sábado, 30 de maio de 2015

BLATTER É REELEITO PRESIDENTE DA FIFA


Príncipe Ali da Jordânia desiste de segundo turno após ter obtido 73 votos no primeiro, contra 133 do atual presidente. Em discurso de agradecimento, Blatter promete "trazer a Fifa de volta à terra firme".

Apesar dos recentes escândalos de corrupção, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, foi eleito pela quinta vez consecutiva para o comandar a entidade máxima do futebol. Ele venceu a votação realizada no 65º congresso da Fifa, nesta sexta-feira (29/05), na sede da entidade, em Zurique.

Blatter foi declarado vencedor depois de o seu único concorrente, o príncipe jordaniano Ali bin al-Hussein, ter reconhecido derrota e desistido da realização de um segundo turno. No primeiro, Ali obtivera 73 votos, contra 133 de Blatter, de um total de 206 votos válidos. Havia 209 federações autorizadas a participar do pleito.

Blatter deixou de vencer no primeiro turno por apenas sete votos – 140 eram necessários para alcançar a maioria de dois terços exigida. "Muito obrigado, vocês me aceitaram pelos próximos quatro anos. Vou estar no comando desse barco da Fifa. Vamos levá-lo de volta à terra firme", afirmou.

A votação ocorreu dois dias após a Justiça americana ter indiciado 14 dirigentes, incluindo nove da Fifa – todos relacionados a um vasto esquema de subornos ligados à concessões de torneios de futebol e comercialização de direitos de transmissão. Paralelamente, autoridades suíças também anunciaram uma investigação criminal sobre as escolhas de Rússia e Catar para sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, respectivamente.

Em 2011, Blatter foi o único candidato à presidência da Fifa e recebeu 186 dos 203 votos válidos.

Blatter promete "colocar a Fifa de volta no caminho certo"

Antes do início da votação, cada um dos candidatos teve a oportunidade de discursar para os membros das 209 federações de futebol da Fifa.

Apesar de já ter completado 17 anos como presidente da entidade – uma era marcada por escândalos – Blatter pediu um novo voto de confiança e que os delegados de cada federação se unissem a ele "para colocar a Fifa de volta no caminho certo".

"Vocês me conhecem, não preciso me apresentar", disse Blatter aos delegados. "Nós não precisamos de uma revolução. Nós precisamos de uma evolução", afirmou.

Com o recente escândalo, que levou à prisão de sete cartolas do futebol mundial, a imagem da Fifa, e por tabela de seu presidente, ficou ainda mais manchada. No entanto, o suíço de 79 anos rejeitou qualquer responsabilidade pessoal no caso de corrupção, que está sendo investigado por autoridades americanas e suíças. "Os culpados que estão por trás disso – caso venham a ser condenados como culpados – agem como indivíduos. Não se trata de toda a organização", disse Blatter.

O mandatário, porém, admitiu haver uma responsabilidade conjunta do comitê executivo da Fifa. Por outro lado, ele questionou a proximidade entre a prisão dos dirigentes e a eleição para a presidência da entidade. "Coloco em questão se foi uma coincidência", declarou Blatter. Por fim, Blatter apelou com um "não quero deixar vocês" e recebeu efusivos aplausos dos 209 delegados.

Príncipe jordaniano fala em democratizar a Fifa

O único concorrente de Blatter a manter a candidatura até a data do congresso foi o príncipe jordaniano Ali bin al-Hussein. Para os delegados, o príncipe havia dito que era necessário "um líder comprometido para consertar essa bagunça na qual estamos".

"Eu sei que a Fifa não é apenas um homem", disse o príncipe de 39 anos, que possui pouca experiência no mundo do futebol e em seu discurso transpareceu nervosismo. Al-Hussein prometeu "lutar contra o racismo e a discriminação em todas as suas formas e em defender os direitos humanos" e em transformar a Fifa numa organização mais democrática, transparente e aberta. Além disso, ele também garantiu que pretendia ficar apenas um mandato à frente da federação.

Protesto interrompe congresso por alguns instantes

Durante a abertura do congresso, duas manifestantes palestinas interromperam por breves instantes o discurso de Blatter, mostrando cartões vermelhos aos representantes da organização, enquanto gritavam "fora, Israel!"

