas como o reforço
do papel de Macau na entrada de produtos portugueses na China e acordada a
criação de “grupos especializados para coordenar trabalhos relacionados”,
indica o comunicado.
Os
dois lados trocaram ainda informação sobre “o desenvolvimento das empresas
‘startups'”, tendo discutido “directrizes futuras de cooperação”.