quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Timor Leste está num estado de interregno: entre a incerteza e a esperança!


Afmend Sarmento* | opinião

A crise política que Timor-Leste está atravessar nestes últimos meses é gravíssima, com uma nova experiência na construção do Estado de direito democrático: a dissolução do Parlamento Nacional e, consequentemente, a convocação da Eleição Antecipada, ou seja, na terminologia jurídica-constitucional chamada a subsequente eleição. Na verdade, é um sinal evidente da instabilidade política. Assim, a referida eleição é arquitetada como “marca registada dos nossos tempos” (Bauman, 2016, 33). Num ambiente muito tranquilo e sossegado, todos os presentes se aplaudiram perante a decisão anunciada pelo próprio Presidente da República, Dr. Francisco Guterres "Lu-Olo". A decisão anunciada foi sustentada, por um lado, por força jurídica-constitucional, isto é, em abrigo ao artigo 86.º, (alínea f) e artigo 100.º da Constituição da República de 2002: “o Presidente da República, no uso das suas competências, previstas no artigo 86.º, alínea f da C-RDTL, decreta a dissolução do Parlamento Nacional e a seu tempo vai convocar eleições parlamentares antecipadas nos termos da constituição e da lei” (cf. Mensagem de Sua Excelência Presidente da República sobre a situação política em Timor-Leste, 26 de janeiro de 2018) e, por outro lado, fundamentada por razão política, na medida em que os políticos  não são “áugures”, “curadores”, “intérpretes” (Bauman, 2016, 70) da vontade popular expressada na última eleição. Tudo bem, mas, nada disso flui, nada disso corre; muito pelo contrário, fica parado e faz diminuir o ritmo do desenvolvimento nacional.

Segundo a minha perspectiva, esta é uma decisão win-win solution, aonde uma parte não se sentiu como vencedor nesta disputa pelo poder que gera a crise política neste País. Trata-se, pois, de definir, de um lado, a dissolução do Parlamento Nacional como vitória para Fretilin e o seu aliado, mas, o Governo também cai, por outro lado. Em última instância, a intenção da AMP era mesmo procurar todas as formas para afastar Marí Alkatiri pela segunda vez do cargo de Primeiro-Ministro. Recentemente, Peter Sloterdijk sugeriu uma copresença na ação política de duas economias distintas: “a economia erótica” do Eros e “economia timótica” da noção de Thymos de Platão (citado em Bauman, 2016, 28). Comentou Bauman: (1) as pessoas são movidas não só por dinheiro, mas por falta de algo. Esse algo pode caracterizar com o poder. Como ouvimos nas linguagens corriqueiras: o assalto de poder ou golpe de poder para se referir à AMP. (2) motivada pela necessidade de reconhecimento. A exigência do P-Fretilin para ser reconhecida como vencedor nas últimas eleições, tem todo o direito para formar um Governo, ainda que não cumprisse o critério determinante como conditio sine qua non para a formação do Governo, ou seja, a Maioria Parlamentar. Nesta perspectiva, o Presidente da República observa que a “ética da oposição demasiadamente é erótica e não timótica” (Bauman, 2016, 28); isto implicaria uma consciência tranquila do PR para dissolver PN, abre o caminho aberto ao jogo democrático na Eleição Antecipada.

Uma das curiosidades assenta-se na corrente pensamento do Pierre Bourdieu, um jogo de palavras de que chamou apropriadamente de “cínico” e “clínico”. Comentando por Bauman que uma decisão pode ser usada de forma “cínica”, isto é,  “pensemos numa estratégia que permitirá utilizar as suas regras para tirar o máximo de vantagem; quer a decisão seja justa ou injusta, agradável ou não, isso não vem ao caso. No entanto, quando é utilizada “clinicamente”, essa mesma decisão pode nos ajudar a combater o que vemos de impróprio, perigoso ou ofensivo à nossa sociedade (Bauman, 2000, 7. itálico é meu).  Pessoalmente, argumento que a decisão política possa tornar se uma “clínica” para diagnosticar as doenças da sociedade, a fim de recuperá-la, do que ser um palco para encher com “os dramas cínicos” da política, em busca insaciável do poder. Em fim, Nietzsche advertiu nos de que, em períodos de decadência, é fácil perder “a capacidade espontânea de se autorregular coletiva e individualmente”, de tal modo que “preferimos o artificial ao real”, deixando prevalecer os “motivos ‘desinteressados’” a ponto de “escolhermos instintivamente o que é pernicioso” (citado em Bauman, 2016, 17). Na verdade, BK e BOMP, todos sofreram a doença “psico-patologia” significa, em grego, sofrimento da alma (Bauman, 2000, 40), gerada pela idolatria ao poder, honra e riqueza.

Eis aqui a raiz do problema, como dizem os alemães, “Ist der Hund begraben”, literalmente diz-se “aqui está o cerne da questão”: “o verdadeiro poder ficará a distância segura da política e a política permanecerá impotente para fazer o que se espera da política” (Bauman, 2000, 11). O professor e sociólogo da London School of Economics, Zygmunt Bauman expressou de forma sucinta e correta: "nenhuma decisão é final, todas se ramificam noutras" (Bauman, 2016, 5). Como sabemos, toda a ação política desenrola-se na articulação de três esferas – a política, a economia e a social. Na verdade, a Sua Excelência Presidente da República pôs fim a uma crise política em disputa ao poder, porém, fica aberto o caminho para uma outra crise económica, financeira e social.

Assim, começaremos pela definição do termo “crise”. É uma palavra utilizada para caracterizar uma ruptura no funcionamento de um sistema, de forma, positiva ou negativa. De facto, a crise política e económica estão intimamente ligadas – afirmando por Bobbio – tanto em sentido positivo, quando a solução de uma das duas leva elementos benéficos para a solução da outra, como em sentido negativo, quando a incapacidade de resolver a crise de uma esfera se repercute sobre a outra esfera (Bobbio, 1998, 303-306). Deste ponto de vista, esta  decision-makers parece-se como uma espécie de “mística da mudança”,  (Bauman, 2016, 26) que evoca constantemente a mudança e ao mesmo tempo a adia a situação política atual numa incerteza, porque o Estado está a funcionar sem um Orçamento Geral do Estado.

Como fundamentou Pe. Martinho Gusmão que a Eleição Antecipada é uma péssima ideia. Atrevo-me a dizer que, o pacote de Eleição Antecipada, ou seja, a subsequente eleição parecer-se como uma “Caixa de Pandora”, isto é, segundo a mitologia grega, Prometeu rouba o fogo a Zeus e dá-o aos homens. É a desgraça da humanidade, pois Zeus ordena que seja criada Pandora, que é dotada de beleza e graça, mas também de mentira e de desgraça. Sim, é uma decisão honesta e justa (Pe. Jovito do Rego), mas contém sempre a miséria e desgraça, uma ferida e uma maldição ao mesmo tempo. Na famosa definição de Peter Drucker, “a política (sociedade) não oferece mais salvação” (citado em Bauman, 2000, 62). Estes fenómenos já se constituem como um "cancro" que é difícil de curar, por gastar muitos milhões para nada, enquanto o povo continua a viver na miséria e pobreza.

O mais sinistro e doloroso dos problemas atuais  pode ser melhor entendido sob a rubrica Unsicherheit, termo alemão que funde experiências para as quais outras línguas podem exigir mais palavras — incerteza, insegurança e falta de garantia (Bauman, 2000, 10),  cujo sentido, segundo o autor, sintetiza a condição do homem nas suas dimensões de incerteza, falta de garantia e insegurança nas situações do quotidiano. Esta situação de insegurança é gerada pela instabilidade do mercado. As pessoas sentem-se inseguras. Porquê? Porque, por um lado, a taxa de desemprego vai aumentar na medida em que muitos dos empresários nacionais não tem capacidade económica para pagar o preço do trabalho, por outro lado, a máquina do Estado fica parcialmente parada por não ter capacidade para atender o público de forma eficaz e eficiente, por falta de orçamento de Estado como recurso adequado de sempre para sustentar a sua atividade. Logo, estão afundandos no naufrágio da crise, presas entre precariedades crónicas, que impedem as pessoas de assumir qualquer nova responsabilidade plenamente (os cargos de chefia), e a expulsão do mundo de trabalho os funcionários contratados. E, assim, a tensão positiva que mantém a sociedade em equilíbrio fica perturbada.