Antes do início do evento, cerca de 150 manifestantes pró-Palestina haviam protestado do lado de fora do congresso. A Palestina, membro da Fifa desde 1998, pretendia a expulsão da federação de Israel, na sequência de restrições impostas à liberdade de circulação de jogadores palestinos. Os palestinos retiraram o pedido.

Deutsche Welle - PV/rtr/afp/dpa/sid

FIFA. A “SEPOCRACIA” SE MANTÉM - opinião


Bem-vindo ao universo paralelo da Fifa. Uma galáxia distante, onde corrupção e fraude são levados na esportiva. Só um golpe vindo de fora pode acabar com tudo isso, opina o jornalista esportivo Joscha Weber.

Tudo é relativo na Fifa. Até mesmo o tempo. "Acho que o tempo que passei na Fifa não é longo", disse Joseph "Sepp" Blatter antes de sua reeleição no 65º congresso da Fifa. Lembrete: este homem está há 40 (!) anos na entidade máxima do futebol mundial.

Em 1975, ele começou como diretor de programas de desenvolvimento. Naquela época, o seu adversário derrotado na disputa pela presidência da Fifa, o príncipe jordaniano Ali bin al-Hussein, não era nem nascido. E não somente neste ponto Blatter tem uma percepção bem própria das coisas.

Anos de corrupção por parte de dirigentes do alto escalão da Fifa? Para Blatter, apenas casos isolados. Indignação pública com o enésimo escândalo na Fifa? Sujeira para a qual a Fifa está sendo arrastada. Assumir a responsabilidade política pelo caso? "Sim, assumo", disse Blatter – mas renunciar por causa disso, nem pensar.

Blatter constrói o seu mundo do futebol do jeito que lhe agrada. E sua "família", como ele chama a Fifa, de fato aceita isso. Para quem vê de fora, é algo completamente incompreensível. Mas, dentro dessa família, as regras simplesmente são outras.

Há quatro anos, estive em Zurique para o congresso da Fifa de 2011. Na época também havia críticas públicas a Blatter e à Fifa – não tão contundentes como as de hoje, mas claramente audíveis. No interior do salão, porém, era tudo paz e amor. Somente a Federação Inglesa de Futebol (FA) ousou tecer algumas críticas a Blatter. Na época, pensei: um mundo paralelo, essa Fifa. Hoje tenho certeza: a Fifa é um universo paralelo.

"Não precisamos de uma revolução, precisamos de evolução", sustentou Blatter, com toda a seriedade, diante dos dirigentes, oferecendo-se como o nome inovador para uma "Fifa forte", que precisa ser protegida (por ele) de interferências políticas. Como é que é? Justamente ele quer reformar um sistema que tem sido moldado e influenciado por ele mesmo, durante décadas? Assim, como se ele não tivesse nada que ver com essa Fifa que está aí? Desconexão com a realidade é elogio num caso como esse.

E, mesmo assim, o mundo bizarro da Fifa é bem real. Um mundo onde um presidente em exercício provavelmente nunca deixará o cargo derrotado numa eleição porque mantém o seu eleitorado com cargos e doações de vários milhões de dólares. Um mundo no qual há influentes e ricos "coletores de votos", como o xeque Ahmad al-Sabbah, que, em troca de sua lealdade a Blatter, tem as melhores cartas para ser escolhido seu sucessor em quatro anos.

Ambos trocavam abraços e demonstravam no palco do congresso a certeza da vitória – antes mesmo da eleição. A Fifa, uma democracia? Está mais para uma monarquia com sucessão hereditária. Uma "Seppocracia".

Depois que ele finalmente foi novamente entronado, digo, eleito – porque seu desistiu de um segundo turno –, Blatter festejou a si mesmo: "Let's go Fifa, let's go Fifa! Eu sou o presidente de todos vocês", bradou, enviando beijos para o plenário. Um show que provavelmente só Joseph Blatter sabe protagonizar.

Apesar de toda essa encenação de um mundo intacto, os próximos meses serão desconfortáveis para a Fifa. Nos Estados Unidos, na Suíça e também no Reino Unido há investigações em andamento contra membros da Fifa. Já que as mudanças não vêm de dentro, que venham de fora. Afinal de contas, essa "Seppocracia" merece ser finalmente derrubada.

Joscha Weber - Deutsche Welle, opinião

*Joscha Weber é jornalista da redação de esportes da DW

TAUR KONSIDERA IMPLEMENTASAUN UMA MDG’S FAILA TOTAL


HATOLIA - Programa governu hodi halo Uma MDG’s ba kbit lae kada suku hetan uma lima, nebe lao durante nee faila total, tamba uma hirak nee povu la uza balun animal mak hela, nune governu faila total iha ninia implementasaun.

Prezidente Repubika Taur Matan Ruak hatete Governu esforsu hodi halo uma MDGS, uma Prepara atu aldeia ida hetan uma lima, maibe uma sira nee barak ema la okupa, balun intrega ema la hela fo aluga no balun husik mamuk aninal mak iha laran.

Programa Uma MDG’s nee ita nia difikuldade boot, ita bele dehan la hetan susesu 100% laos deit kualidade, maibe populasaun balun uza ba la uza tamba planu ladiak,” dehan Taur hodi hatan ba Prekupasaun Povu iha suku Hatolia, Postu Administrativu Hatolia, Munisipiu Ermera.

Nia hatete Programa nebe mak iha governu sei halo maibe tamba Timor Leste nia suku 442 sei halo ida ba ida, la halo hotu tamba halo hotu dala ida imposibel no laos hare deit ida tamba sei hare buat barak.

Iha fatin hanesan liu husi Sesaun husu no hatan Povu Hatolia Monica Martins Husu ba Prezidente atu hatun ba governu liu-liu Ministeriu nebe mak implementa projeitu Uma MDG’S, tamba povu iha suku Hatolia seidauk hetan too agora.

Nune mos komonidade suku Samara Mateus dos Reis hatete governu halo uma lima kbit lael maibe too agora suku Samara seidauk hetan, tamba nee husu ba governu labele implementa ba suku balun deit maibe suku seluk nebe lahetan husik nonok. Informasaun kompletu iha STL Jornal no STL Web, edisaun Sabado (30/5/2015). Timotio Gusmao

Suara Timor Lorosae

Tomada Depose Ba Prezidente KFP, PM Rui: Tenki Responsabiliza FP Ba Futuru


DILI - Primeiru Ministru (PM) Rui Maria de Araujo husu ba Prezidente Komisaun Funsaun Publiku (KFP) foun, Faustino Cardoso ho Komisariu sira atu kontinua serbisu hodi hadia funsaun publiku ho kolidade, atu lori estadu no sidadaun ba futuru ho susesu.

Lia hirak nee hatoo husi PM Rui, liu husi Tomda Depose ba Prezidente Funsaun Publiku foun Faustino Cardoso ho nia komisariu nain 4, iha Salaun Ministeru Negosiu Estranjeru e Koperasaun (MNEK), Pantai Kelapa, Dili, Sesta (29/05/2015).

Hau ba Prezidente Komisaun Funsaun Publiku foun responsabeliza no garantia funsaun publika serbisu ho professional no kapas, hodi garantia prestasaun serbisu ho kualidade, atu lori estadu no sidadaun ba oin ho susesu,” hateten PM Rui.

Tamba nee Xefi Governu husu ba Prezidente Komisaun Funsaun Publiku Faustino Cardoso ho komisariu Domingas Alves, Jacinta Bernardo, Maria Olinda Cairo Alves ho Jose Telo Soares Cristovão, hodi kontinua serbisu lori founsaun publiku ba oin.

Iha fatin hanesan Prezidente Komisaun Funsaun Publiku Faustino Cardoso agradese ba Governu no Parlamentu Nasional, neebe foo konfiansa ba sira, atu lori funsaun publika ba oin.