A leitura acima  tira-nos da zona de conforto e faz-nos refletir sobre a sociedade na qual estamos inseridos e sobre questões políticas de extrema relevância, possibilitando uma maior compreensão acerca da crise que estamos a enfrentar. Assim, o Estado de Timor-Leste está num estado de interregno: entre a incerteza e a esperança! No “interregno”,  - como diz o Bauman – “não somos uma coisa nem outra”, acrescentando ainda que, “no estado de interregno, as formas como aprendemos a lidar com os desafios da realidade não funcionam mais” (Bauman, Entrevista, 1 de janeiro de 2016), exceto, o povo continua a orar sem cessar “...neste vale de lágrimas!”.

 Já não temos mais alternativas, portanto, exceto perguntamo-nos com Bauman: Até que ponto a crise atual vai levar as transformações que ela ocasionou? Quanto tempo que levará para encontrar um rumo certo? Quantas pessoas tornar-se-ão vítimas até que a solução seja encontrada? Mais uma vez, Bauman fundamentou “a incerteza, além do mais, não cessa depois que se toma uma resolução” (Bauman, 2000, 76). A cena revela-se ainda mais dramática, de facto, já solucionamos a  crise política, mas, está para vir uma outra crise económica e financeira, até pode ser, a crise social. Para usar o termo feliz cunhado por Anthony Giddens, a nossa incerteza é fabricada. A incerteza não é algo que reparamos, mas algo que criamos e criamos sempre de modo novo e em maior quantidade, e criamos através dos esforços para repará-la (citado em Bauman, 2000, 125). Se avaliarmos o seu impacto quotidiano, consequentemente, concluiu Bauman  “as duas coisas de que mais se tem certeza hoje em dia é que há pouca esperança de serem mitigadas as dores das atuais incertezas e que mais incerteza ainda está por vir” (Bauman, 2000, 32). De facto, todos nós estamos naufragados neste imenso mar de incerteza.

Nós vivemos num período de interregno causado pela “arrogância de uma democracia viciada” (Alexandre Krausz), a provocar o sentimento crescente de caos e incerteza sobre a situação política que o país está a enfrentar. O problema, porém, - recorreremos às interpretações de Zygmunt Bauman - é que se fazer algo efetivamente para curar ou ao menos mitigar a inquietude e incerteza exige ação unificada, a maioria das medidas empreendidas sob a bandeira da segurança são divisórias, semeiam a desconfiança mútua, separam as pessoas, dispondo-as a farejar inimigos e conspiradores por trás de toda discordância e divergência (Bauman, 2000, 10). Torna-se cada vez mais problemático alcançar o que Hans-Georg Gadamer chama de “fusão de horizontes”, (citado em Bauman, 2016, 37), que forja consciências, posturas, políticas coletivas e cultura compartilhada em prol da causa do desenvolvimento nacional. A dúvida e a preocupação suscitada pelo povo em geral — fundamentando por Bauman  (Bauman, 2000, 77) — a separação entre o Bloco de Governo e o BOMP é sua independência mútua. É antes a ligação, a dependência mútua, a comunicação entre os dois sectores que deve estar no centro: o interesse do Estado de Timor-Leste.

Talvez este é o nosso Zeitgeist (“espírito da época”), no próprio momento em que tudo aquilo que nos ajudou a criar este “juntos” desabou -  parafraseando Bauman – os partidos políticos não se entendam, a grande cultura política de “omnium consensus” perdeu-se o seu rigor, os modos de expressão como o meu irmão/ o meu compadre afundou-se no abismo –, o espaço para o debate e a reflexão dos líderes antigos como o Encontro de Maubisse I e II encolheu subitamente, e o discurso público vigente se atrofiou no colapso da comunicação entre as elites políticas (Bauman, 2016, 12. itálico é meu). Em suma, nós estamos a enfrentar, por conseguinte, “uma instabilidade política que, em primeiro lugar e acima de tudo, é uma solidão política, uma incomunicabilidade política” (Bauman, 2016, 12.), - continua Bauman - uma ausência de  habilidades de diálogo, como força vital sine qua non da democracia (Bauman, 2016, 85). Nós estamos no começo de um processo longo e tortuoso para chegar a formação de um novo Governo. Pois, os líderes políticos,  salienta ainda Bauman, por sua natureza, “são demasiados propensos à rivalidade e à exclusão recíproca, eles parecem indispostos à cooperação e incapazes de reestabelecer  de novo o espírito fraterno”, (Bauman, 2016, 19) que os guia nos tempos da resistência. Antigamente - como disse Milan Kundera, no seu romance A identidade, - ser amigo significava ficar ombro a ombro na batalha, estar pronto a sacrificar o próprio bem-estar, a própria vida se for necessário, por uma causa que só é defensável como causa comum e em comum. A vida era frágil, cheia de perigos e a amizade podia torná-la mais sólida e um pouco mais segura (citado em Bauman, 2000, 50). Este foi o espírito da resistência e o vínculo inquebrantável que então estabeleceram entre os timorenses. Hoje, este espírito afundou-se no mar e “rasgando o delicado tecido da solidariedade humana” (Bauman, 2000, 51) pelo caprichos de poder. Tal como diria Norberto Bobbio: “o homem persegue o próprio interesse tanto no mercado económico como no político” (BOBBIO, 1986, 10), seguindo o seu próprio instinto da “vontade do poder” (Nietszche). O desejo do poder é algo que o move inevitavelmente – o “instinto de poder” (Weber), como habitualmente se diz.

Em qualquer país democrático, o que gera e mantém organizadas as sociedades, bem como, garantir a segurança e estabilidade é a “tarefa suprema e a obrigação inegável do Estado, portanto, sua raison d’être” (Bauman, 2016, 9). Entendido dessa forma, “o Estado era o grande provedor da segurança e estabilidade da nação, e, por isso, onde os cidadãos depositavam sua confiança” (Bauman, 2000, 50). Em outras palavras, a razão do Estado é ligada com a segurança e garantia do bem-estar da nação e do povo, numa palavra, o Estado como remedium peccati (Norberto Bobbio), para sarar a incerteza, insegurança e falta de garantia na vida quotidiana da população.

No entanto, há um constrangimento suscitado no meio do povo perante os políticos, no qual o discurso da retórica política de “interesse do Estado/Povo” torna-se o instrumento para atingir os objetivos pessoais e partidários. Comentou Bauman: “os políticos prometem modernizar as estruturas seculares de vida dos seus súditos”, o que na realidade, apenas uma pura emissão fonética - "flatus vocis"- enfatiza-las para cativar a simpatia e adesão do povo, visa ganhar a confiança através do seu voto nas urnas.  No mesmo contexto, percebe-se claramente que “as promessas são presságio de mais incerteza, mais insegurança e menos garantia contra os caprichos do destino” (Bauman, 2000, 39). Enquanto, as elites políticas perseguem o sentido da existência em direção às próprias sensações de bem-estar, enquanto o povo continua a viver num oceano de miséria. É difícil para nós, hodiernos, entendermos a ação dos políticos.

A pesquisa recente realizada pelo International Republican Institute (IRI) antes da Eleição anterior concluíram que um maior número da população timorense, não aderirem a qualquer partido político e, com um volume elevado dos indecisos em escolher um partido. Esta situação deve-se aos políticos que perdem poder e são responsáveis por uma crescente apatia política, um progressivo desinteresse do eleitorado por tudo que tenha caráter “político” (Bauman, 2000, 22). Esta apatia vai influenciar para que possa acontecer um crescente número maior de abstenção e não participação na Eleição Antecipada que se realizará em breve. Ainda por cima, o próprio sistema eleitoral em si, não irá contribuir para que a população possa exercer livremente o seu direito de voto em qualquer lugar.