Nune mos eis Prezidente Komisaun Funsaun Publika Liborio Pereira hateten komisariu foun kontinua serbisu tau matan ba Funsaun Publika, para bele hadia no lori estadu no povu ida nee ba futuru ho diak. Informasaun kompletu iha STL Jornal no STL Web, edisaun Sabado (30/5/2015). Joao Anibal

Suara Timor Lorosae

Governu Sei Persija Asesor Internasional Maske Selu Karun, Akara: “Hapara Neebe Laiha Kapasidade”


DILI – Governu Timor Leste kontinua presija assessor internasional iha area espesialidade balu, neebe mak Timor oan rasik seidauk bele, maske tenke selu osan ho valor neebe boot.

Informasaun nee fo sai hosi Primeiru Ministru (PM), Rui Maria de Araujo, ba jornalista sira liu hosi konferensia imprensa neebe maka halao iha Palasiu Governu, Kinta (28/05) wainhira publika relatoriu servisu loron 100 VI Governu konstitusional.

Ita rekruta mos ita kompete iha merkadu internasional, agora hau fo izemplu kiik ida ita persija ema espesialidadu iha area eletrisidade neebe maka timor oan laiha no ema nee diak duni, maibe iha rai seluk mos ema persija nian agora nia husu ita selu 12 mil dolar amerikanu, maibe ita dehan lae ami selu o ho dolar rihun 2 nee nia mai ga lae, ida nee mak ita persija hanoin,” hatete PM Rui.

Xefi Governu nee hatutan problema neebe maka governu hasoru laos konaba osan neebe bot hodi selu ba asesor internasional, maibe governu persija servisu neebe mak assessor internasional sira atu halo hodi responde ba nesesidade Timor Leste nian.

Iha fatin ketak Diretor Organijasaun Non Govermental Luta hamutuk, Mericio Akara, husu ba governu atu hapara assessor internasional balu, neebe mak laiha kapasidade atu halo servisu kuandu atu halo poupansa. Informasaun kompletu iha STL Jornal no STL Web, edisaun Sabado (30/5/2015). Thomas Sanches

Suara Timor Lorosae

FOOTBALL SEA GAMES MALAYSIA vs TIMOR LESTE - video


Football SEA Games Malaysia Vs Timor Leste (4)

In here we will be sharing links for Malaysia vs Timor-Leste live streaming, We in here have listed down the official broadcasters of Singapore Asian games 2015, please do check it out. SEA Games 2015 authorities have developed certain android apps for watching sea games 2015 online. Malaysia vs Timor-Leste match will be live streamed online through the official sites of the broadcasters. We in here after the match shares Malaysia vs Timor-Leste highlights for watching. For a while you have to cop up with one of the old match between Malaysia and Timor – Leste.

I hope you all loved reading the article, please do subscribe us for getting latest updates on SEA Games 2015, SEA Games 2015 medal tally, SEA Games 2015 Live and SEA Games 2015 opening ceremony.

In Youtube

PRIMEIRO MINISTRO LANÇOU 22 MCIA PORTO – RTTL vídeo

Abrigu Xanana Abandona, Povu Legimea Husu Estadu Hadia


ERMERA - Abrigu Eis Primeiru Ministru Xanana Gusmao iha Hituria aldeia tidis Abandona, Povu husu Estadu Atu hadia tamba fatin historia nebe sei atrai turista sira atu vizita maibe governu la fo atensaun.

Liu husi Sesaun husu no Hatan Povu Legimea, Carlos Soares husu ba prezidente Republika atu hadia Abrigu Xanana Gusmao iha Hituria, aldeia Tidis tamba oras nee Abandona laiha atensaun husi Governu.

Iha abrigu ida iha Tidis nebe uluk Xanana subar, abrigu nee nia naran Hituria, Maibe oras nee abandona tamba nee husu ba Prezidente Republika atu fo atensaun se bele karik hadia tamba fatin historia,” dehan Carlos Sesta (29/05/015) iha Suku Legimea, Postu Administrativu Ermera, Munisipiu Ermera.

Hatan ba preokupasaun nee Taur hatate lider rezistensia sira nebe mak povu subar iha tempu funu, estadu nunka haluha tamba liu husi sira maka lider sira moris no nasaun moris too Timor Leste hetan ninia independensia.