Na verdade, há uma certa “reação de fadiga” e “perda de simpatia” da população timorense, porque os políticos não cumprem a promessa. Esta situação vai gerar “o ponto de ruptura com o alargamento do fosso entre eleitores e eleitos – isto é, com a crise evidente de representação” (Bauman, 2016, 11), porque os eleitos não tem o sentimento do Povo. Em consequência, “as pessoas não votam mais, ou o fazem com indiferença, sem paixão ou pelo menos sem muita convicção; elas não acreditam no direito de votar como o meio mais efetivo... (Bauman, 2016, 11), isto contribui para a elevação de não-participação nos atos eleitorais, bem como, os escritos que aparecem com a incitação de levar as pessoas para o Golput. Pois, “o povo sente-se traído e frustrado pelas promessas democráticas” (Bauman, 2016, 15), que soam nos ouvidos do povo durante as campanhas: libertar o povo da pobreza e miséria! Muito pelo contrário, “os que estão no poder não desfrutam mais da confiança dos eleitores; eles só acumulam os benefícios”, como argumenta o pensador político francês Pierre Rosanvallon (citado em Bauman, 2016, 42). Assim, o fim da política não é para alcançar o Bem Comum, mas o bem da família e do partido.  A nação – para estes animal politicus – torna-se a segunda opção, dada a importância à primeira opção que é a família e o partido. Em suma, sem dúvida, é um dos mais nocivos venenos da nossa época.

O povo testemunhou o desmoronamento da confiança depositada nos seus representantes no PN, que deveria dar forma e substância a pensamentos genuínos e bem organizados que se agregam e desenvolvem pelo debate em prol do bem comum. Estes são, as realidades atuais, responsáveis pelo fato de o cidadão se sentir “traído e frustrado pelas promessas democráticas” (Bauman, 2016, 15). Porque os políticos não cumprem a promessa do princípio de reciprocidade - do ut des - isto é, o povo oferece o seu voto, enquanto o político não estimula a busca de satisfação do povo, bem pelo contrário,  causa apatia política como expressa com lucidez e articulado de forma coerente por Bauman - uma política de “adiaforético”, - quer dizer, sem interesse para as autoridades políticas (Bauman, 2000, 67). Oxalá, que este povo resistente e sofredor não acredita cegamente nestes “profetas desonestos e falsos salvadores” (Bauman, 2016, 22) da Nação, que venham divulgar os programas eleitorais, as promessas políticas, com intuito de mobilizar e conquistar o eleitorado para eleger os partidos políticos.  Que o povo tem o sentimento de “imunidade à eloquência”, como chama Bertrand Russell, isto é, a capacidade de resistir à falsa mágica das palavras do Poder (Bauman, 2016, 63).

Os resultados eleitorais da EA manter-se-ão dentro da tendência histórica, como Marx Weber demonstrou “hero worship” ou “absolute trust in the leader” continuam a votar em Xanana e Taur Matan Ruak. E, os que adoram o Partido Fretilin continuam a votar neste partido. Como comentou o Pe. Martinho Gusmão: “o voto ideológico” continua na mesma  com os votos dos "semper fidelis" (sempre fiéis) militantes e simpatizantes. O que vai mudar é “o voto estratégico”, mas o nosso povo ainda não tem a “capacidade de analisar, da inteligência para discernir” (Bauman, 2016, 57) os programa eleitorais. Ainda vale a palavra de Robert Ezra Park: (1) marcado pelo discurso racional; (2) unida por uma experiência emocional. Explicando de forma explícita por Bauman: o primeiro deve ter “capacidade de pensar e argumentar com os outros”, ao passo que a última só precisa ter “capacidade de sentir e se identificar” (citado em Bauman, 2016, 26) com os militantes e simpatizantes. Assim, “luta política” da EA já não é mais uma competição de programas eleitorais, mas, sim, de figuras históricas e partidos históricos, mais uma vez, Bauman sintetiza: “luta política já não é mais uma competição de ideias, mas de personalidades: o maior número de pontos é amealhado pelas figuras...”,  porque a “cognição política é moldada emocionalmente” (Bauman, 2016, 78) para cativar a simpatia e adesão dos "semper fidelis" militantes e simpatizantes.

No meio de situações verdadeiramente dramáticas, “o que nos mantém vivos e atuantes perante esta situação de incerteza é a imortalidade da esperança” (Bauman, 2016, 35), como frisou de forma concisa por Bauman. De facto, a esperança é o único remédio preventivo desta incerteza. A ansiedade difusa e dispersa dos povos deslocam-se para um único elemento de Sicherheit — o da segurança. Freud fala de Sicherheit, a língua alemã é atipicamente frugal: consegue estreitar num único termo fenómenos complexos para os quais outras línguas precisam pelo menos de três — segurança, certeza e garantia (citado em Bauman, 2000, 20). Apesar de a tensão política perdurou-se no tempo, o povo mostra a sua maturidade política: a situação é estável, confiável nas Instituições de Segurança e Defesa, assim, o povo aprendeu com as experiências passadas para enfrentar os desafios da vida. Em suma, concluiu Bauman: “no coração da política da vida encontra um desejo profundo e insaciável de segurança” (Bauman, 2000, 25). A “confiança” de que o VIII Governo possa instaurar de novo um espaço lúdico, seguro para todos os timorenses. E, que tinha como característica primordial a certeza de edificar uma sociedade justa, livre, solidária, pacífica e, consequentemente, que partilham equitativamente a honra e o ónus desta nobre nação de Timor Lorosa’e.

Todos nós esperamos, que a subsequente Eleição ou Eleição Antecipada possa acontecer num ambiente mais democrático e, que os políticos não podem fazer o monopólio da política: por um lado, pelo uso da força, onde “as pessoas são obrigadas a fazer algo de que prefeririam abster-se”. E, por outro lado,  pelo uso do dinheiro (money politics), pelo que “as pessoas podem ser induzidas a fazer o que não fariam por iniciativa própria”. Porém, que se privilegiam pelo uso da sedução, isto é, “as pessoas podem ser tentadas a fazer coisas pela pura felicidade de fazê-lo” (Bauman, 2016, 49), sem nenhuma intervenção política.

Finalmente, estou feliz, não por causa da subsequente eleição ou a Eleição Antecipada nem pela AMP, muito menos por queda do Governo, mas pela maturidade política do povo em manter a situação tranquila, em harmonia e paz.  Na expressão sucinta e correta do Pe. Martinho Gusmão, esta situação deve-se ao “mérito” do povo, não pela “virtude” dos governantes.

Em suma, perguntamo-nos aos políticos, parafraseando Goetzee “por que o palco político  tem de ser um anfiteatro gladiatório (de matar ou morrer) em busca de  poder, honra e riqueza, em vez de, digamos, uma colmeia ou um formigueiro cooperativos e movimentados” (citado em Bauman, 2016, 29. italico é nosso) em busca de Summum Bonum e Bonum Commune de todos os povos nesta Magna Domus Fraternitas: Timor-Leste? Pois, uma decisão política tem sempre o seu próprio custo – concluindo Bauman - o preço é pago na moeda em que é pago geralmente o preço da má política — o do sofrimento humano.

Bibliografia
BAUMAN, Zygmunt e MAURO, Ezio, Babel: Entre a incerteza e a esperança, Rio Janeiro, Zahar Editor, 2016.
BAUMAN, Zygmunt, Em busca da Política, Rio de Janeiro, Zahar Editor, 2000.
BAUMAN, Zygmunt, Entrevista: Estamos num estado de interregno. Vivemos na modernidade líquida, Globo News, 1 de janeiro de 2016.
BOBBIO, Norberto, O Futuro da Democracia - Uma defesa das regras do jogo, Rio de Janeiro, Ed. Paz e Terra, 6.ª Edição, 1986.
Norberto BOBBIO, Nicola MATTEUCCI e Gianfranco PASQUINO, Dicionário de Política, Brasília, Editora Universidade de Brasília, 11ª ed., 1998.
GUTERRES, Francisco, Mensagem de Sua Excelência Presidente da República sobre a situação política em Timor-Leste, Díli, 26 de janeiro de 2018.

(NB: Opinião pessoal do cidadão da Aldeia Cassamou, Suco Seloi Craic, Município Aileu)

GMN TV | Jornal Nacional


GMN TV | Grupo Média Nacional

Aniceto: Destituisaun-Mosaun Mai Husi Bankada Ilegal



DILI - Relasiona ho Aliansa Maioria Parlamentar (AMP) kontinua ezeije debate destituisaun ho mosaun sensura, nee Prezidente Parlamentu Nasional (PPN) konsidera proposta nee mai husi bankada ilegal.

Kestaun nee hatoo husi Prezidente Parlamentu Nasional (PPN) Aniceto Guterres katak, PN disolvidu, oinsa mak bele debate, destituisaun, nunee mos ba mosaun sensura, neebe lahatene iha neebe mak bele akontese, parese iha Timor deit karik.

Agora PN disolvidu atu trata saida, se hakarak obriga mos, hau dehan proposta nee in-ezistensia i proposta nee ilegal, tanba mai husi bankada neebe laeziste iha PN, hau dehan ilegal, tanba bankada AMP iha PN laiha,” katak Aniceto ba jornalista Kuarta (07/02/2018) iha PN.

PPN afirma, uza instrumentu katak atu debate mosaun ho destituisaun, debate oinsa?, tanba PN disolvidu bele sensura fali governu, nee atu buka resposta iha neebe?

I proposta ruma mai husi bankada iha deit deputadu nain 12, nee kalo sira ni bankada AMP nee iha deputadu nain 12, maibe bankada AMP nee laeziste iha PN. I sira forma bankada AMP nee uza artigu saida no rejimentu ida neebe.

Hatan ba kestaun nee Xefe Bankada CNRT Arao Noe hatete, kona ba mosaun sensura ho destituisaun sira sei ezije nafatin, haree ba parte 2 nee sei validu hela, tanba haree ba artigu 102 konstituisaun kompetensia ba komisaun permanente sei halao plenaria extraordinaria atu foti desizaun.

Guilhermina Franco | Suara Timor Lorosae

Embaisada EUA-Vizita CNRT, Koalia Situasaun Politika


DILI - Embaisadora Estadus Unidus da America (EUA) Kathleen Fitzpatrick halao vizita ba sede CNRT, hodi koalia konaba situasaun politika rai laran.

Informa Sekretariu Jeral Partidu CNRT Francisco Kalbuady Lay katak, ohin nee embaisadora husi America mai vizita partidu CNRT, i sira mos sei ba vizita iha fatin sira seluk. Iha vizita nee hodi troka informasaun ba malu no koalia ba situasaun politika iha rai laran.

Sira nee hanesan ema foun, mai atu konese malu diak liu, liu-liu atu hatene loos situasaun politika iha rai laran, tanba nee ami troka informasaun ba malu deit,” katak Kalbuady ba Jornalista hafoin hasoru malu ho Embaixadora America Kuarta (07/02/2018) iha Sede CNRT Bairos Grilus.

Embaisada sira mai fahe mos esperensia atu fo solusaun ba impase politik katak Kalbuady, buat hotu klaru ona, neebe ohin mos Prezidente Republika komvida ona partidu hotu ba atu hodi deside loron ba EA.

Entretantu iha hasoru malu nee Ambiasadora EUA nee too iha sede CNRT tuku 11 meudia oras Timor-Leste. Enkuantu iha vizita nee halao enkontru entre embaisadora EUA ho CNRT kuaze oras ida, hafoin remata hodi fahe malu. 

Guilhermina Franco | Suara Timor Lorosae

Pratikamente Difisil Kombate Korrupsaun


DILI, (TATOLI) - Komisáriu Komisaun Anti Korrupsaun (KAK), Adérito António Pinto Tilman, rekoñese atu kombate korrupsaun iha Timor-Leste tuir loloos ne’e fasil, maibé iha prátika difisil tebes.

“Jeográfikamente husi fronteira to’o rai-ulun Lautein ne’ebá ne’e ita kuaze hanesan maluk de’it, mesak fetosá no umane entaun ita bele hatene malu, maibé intermo termu prátika difisil tanba buat ida korrupsaun ne’e ema ida, rua de’it. Sira mak tesi no futu-lia hamutuk atubele benefísia malu”, Adérito hatete iha ámbitu divulgasaun informasaun kona-bá prevensaun korrupsaun ba kargu xefia sira iha SEJT, Kaikoli, ohin.

Realidade tuir buat ne’ebé mak Aderito observa dala barak krime sira ne’ebé julga iha Tribunál, ministru barak kondena dehan halo korrupsaun, maibé sira lá hetan benefísiu ba sira-aan rasik.

Maibé sira-nia desizaun benefísia fali ba terseira pesoa, se desizaun benefísia fali ba terseira pesoa tanba sá tenke halo, depois ikus simu konsekuénsia tama kadeia.

“Entaun ha’u foti konkluzaun katak dala ruma ministru ka sekretáriu Estadu lahatene lei entaun halo desizaun benefísia terseira pesoa.”

Adérito hatutan agora ema barak komesa ta’uk ona atu asina CPV entaun haree husi aspetu kombate korrupsaun katak iha sinál pozitivu, ema komesa iha ona sentimentu ta’uk. Basa iha kódigu penál Timor-Leste laiha definisaun kona-ba korrupsaun ne’e mak saida, maibé signifika mak abuzu podér.

Kódigu penal só define de’it tipu krime ne’ebé tama iha ezersísiu Funsaun Públika nian mak bolu krime korrupsaun ilísitu, atu lísitu, krime abuzu podér, pekulatu, pekulatu de uzu no partisipasaun ekonomia, krime sira ne’e mak regula iha kódigu penál.

“Krime sira ne’e barak liu nia objetu ba funsionáriu públiku, se ida korrupsaun ativu ne’e mak bele funsionáriu públiku ou ema sé de’it.”

Nia fó hanoin tan pesamentu korrupsaun tuir peritu iha Sosiolojia no Korrupsaun, Steve Albert, katak iha buat haat mak lori ema monu ba korrupsaun; ida mak oportunidade. Oportunidade ne’e hanesan situasaun ida ne’ebé permite korrupsaun atu akontese tanba laiha kontrola internal, mall jestaun, laiha separasaun podér, serbisu aprovizionamentu nian hakarak intervene finansas nian ne’ebé la’ós iha nia kompeténsia, maibé intervene.

Iha parte seluk, Sekretáriu Estadu Juventude no Traballu (SEJT), Nívio Leite Magalhães, hatete korrupsaun bele fó benefísiu ba ita-nia aan, família, maibé la fó benefísiu ba povu no rai ida ne’e.

Tanba ne’e nia sujere hanesan servidór ba povu no Estadu, tenke tane aas interese povu no nasaun.

“Husu ba kargu xefia no diresaun sira, ita iha ona ita-nia saláriu uza mak ita-nia saláriu labele hanoin tan atu halo fali buat seluk tanba orsamentu ne’ebé Estadu aloka mai SEJT ne’e povu nian osan, uza ba benefísiu povu, liuliu sira ne’ebé kbiit-laek, maibé la’ós uza atu benefísia fali ita-nia aan, família, grupu ka partidu”, Nivio afirma.

Hodi subliña katak se lakohi lakohi loron ruma bá fali iha prizaun Bekora no Gleno, di’ak liu mak prevene korrupsaun.

Jornalista: Maria Auxiliadora | Editór: Manuel Pinto

Assanami: Liberta Povu ho Programa


DILI, (TATOLI) – Prezidente Partidu Demokrátiku (PD), Mariano Sabino Assanami, hateten rezisténsia hasoru okupasaun estranjeira ba ukun rasik án ema hotu-hotu halo, tan ne’e agora ko’alia kona-ba programa oinsá atu liberta povu.

“PD la aseita ema balun ko’alia fali rezisténsia no utiliza rezisténsia nu’udar instrumentu hodi fahe fali Frente Diplomátiku, Frente Armanda no Frente Klandestina. Frente sira ne’e importante hotu maka ohin loron Timor-Leste atinji ukun rasik án”, Assanami hato’o ba jornalista sira iha Palásiu Prezidente Nicolau Lobato, Bairru Pité, kuarta ne’e, hodi responde preokupasaun kona-ba grupu balun hahú lansa propaganda hodi soran Frente Armada, Diplomátiku no Klandestina.

Nia dehan programa maka bele moderniza sosiedade no transforma sosiedade. “Nasaun ne’e ita hotu nian no sosa ho ema atus barak nia mate. Tanba ne’e, kakutak ne’e labele hanoin ba ukun de’it maibé tenke hanoin ba konstrusaun Estadu, kaer prinsípiu ka valór hosi beiala sira”, eis ativista rezisténsia iha diaspora ne’e hatutan.

Assanami hatutan tan PD prontu simu kalendáriu ne’ebé maka Prezidente Repúblika sei dekreta, tan ne’e nia husu ba sidadaun sira atu ezerse direitu votu iha eleisaun antesipada. “Ukun ne’e imi nian, tan ne’e fó fila fali ba imi atu deside”.

Nia esklarese PD sei utiliza programa Sétimu Governu Konstitusionál iha kampaña tanba programa ida ne’e povu nian ne’ebé tranforma ba Planu Estratéjiku Dezenvolvimentu Nasionál (PEDN) no nia autór prinsipál maka PD-CNRT.