Taur Hatete katak Sei halo vizita kaixa sira iha Nasaun Timor Leste foin vizita suku no nia parte hein katak governu sei halo survey, hodi identifika fatin historia nebe mak iha nasaun Timor Leste. Informasaun kompletu iha STL Jornal no STL Web, edisaun Sabado (30/5/2015). Timotio Gusmao

Suara Timor Lorosae

PR TAUR INAGURA PONTE BEALI


Prezidente Repúplika (PR), Taur Matan Ruak, Kinta (28/05), inaugura ponte Beali, Suku Hatulia, Postu Administrativu Hatulia, Munisípiu Ermera, ne’ebe fundus apoiu husi Projetu Programa Nasional Dezenvolvimentu Suku (PNDS), ho osamentu US$ 48, 750,00.

Seremonia inaugurasaun ba ponte refere, akompaña husi Sekretariu Estadu Dezenvolvimentu Interna, Samuel Mendonça, autoridade sira husi Munisípiu Ermera, Postu Administrativu Hatulia ho komunidade sira ne’ebe partense ba Suku refere.

Hafoin inaugura ponte ne’e, PR Taur fo parabens ba komunidade sira ne’ebe servisu halo ponte ne’e tanba kualidade diak.

“Ha’u fo parabens ba imi tanba imi halo milagre, imi mak ukun Timor karik lalais deit tanba ho deit osan US$ 48, 750,00 maibe halo buat ne’e todan ho kualidade diak tebes,”hatete PR Taur ho kontente.

“Imi iha ne’e halo buat ne’ebé ema seluk labele halo tanba imi hotu nia involvementu, buat ne’ebe todan sai kman,” hatete tan PR Taur.

Iha fatin hanesan, Xefi Aprovizionamentu PNDS Suku Hatulia Carlos Martins hatete, obra ba ponte ne’e hahú iha fulan Agostu tinan 2014. Durasaun ba halo ponte ne’e fulan 4 nia laran, ne’ebe termina iha inisiu 2015. No osan ne’ebe aloka ba projetu ne’e mai husi PNDS hamutuk 48,750, maibe uza deit US$ 39,000 restu rai hela iha Banko.

“Traballador sira ne’ebe mak servisu ba projetu ne’e mai husi Aldeia 4 ne’ebé partensia ba Suku ne’e nian. Kada semana-semana ema nain hitu (7) troka malu,” hatete Carlos.

“Hanesan Suku Hatulia oan senti kontenti tebes ho ponte ne’e bele ajuda no fasilita ami nia movimentu diak liu tan husi Suku ida ne’e ba Hatulia vila iha tempu udan no mos bele asesu ona transporte publiku,” dehan nia.

Iha oportunidade ne’e mos, Julio Soares hanesan komunidade Suku Hatulia hatete, nia parte agredese ba Governu tanba bele tau osan hodi hadia sira nia ponte ne’ebe liga ba sira nia Suku no mós ba Postu Administrativu Hatulia.

“Uluk ponte ne’e seidauk iha, kuandu udan bo’ot mota Beali bo’ot ami no oan sira ne’ebé eskola labele liu ba mota sorin hodi ba eskola iha Hatulia vila maibe agora ho ponte ne’ebe iha bele ajuda ami ba mai diak ona no kareta mós bele asesu tama ami nia Suku ona,” hatete Julio.

Nia husu ba Governu atu kontinua ho programa PNDS ne’e tanba bele fo benefisiu ba komunidade iha Suku ne’e, tanba projetu ne’e kaer diretamentu husi komunidade.Nev

Jornal Nacional

PR KONTENTI POVU PREOKUPA NIA KLAMAR


Prezidente Repúblika (PR), Taur Matan Ruak, kontenti ho povu Ailelo, Postu Administrativu Hatulia, Munisípiu Ermera nia preokupasaun kona ba sira nia klamar.

PR, Taur hato’o lia hirak ne’e hodi responde ba Abrão Boromeu, komunidade Suku Ailelo, nia preokupasaun husu PR nia apoiu fundus ba sira hodi hadia sira nia kapela ne’ebe agora kontrusaun to’o ona 50 %, atu kontinua tan kbiit la to’o.

PR Taur hatete katak, igreja maka fatin ida ne’ebe povu hela bainhira nasaun hasoru situasaun susar. Maibé buat hotu bele apoiu ida por ida no sei presiza tempu.