“Ohin PD no FRETILIN  hatutan programa ida ne’e, ne’e duni, PD konsistente sei hato’o hikas ba povu iha kampaña”, esplika.

Jornalista: Xisto Freitas | Editora: Rita Almeida

Imajen: Prezidente Partidu Demokrátiku, Mariano Assanami Sabino ko'alia ho jornalista sira iha Palásiu Prezidensiál. Foto Tatoli/Xisto Freitas

CNE no STAE Propoin Data Eleisaun 12 Maiu


DILI, (TATOLI) - Prezidente Komisaun Nasionál Eleisaun (CNE-sigla Portugés), Alcino Barris hateten CNE no Sekretariadu Tékniku Administrasaun Eleitorál (STAE) propoin data ideal ba eleisaun antesipada maka 12 Maiu.

“Prezidente Repúblika husu órgaun eleitorál rua (CNE no STAE) atu marka data ideal ba eleisaun antesipada. Proposta ideal hosi CNE no STAE ba loron eleisaun maka 12 Maiu,” Alcino hato’o informasaun ne’e ba jornalista sira iha Palásiu Prezidente Nicolau Lobato, Bairru Pité, Dili, kuarta ne’e, hafoin hamutuk ho reprezentante partidu polítiku sira hala’o enkontru ho Prezidente Repúblika, Francisco Guterres Lú Olo, kona-ba kalendáriu eleisaun.

Nia haktuir  Prezidente Repúblika tau iha konsiderasaun proposta kalendáriu eleisaun refere, maibé Prezidente iha direitu prerogativu deside hodi mantein data ne’e nó mós eskolla data seluk.

Alcino hatutan data ne’ebé sira aprezenta ne’e ideal tanba fó espasu ba órgaun eleitorál atu reajusta ho nesesidade ne’ebé atu atende eleisaun antesipada no haree mós prosedimentu legal.

Jornalista: Xisto Freitas | Editór: Manuel Pinto

Imajen: Prezidente Komisaun Nasionál Eleisaun, Alcino Barris.

Partidos timorenses concordam com calendário proposto para eleições antecipadas



Díli, 07 fev (Lusa) - Os partidos com assento parlamentar concordaram hoje, numa reunião com o Presidente da República e os órgãos eleitorais, com o calendário proposto para as eleições antecipadas em Timor-Leste, previstas para maio.

A reunião foi convocada pelo Presidente da República, Francisco Guterres Lu-Olo, que ainda esta semana deverá anunciar a data para a realização do sufrágio, necessário depois de ter dissolvido o parlamento eleito a 22 de julho para solucionar o impasse político no país.

À saída da reunião, os responsáveis partidários confirmaram ter aceitado as propostas de calendário apresentadas pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), ficando agora a aguardar a decisão do chefe de Estado.

Alcino Baris, presidente da CNE, confirmou que o calendário proposto prevê a votação a 12 de maio, cabendo agora ao Presidente decidir se será essa a data.

"Quando o senhor Presidente fixar a data, os órgãos eleitorais estão prontos para implementar qualquer calendário", afirmou.

José Reis, secretário-geral adjunto da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), que lidera a coligação do Governo, disse à Lusa que o partido não tem objeção ao calendário e data propostos.

Considerando haver fundos suficientes para organizar o ato eleitoral, apesar do regime duodecimal em vigor desde 01 de janeiro, José Reis destacou a maturidade que a população, "especialmente os jovens", tem mostrado nos últimos meses em Timor-Leste.

O dirigente da Fretilin salientou o facto de todos os partidos terem aceite as decisões tomadas pelo Presidente da República, criticando que a pré-campanha esteja a ser marcada por insultos e tentativas de dividir a sociedade.

"São irresponsáveis e não estão a contribuir. Já não têm outros argumentos e tentam dividir-nos. O problema agora não é a frente armada ou diplomática, é a melhoria das condições de vida do povo e do país", afirmou.

Sobre a aliança dos partidos da oposição, José Reis considerou que era uma "plataforma contraditória", tendo em conta a posição que os partidos mostraram na campanha para a votação do ano passado.

"Para nós, este vai ser um referendo ao programa do VII Governo e é com esse programa que vamos a votos", disse Reis.

Dionísio Babo, responsável da Comissão Diretiva Nacional (CDN) do maior partido da oposição, o Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), disse aos jornalistas que a sua força política concorda com o calendário proposto.

"Inicialmente propusemos algumas alterações à lei em vigor, mas depois do debate consideramos que são questões técnicas que podem ser resolvidas depois", observou.

Babo disse que o partido terá um novo programa, criado em conjunto pelos três partidos atualmente na oposição (CNRT, PLP e KHUNTO) e unidos na nova a Aliança para Mudança e Progresso (AMP).

Questionado sobre o facto de a pré-campanha estar a ser marcada por insultos e ataques pessoais nas redes sociais, Babo disse que o partido continuará com a maturidade que tem vindo a mostrar.

"Há alguns fóruns facilmente identificados que estão a fazer esses insultos a pessoas e instituições. Da parte do CNRT, mostrámos maturidade política antes, durante e depois das eleições de 2017, e mantemos a disciplina de não nos metermos neste tipo de campanha que pode degradar a qualidade do Estado e da democracia", afirmou.

Fidelis Magalhães, chefe da bancada do Partido Libertação Popular (PLP), disse que o seu partido concorda com a proposta de calendário apresentada pela CNE, com "datas adequadas para realizar um voto transparente e profissional".

"A eleição é uma condição sine qua non para uma democracia, e nós temos a responsabilidade de facilitar as condições para isso", disse.

Mariano Sabino, ministro de Estado e presidente do Partido Democrático (PD) - parceiro da Fretilin no Governo - também confirmou o acordo com o calendário proposto, afirmando que a eleição é um desafio importante para o país.

"É importante para a democracia, para a cultura democrática. Temos que garantir que se debatem programas sobre as condições de vida da população", afirmou.

"Os partidos têm que assumir a sua responsabilidade na construção do Estado. Morreram 350 mil pessoas para defender esta nação, e a construção do Estado tem que assentar em valores importantes", disse.

Sabino questionou os que tentam dividir, voltando a debater o período da resistência à ocupação indonésia e afirmando que o importante hoje não é olhar para o passado mas para a necessidade de desenvolver o país e melhorar as condições de vida do povo.

"O PD não aceita que se utilize a resistência. As três frentes, armada, diplomática e clandestina, foram importantes para a independência, e não pode usar-se isso para dividir", afirmou.

"Agora temos é que falar do programa para o desenvolvimento, para modernizar a sociedade, para transformar a sociedade", disse, apelando à imprensa para ajudar a informar a população.

Considerando que é "triste" que tenha de se gastar "tempo e dinheiro" no voto antecipado, Sabino disse que é essencial para renovar a confiança do povo e garantiu que vai para a campanha com o programa do VII Governo, de que o PD faz parte.

Armanda Berta dos Santos, líder do Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) também confirmou que o seu partido concorda com o calendário proposto, remetendo para mais tarde informação sobre o programa da AMP.

ASP // ANC

Pequim confirma detenção de livreiro sueco Gui Minhai


Pequim, 06 fev (Lusa) - Pequim confirmou hoje que deteve o cidadão natural da Suécia Gui Minhai, que vendeu livros críticos do regime chinês, "segundo a lei", enquanto Estocolmo denuncia um sequestro "brutal" e exige a sua libertação.

Gui, de 53 anos, seguia num comboio com dois diplomatas suecos, em 20 de janeiro passado, quando foi detido por polícias chineses, em Pequim.

O editor, que tem estado sob vigilância policial numa casa em Ningbo, no leste da China, deslocava-se à capital chinesa para consultar um médico devido a sintomas da doença de Charcot-Marie-Tooth, uma neuropatia de que padece.

"As autoridades competentes adotaram medidas judiciais coercivas contra Gui Minhai, por ter violado a lei chinesa", afirmou Geng Shuang, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, sem avançar com mais detalhes.

A medida corresponde às clausulas do direito penal chinês, que permitem a privação da liberdade de um suspeito, através da sua detenção ou colocação em prisão domiciliar.

Já a Suécia condenou hoje a China pela detenção "brutal" e "arbitrária", feita apesar das garantias da China, de que Gui "era um homem livre".

A União Europeia também apelou a Pequim para que "liberte imediatamente" Gui Minhai, permitindo que este receba "apoio consular e médico".