“ Pedidu ida ne’e barak, suku ne’ebé ha’u liu sira sempre husu, ha’u kontenti tanba hatudu katak la’os de’it ita prekupa kona ba vida moris nian de’it, maibé ita prekupa mos ona ba ita nia klamar no espeiritualidade. So ke ita nia Estadu sedauk iha kbi’it atu tau matan ba buat hotu. Maibé Estadu ho Igreja servisu hamutuk di’ak no kapas los,”hatete PR Taur, Tersa (27/05), wainhira halao dialogu ho komunidade sede Suku Ailelo.

“ Koopersaun Estadu ho igreja ne’e aliadu ida, katak ha’u mate mos ho ó moris mos ho ó. la hanesan ho parsieru, situasaun ita nia konstrusaun Estadu papel importante. No igreja papel iha tempu rezisténsia iha tempu ne’ebé defisil, sira maka sai ita nia mahan no fatin ne’ebé ita subar, entaun konstituisaun rekonhese no husu ita nia Estadu no Povu servisu hamutuk nafatin Igreja,” Taur Matan Ruak, hatete.

Alende ne’e nia informa mos katak, tinan Governu aloka 1.5 milloens ba kada Dioaeze, hamutuk 4.5 miloens ba Dioseze tolu ne’e (Baucau, Dili, no Maliana), alende Katedral ne’ebe iha Estadu mos fó. Mesmu eskola no klinika barak sei presiza maibé Igreza tenki tau atensaun tanba halo parte iha funu.

“Mesmu ita halo buat ida dala ida labele, maibé neneik-neneik ita sei bele. Iha Ministeriu Gabinete Primeiru Ministru nian, iha departementu ida naran sosiedade civil, ne’ebé bele simu proposta apoiu ba Igreza,”dehan PR Taur.Nev

Jornal Nacional

O estímulo ao uso da língua portuguesa em Timor-Leste e Guiné-Bissau


Em janeiro de 2015, o primeiro ministro de Guiné Bissau, Hernâni Coelho, realizou um discurso em prol do uso do português como língua de trabalho na União Econômica e Monetária da África Ocidental (UEMOA). Também no início deste ano (março), o ministro dos Negócios Estrangeiros timorense declarou que a CPLP deve promover uma maior difusão do português em Timor Leste e em Bissau. O discurso destes líderes coloca em cheque a ideia de lusofonia presente na estruturação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que pressupõe um conjunto de Estados que apresentam o idioma como fator de coesão.  Desta forma, o conceito ao deixar implícita a noção de unidade linguística, minimiza as diferentes dinâmicas de apropriação de tal idioma, devido às particularidades históricas vividas por cada país. O texto que segue realiza uma análise sobre os níveis de adesão ao português em Timor Leste e em Guiné Bissau, assim como os esforços dos governos destes países na difusão do idioma entre suas populações.

Partindo da premissa de Ferdinand Saussure, importante linguista francês do século XX, observamos que a língua, além de ser um conjunto de signos usado por uma determinada comunidade para a comunicação entre seus membros, é também uma instituição social, que ao representar um sistema de valores de um povo, passa a adquirir uma conotação política.

A adoção de uma língua oficial por parte de um país expressa significativamente o caráter político que o uso do idioma possui. Pois tal definição implica determinar qual língua será usada nas relações oficiais do Estado, em seu âmbito doméstico e externo, garantida pela lei e prevista na constituição.  Além disto, o papel do Estado na definição da sua língua oficial torna-se decisivo no que diz respeito ao processo de construção das identidades nacionais, já que o idioma representa um importante componente cultural de um povo, contribuindo para a criação da consciência coletiva que, quando afirmada, acaba por fomentar a unidade política de um país, concretizando assim sua centralidade estatal.

Há casos em que a língua oficial adotada coincide com a língua nacional, aquela já falada por um determinado povo que partilha de elementos étnicos comuns, sem estipulação de decreto oficial, em outras palavras, é a língua materna. No âmbito da CPLP, temos como exemplo o caso de Portugal e do Brasil. Mas é importante salientar que a determinação legal de uma língua pode acarretar um processo de substituição de valores culturais, pois nem sempre o idioma oficial está em convergência com a língua materna partilhada por uma comunidade ou por parte dela, como nos casos de Timor Leste e Guiné Bissau. Na maioria dos países da CPLP, os diferentes contextos históricos vividos explicam as variáveis do percentual de adesão efetiva do português nestes países[1]. E nestes casos de divergência, e alta adesão a outros idiomas que não o oficial, torna-se fundamental o papel dos Estados na difusão de políticas linguísticas que promovam a língua escolhida.