"A China opõe-se a todas as declarações ou ações que não respeitam a sua soberania. Embora Gui seja um cidadão sueco, o seu caso deve ser julgado de acordo com a lei chinesa", disse Geng em conferência de imprensa.

"A Suécia deve perceber que os fatos em questão são sérios, e alguns cidadãos suecos têm desempenhado um papel irresponsável neste caso", afirmou.

"Instamos vivamente (Estocolmo) a não fazer nada que possa prejudicar o nosso respeito mútuo e o quadro geral dos nossos laços bilaterais", acrescentou.

Gui desapareceu pela primeira vez no final de 2015, quando passava férias na Tailândia. Era então o dono da "Mighty Current", editora de Hong Kong conhecida por publicar livros críticos dos líderes chineses.

O livreiro apareceu mais tarde na televisão estatal chinesa CCTV a confessar que se tinha entregado às autoridades pelo atropelamento e morte de uma jovem em 2004.

Quatro funcionários na livraria de Gui foram também detidos nos meses seguintes, mas acabaram por ser libertados passado pouco tempo, enquanto Gui permaneceu preso até outubro passado.

A suspeita de que Gui e os seus funcionários foram detidos por homens ao serviço das autoridades chinesas, entre 2015 e 2016, desencadeou uma onda de revolta e preocupação em Hong Kong, por constituir uma flagrante violação do princípio "Um país, dois sistemas".

De acordo com esta fórmula, as políticas socialistas em vigor no resto da China não se aplicam em Hong Kong e Macau, (exceto nas áreas da Defesa e Relações Externas, que são da competência do governo central chinês) e os dois territórios gozam de "um alto grau de autonomia".

JOYP // FPA

Estrada Aitutu no Same Vila Prontu Halo Inagurasaun


DILI, (TATOLI) – Diretór kompañia Tinolina,Lda, Agustino Gomes, hateten konstrusaun estrada Aitutu Same no Same Vila prontu ona no ohin mai konvida Primeiru-Ministru hodi halo inagurasaun ba estrada ne’e iha tempu badak.

“Ami nia servisu iha Aitutu Same no Same Vila hotu ona, ohin ami husu Primeiru-Ministru nia tempu atu halo inagurasaun, nune’e liuhosi Xefe Gabinete marka ona ba loron 26 fevereiru atu halo  inagurasaun ba estrada ne’e”, tenik Agustino ba jornalista sira iha Palásiu Governu, ohin.

Kompañia Tinolina,Lda konsege remata obra estrada Aitutu Same ho distansia kilómetru 26 no estrada Same Vila ho distánsia kilómetru 23, maske obra ne’ebé ho durasaun tinan tolu nia laran tenke atraza uitoan tanba problema sosiál ho komunidade sira.

“Loloos ne’e obra ne’e remata iha tinan tolu nia laran maibé atraza uitoan tanba problema sosiál barak, tan ne’e iha fulan jullu kotuk mak foin ami atu hakotu problema sira ne’e no agora foin mak hotu”, katak.

Nia informa tan tan durasaun obra ne’e han tempu, estrada Aitutu Same presiza hadi’a buat kiik balun maibé sei remata iha tempu badak.

Nune’e, ohin ekipa Tinolina,Lda hato’o ona relatóriu ba Xefe Governu kona-ba atrazu durasaun obra estada ne’e problema sosáal sira, ema nia uma, ema nia ai-oan sira ne’ebé presiza tempu atu halo negosiasaun.

Biban ne’e, nia mós esplika kona-ba projetu estrada iha Hudi Laran rai uut barak tanba seidauk konsege tau alkatraun no presiza tau atu tau postu rin ho durasaun obra ne’e fulan neen atu muda ai-riin ne’e no tempu badak tau ona alkatraun.

Jornalista: Julia Chatarina | Editora: Rita Almeida

Foto espesiál

IPTL Husu Lider Istóriku Sira Kontinua Hamutuk


DILI, (TATOLI) – Lider Igreja Protestante Timor Lorosa’e (IPTL) husu ba lider istóriku sira hodi kontinua hamutuk harii pás no estabilidade, nune’e apoiu  prosesu dezenvolvimentu.

Moderadór IPTL, Padre Lorenço dos Santos, hato’o preokupasaun ne’e ba Primeiru-Ministru, Marí Alkatiri, durante sorumutu iha Palásiu Governu, ohin.

ʺIPTL husu ba Primeiru-Ministru atu lideransa istóriku sira oinsá tuur hamutuk kria unidade, fó liman ba malu atu hetan estabilidade, nune’e Nasaun ne’e bele atinje ninia progresu”, dehan.

Xave ba dezenvolvimentu maka pás no estabilidade, tanba ne’e lider sira tenke unidade no servisu hamutuk hodi lori dezenvolvimentu ba povu.

Parte rua mós halo diskusaun ba situasaun polítika iha rai laran, tanba ne’e IPTL promete sei nafatin fó apoiu hodi garante pás no estabilidade.

Alende ne’e, Padre ne’e aprejenta preokupasaun kona-ba droga ne’ebé tama no sai iha teritoriu tanba sei fó impaktu ba mentalidade jerasaun foun sira iha futuru.

ʺAmi mós hato’o ami nia preokupasaun  ba Primeiru-Minsitru kona-ba droga ne’ebé tama iha Timor-Leste, tanba ne’e husu atu fó atensaun másimu hodi prevene droga tama iha rai laran”, tenik.

Ikus liu, IPTL aprejenta planu konstrusaun Igreja foun iha munisípiu sira, husu governu atu apoiu osan.

Jornalista: Agapito dos Santos | Editora: Rita Almeida

Imajen: Reprezentante Igreja Protestante iha Timor-Leste, Rev. Lourenço do Santos, Igreja Evangelica Assembleia de Deus, Ps. Francisco dos Reis no KonfuchuViharaMettaPrajna Dharma Timor-Leste no Prezidente Asosiasaun Komunidade Xineza Timor Oan, SiuPeng Lay, bainhira hato’o sira-nia preokupasaun ba Xefe Estadu kona-ba lei kodígu sivil artigu 1475 relasiona ho kazamentu, tanba lei ne’e tuir sira ignora sidadaun hosi relijiaun sira seluk no rekoñese de’it kazamentu hosi relijiaun Katólika. Foto dokumentasaun mídia PR

Líder partidáriu sira: Fretilin ho PD, iha Governu iha Timor-Leste, bele halo akordu pré-eleitoral


Fretilin ho PD, partidu sira iha koligasaun Governu nian iha Timor-Leste, bele hetan akordu pré-eleitoral ida ba apoiu maka'as hafoin eleisaun antesipadu sira ne'ebé previstu ba fulan-Maiu, no ladún provável koligasaun formal ida, haktuir hosi responsável sira ba Lusa.

Mari Alkatiri, primeiru-ministru no sekretáriu-jeral hosi Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) hatete ba Lusa katak sei hanoin buat hotu no hakat dahuluk ba debate maka konferénsia nasional partidu nian ne'ebé sei hala'o iha findesemana ne'e iha Maliana.

"Hanesan enkontru ida hodi debate prosesu tomak ne'ebé ami sei hasoru agora. Sei hanesan luta ida ne'ebé maka'as tebes maibé ha'u senti konfiante katak ami sei hetan maioria absoluta", Mari Alkatiri hatete.

Hatán kona-ba karik hakarak atu partidu rua ne'e ba hamutuk ka ketak-ketak, Alkatiri hatete katak sei halo komentáriu sira "iha tempu ikusmai, hafoin diálogu ho parseiru sira hosi PD", hodi subliña katak enkontru iha Maliana hanesan duni "hodi debate no defini asuntu ne'e".

"Akordu pré-eleitoral ida sei iha maibé ami sei ko'alia kona-ba modelu hosi akordu ne'e", nia afirma.

Adriano do Nascimento, hosi Konsellu Polítika Nasional (CPN) hosi Partidu Demokrátiku (PD) esplika mós ba Lusa katak nia partidu sei analiza asuntu no hafoin ne'e maka sei "foti desizaun ida".

Ministru Estadu iha Prezidénsia hosi Konsellu Ministru sira hatete mós katak sei hanoin asaun oioin maibé buat hotu indika katak partidu rua sei "kontinua serbisu hamutuk".


Dirijente importante sira hosi partidu rua analiza ona eventual akordu sira hodi hanoin iha eleisaun antesipadu sira ne'ebé maka Prezidente Repúblika Francisco Guterres Lu-Olo sei konvoka iha semana ne'e no ne'ebé karik sei hala'o iha loron 12 Maiu.

Hafoin konferénsia nasional sira ne'ebé maka partidu rua sei halo iha tempu badak, iha fatin ne'ebé la hanesan, antesipa enkontru bilateral oioin hodi taka no buat hotu hatudu katak sei iha akordu ida ka aliansa ba kolaborasaun hafoin eleisaun sira.

Partidu rua ne'e agora daudaun hanesan minoritáriu iha Parlamentu Nasional, ho fatin 30 hosi fatin 65, ho Fretilin kontrola fatin hamutuk 23 no PD kontrola fatin hitu.

Opozisaun, maioritáriu, harii hosi Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT) - fatin 22 -, hosi Partidu Libertasaun Popular (PLP) - fatin ualu - no hosi Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) - fatin lima.

Forsa polítika tolu ne'e, iha semana liubá, anunsia katak sei aprezenta hamutuk ba votu antesipadu ho bandeira hosi Aliansa ba Mudansa no Progresu (AMP).

To'o agora forsa tolu ne'e serbisu hamutuk iha bloku Aliansa hosi Maioria Parlamentar (AMP).

SAPO TL ho Lusa

PM: Timor-Leste tenki hili sistema governasaun eletróniku ne'ebé kompatível


Timor-Leste tenki hili loloos sistema sira governasaun eletróniku ne'ebé maka kompatível entre sira hodi garanti katak nasaun, iha área ne'e "la fó hakat ida ba oin no hakiduk hakat rua", primeiru-ministru timoroan hatete iha loron-tersa ne'e. 

"Timor-Leste iha vokasaun hodi sai hanesan nasaun ida ho administrasaun eletróniku dijital ne'ebé efisiente no di'ak. No, iha momentu ne'e, ita iha ona sistema oioin hosi governasaun eletróniku nian, iha serbisu balun, hanesan jestaun hosi finansa públiku sira no pagamentu nian ka baze hosi informasaun sira hosi funsaun públika nian, sistema rua ne'ebé maka ami presiza hodi iha ligasaun entre sira", Mari Alkatiri hatete.
"Iha futuru, ami hakarak hili loloos no hatama sistema sira ne'ebé maka kompatível entre sira hodi labele fó hakat ida ba oin no hakiduk hakat rua", nia hatutan.
Mari Alkatiri ko'alia iha semináriu ida iha Díli bainhira ko'alia, iha loron-tersa ne'e, preparasaun hosi roteiru ida ba governasaun eletróniku iha PALOP ho Timor-Leste.

Semináriu halo parte iha Projetu hosi Apoiu hodi Hadi'a Kualidade no Proximidade hosi Serbisu Públiku sira hosi PALOP ho Timor-Leste, ne'ebé koñesidu ho naran PASP/PALOP-TL no ne'ebé hahú implementa agora iha nasaun ne'e.

Alkatiri hanoin hikas katak dezenvolvimentu iha área informátiku no teknolójiku determina "ritmu sira ne'ebé lalais tebes iha mudansa hosi kapasidade serbisu sira nian", importante bainhira Timor-Leste "hakarak akompaña dezenvolvimentu iha mundu".

Prosesu ida ne'ebé implika "teknolojia rasik", maibé "liuliu kriasaun hosi kondisaun sira, inklui rekursu ema sira nian, infraestrutura sira, supraestrutura sira", ne'ebé permiti "avansa ho seguransa hodi uza teknolojia no la husik atu nia kontrola" ita, nia hatete.

"Ne'e hanesan kestaun importante nafatin ne'ebé maka ami hakarak hatán ho efisiénsia, efikásia maibé mós ho transparénsia ba ezijénsia sira hosi administrasaun públiku", nia afirma.

Ko'alia iha enkontru ne'e, embaixador Portugal nian iha Díli, José Pedro Machado Vieira, destaka ona "relevánsia maka'as" hosi projetu, ne'ebé halo parte iha Fundu Europeu hosi Dezenvolvimentu ba dala sanulu no ne'ebé maka implementa no selu hamutuk hosi Institutu Camões.

Nia hatete katak hanesan hodi kontribui ba serbisu públiku sira ho kualidade di'ak, hadi'a serbisu sira iha nível nasional no lokal no apoia nia informasaun, no iha kazu Timor-Leste nian sei hahú hala'o projetu ida ne'ebé aumenta emisaun hosi billete identidade sira iha munisípiu neen.

Halo parte mós hosi programa maka kriasaun hosi "rede ida hosi governu eletróniku iha lian portugeza" ne'ebé sei hanesan "plataforma potensial ida hodi fahe esperiénsia sira, adapta ba ritmu hosi nasaun parseiru ida-idak".

Diplomata esplika katak "roteiru hosi governasaun eletróniku ne'e sei defini estratéjia sira no polítika sira iha Governasaun Dijital ba komunidade hosi nasaun sira lian portugeza nian, hodi konsidera prátika di'ak sira hosi nasaun ida-idak iha área ne'e".

Objetivu maka "harii referensial ida ba rejiaun PALOP-TL, kompara ho ida ne'ebé maka halo iha rejiaun sira seluk iha mundu no ne'ebé hatudu ba medida loloos sira ne'ebé bele posibilita simplifikasaun administrativu, kapasidade hosi sistema ida hodi komunika ho sistema seluk hosi departamentu oioin iha Administrasaun Estadu nian no prestasaun hosi Serbisu Púbkliku sira ne'ebé efikaz liu no asesivel ba sidadaun sira no empreza sira", nia hatutan mós.

Selu hosi PASP/PALOP-TL, ho folin ida euro rihun 340, roteiru sei halo hosi Organizasaun ba Koperasaun no Dezenvolvimentu Ekonómiku (OCDE).

Ho tema "Lidera mudansa dijital iha Nasaun Afrikanu sira ho Lian Portugeza no Timor-Leste" semináriu ne'e organiza hamutuk ho Gabinete Diretor Jeral hosi Ministériu Justisa nian, parseiru institusional hosi PASP PALOP-TL iha Timor-Leste.
Enkontru ne'e hetan partisipasaun hosi membru oioin Governu nian, reprezentante sira hosi grupu diplomátiku ho responsável sira hosi área.

Ho investimentu global ida besik euro millaun 5,8 (millaun lima hosi UE no millaun ida hosi Camões - Institutu Koperasaun ho Lian nian), projetu PASP PALOP/TL iha supervizaun tékniku hosi projetu ne'ebé kaer hosi Ajénsia ba Modernizasaun Administrativu (AMA).

SAPO TL ho Lusa

Alkatiri: Sesta-Sesta Ba Munisipiu Laos Halo Kampania


DILI – Primeiru Ministru Mari Alkatiri hateten, hanesan Xefi Governu, Sesta-Sesta ba Munisipiu laos halo kampania, maibe hato programa VII Governu Konstitusional nian neebe AMP rejeita iha Parlamentu Nasional, ba povu.

“Hau ba Sesta Sesta nee hau ba hanesn Primeiru Ministru, nee laos kampania hau hanesan Primeiru Ministru depende programa VII Governu nian, neebe AMP sira rejeita iha PN hodi ba hatoo ba povu,” dehan PM Mari ba jornalista sira, bainhira remata vizita eskola 28 Novembru, Dili, Segunda (05/02/2018).

Entretantu responde konaba data eleisaun antisipada Xefi Governu hateten, konaba data eleisaun Xefi Governu sei ladehan ba publika, tanba nee kompetensia Prezidente Republika nian.

Iha parte ketak Xefi bankada CNRT Arao Noe hateten membru governu barak uja fasilidade governu iha Segunda to Sesta ba halao reniaun politika.

Nia dehan, konvida funsionariu publika sira atu rona kampania politika nee tuir lolos labele, tanba nee PDHJ presiza hare asuntu ida nee laos deit iha kampania, maibe tenke hahu agora ona para prevene situasaun.

Entretantu PDHJ Silveiro Pinto hateten, PDHJ sei latoleransia ba partidu sira neebe maka uja patermonio Estadu, no uja labarik sira nudar instrument politiku sira nian, no mos ba funsinariu publika sira neebe maka partisipa. 

Carme Ximenes/Maria Lay | Suara Timor Lorosae

Povu Fo Fiar Nafatin ba Xanana Liberta FM


DILI - Povu Tomak fo fiar nafatin ba Xanana Gusmao atu sai xefe ekipa principal ba FM. Nunee moos iha esperansa katak FM povu Timor Leste manan ona, tanba hetan esforsu makas husi lider rezistensia Xanana Gusmao.

Lia fuan hirak nee hatoo husi Sobervivente Masakre 12 de Novembru Epifanio Faculto ba STL iha nia knar fatin Farol Dili Tersa, (6/2/2018). nia dehan tan katak Xanana nudar lider rezistensia ida neebe uluk lidera funu to hetan nia ukun an, maibe iha nafatin espiritu patriotizmu atu luta nafatin ba FM.

Tuir hau nia hanoin katak Maun boot Xanana Gusmao nudar eis gerileiru ida neebe uluk lidera funu ida nee to remata, no iha ukun an ida nee moos iha esperansa boot atu lidera ekipa fronteira maritima nian neebe neebe iha tenpu badak atu asina akordu Timor Leste no Australia nia, no fiar katak Timor Leste manan ona nia riku soin husi tasi nian,” nia kualia.

Flarindo Coimba husi Assosiasaun Combatentes Brigada Negra (ACBN) Flarindo Coimba dehan pozisaun Xanana Gusmao nian iha tinan 1982 neebe liu husi karta aberta, konaba preokupasaun rezistensia nian iha tempu neeba tanba nee nia iha responsabilidade atu kontinua luta nafatin.

Konaba atu asina akordu FM iha loron 6 de Marsu 2018 mai ida nee presiza maun boot Xanana invole iha VII Governu no tenki iha tomada de pose husi Prezidente Republika lai, maibe komu Xanana sedauk involve nudar membru governu entaun nia labele asina maibe nia nudar xefe ekipa negosiador deit, maibe atu asina akordu entre TL no Australia nee maka Agio Pereira tanba nia nudar membru governu.

Diretor Ezekutivu Fongtil Arsenio Pereira da Silva dehan katak Xanana Gusmao atu involve iha Governu halo nusa governu monu tiha ona. Tanba Xanana sai xefe ekipa principal nee liu husi rejulusaun iha PN iha lejislatura dala tolu nian. tanba nee konsidera legal atu reprezenta estadu TL. 

Justinho Manuel | Suara Timor Lorosae

Líderes partidários: Fretilin e PD, no Governo em Timor-Leste, podem fazer acordo pré-eleitoral


A Fretilin e o PD, partidos na coligação do Governo em Timor-Leste, podem alcançar um acordo pré-eleitoral para apoio mútuo após as eleições antecipadas previstas para maio, sendo menos provável uma coligação formal, segundo responsáveis ouvidos pela Lusa.

Mari Alkatiri, primeiro-ministro e secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) disse à agência Lusa que nada está excluído e que o primeiro passo para o debate é a conferência nacional do partido que decorre este fim de semana em Maliana.

"É um encontro para debater todo o processo que vamos enfrentar agora. Vai ser uma luta bastante renhida, mas estou confiante que vamos ter maioria absoluta", disse Mari Alkatiri.

Questionado sobre se é preferível os dois partidos irem separados ou juntos, Alkatiri remeteu comentários "para mais tarde, depois do diálogo com os parceiros do PD", sublinhando que o encontro de Maliana é "exatamente para debater e definir isso".

"Um acordo pré-eleitoral de certeza que haverá mas ainda vamos discutir o modelo desse acordo", afirmou.

Também Adriano do Nascimento, do Conselho Político Nacional (CPN) do Partido Democrático (PD) explicou à Lusa que o seu partido vai analisar o assunto e que será depois "tomada uma decisão".

O também ministro de Estado na Presidência do Conselho de Ministros disse que nada estava excluído, mas que tudo indica que os dois partidos vão "continuar a trabalhar juntos".

Dirigentes máximos dos dois partidos têm já analisado eventuais acordos a pensar nas eleições antecipadas que o Presidente da República Francisco Guterres Lu-Olo deverá convocar esta semana, e que se realizam previsivelmente a 12 de maio.

Depois de conferências nacionais que os dois partidos realizam em breve, em separado, antecipam-se novos encontros bilaterais no intuito de fechar o que tudo indica será um acordo ou aliança para colaboração depois das eleições.

Estes dois partidos são atualmente minoritários no Parlamento Nacional, com 30 dos 65 lugares, com a Fretilin a controlar 23 lugares e o PD a controlar sete.

A oposição, maioritária, é formada pelo Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT) - 22 lugares -, pelo Partido Libertação Popular (PLP) - oito lugares - e pelo Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) - cinco lugares.

As três forças políticas anunciaram na semana passada que se vão apresentar conjuntamente ao voto antecipado sob a bandeira da Aliança para Mudança e Progresso (AMP).

Até aqui as três forças têm trabalhado em conjunto sob o bloco Aliança de Maioria Parlamentar (AMP).

Lusa | em SAPO TL

Sismo em Taiwan faz pelo menos dois mortos e mais de 100 feridos


Pelo menos duas pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas na sequência do sismo de magnitude 6,4 na escala de Richter que atingiu hoje Hualien, na zona leste de Taiwan, informou o primeiro-ministro taiwanês, Lai Ching-te.

O sismo provocou sérios danos em vários edifícios e infraestruturas na cidade de Hualien, segundo informações divulgadas pelas agências internacionais.

Um dos edifícios afetados é o Hotel Tongshuai (também conhecido como Marshall), onde cerca de 100 pessoas estão encarceradas, segundo informações divulgadas pelos bombeiros locais. Os três primeiros andares do edifício colapsaram na sequência do abalo.

O governo de Taiwan e os 'media' locais, citando informações do serviço de bombeiros, relataram que outra unidade hoteleira, conhecida como Beautiful Life Hotel, também colapsou e que o Hospital Nacional de Hualien sofreu igualmente danos.

O sismo foi registado por volta das 23:50 hora local (15:50 hora de Lisboa) e o epicentro (zona da superfície terrestre onde a intensidade de um abalo sísmico é mais elevada e onde este alcançou em primeiro lugar o nível do solo, fica localizada por cima do hipocentro) foi localizado a cerca de 20 quilómetros a nordeste da cidade de Hualien, junto do oceano Pacífico, segundo informou o gabinete central de meteorologia de Taiwan e o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).

O USGS, organismo norte-americano que é uma referência a nível mundial em matérias sismológicas, precisou que o sismo foi registado a uma profundidade de cerca de 9,4 quilómetros.

Nos últimos três dias foram registados mais de 20 movimentos sísmicos diários e o sismólogo Lee Chyi-tyi, da Universidade Central de Taiwan, referiu, na segunda-feira, que a ilha entrou num ciclo sísmico de 100 anos.

No século XX, a ilha de Taiwan, que a China considera ser parte integrante do seu território, registou dois sismos de magnitude 8,0. Um ocorreu em 1910 ao largo da costa de Yilan, enquanto o outro foi registado em 1920 ao largo da costa de Hualien.

SCA // ANP // Lusa

Mais de onze mil militares portugueses já participaram em missões de paz da ONU - ministro


Portugal já empenhou mais de 11 mil militares em 15 missões de manutenção da paz das Nações Unidas em quatro continentes, assinalou hoje o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes.

"Portugal tem já um historial de envolvimento de mais de 11 mil militares em missões das Nações Unidas, 15 missões, em quatro continentes", destacou Azeredo Lopes.

As missões da ONU no Afeganistão, Colômbia, Timor-Leste, Moçambique, Somália e República Centro Africana foram algumas das missões em que Portugal já participou, indicou Azeredo Lopes, destacando o "histórico" do envolvimento de Portugal naquele tipo de missões.

Lusa

Portugal nas meias-finais do europeu de futsal, ao golear Azerbaijão


A formação das 'quinas' resolveu o encontro na primeira parte, que atingiu a vencer por 5-1, com golos dois golos de Pedro Cary e outros tantos de Ricardinho, com um de Pany Varela pelo meio, depois de Everton Cardoso inaugural o marcador, aos 54 segundos.

Na segunda parte, Portugal, que jogará na quinta-feira o acesso à sua segunda final, oito anos depois, reforçou a goleada, com um tento de Bruno Coelho e mais dois de Ricardinho, que conseguiu um 'póquer' e um recorde de 21 tentos em fases finais do Europeu.

PFO // PFO // Lusa