A análise do caso de Timor Leste revela a complexa situação linguística no âmbito deste Estado, que possui duas línguas oficiais previstas pela constituição, o português e o tétum. A última, é a de maior adesão pelo povo timorense, que interliga os diferentes falantes de cerca das quinze outras línguas maternas, ataurense, baiqueno, becais, búnaque, cauaimina, fataluco, galóli, habo, idalaca, lovaia, macalero, macassai, mambai, quémaqueetocodede, que estão distribuídas ao longo dos treze distritos que compõe o país. Timor Leste conta ainda com o inglês e o indonésio como línguas de trabalho.

A justificativa para tamanha pluralidade linguística na esfera doméstica está no processo histórico de colonização pelo qual o país passou. Timor Leste esteve sob dominação de Portugal por aproximadamente quatro séculos, que se estenderam de finais do século XVI à 24 de abril de 1974, quando o país alcançou sua independência em razão da queda do Regime Salazarista. A esta época, o tétum já era usado como principal língua para a comunicação entre os reinos já existentes. Porém, foi relativamente curto, o espaço de tempo em que se vigorou a independência alcançada, pois em 7 de dezembro de 1975 Timor Leste sofreu um violento processo de recolonização, desta vez realizado pela Indonésia. O término da nova condição colonial, só teve fim devido à intervenção da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1999, culminando com a retomada da independência do Estado em 2002[2].

Na década de 80, durante o domínio indonésio, o uso do português foi abolido em Timor, que passou a ter o bahasa indonésiaimposto como língua oficial do país. A partir de então, o português passou a ser usado clandestinamente pelos nativos como elemento de resistência à ocupação da Indonésia e a sua tentativa de imposição cultural aos timorenses, prevendo até pena de morte para aqueles que falassem o idioma do antigo colonizador. Nesse contexto, o português passou a configurar-se como importante fator na construção da identidade coletiva do povo timorense, sendo o símbolo da luta pela unidade política do país.

Os efeitos da invasão indonésia em Timor Leste, no que tange à multiplicidade linguística do país, expressam-se no fato de a taxa de alfabetização no idioma indonésio ser de 55,6%, e a parcela do português ser de apenas 39,3%, permanecendo o tétumcom o percentual majoritário de 77,8% de fluência da população. Tais estimativas possuem relação direta com o período no qual o bahasa indonésio ocupou o papel de língua oficial, enquanto vigorava a proibição do ensino do português. Expressão disto é o fato de que em 2002, na consolidação da independência de Timor Leste com a promulgação da Constituição que prevê a língua portuguesa como um dos idiomas oficiais, 90% da parcela da população timorense não era alfabetizada em português. Tal fato deixou evidente a necessidade do governo traçar políticas que promovessem a difusão deste idioma, e em razão deste baixo número de falantes que a Constituição de 2002 também estabelece o tétum, como língua oficial do país. “O tétum e o português são as línguas oficiais da República Democrática de Timor Leste.” (Artigo 13).

O relato de Ruak, ex-líder do movimento de resistência e ex-presidente timorense, retrata o porquê desta escolha e como o idioma sobreviveu no país, mesmo diante da política de proibição dos indonésios. Segundo ele, o uso do português manteve-se firme devido a quatro fatores:

“Primeiro, a presença da classe dirigente lusófona; segundo, por ser a única língua ortograficamente desenvolvida; terceiro, porque era a nossa língua oficial definida desde sempre; por último, porque era uma das armas para contrapor à língua malaia no âmbito da luta cultural, ressurgindo como desejo de oficialidade para afirmação identitária dos timorenses. “(Ruak 2001: 47).

Além disto, é possível atribuir ainda à escolha do Estado pela lusofonia à tentativa de uma melhor inserção no sistema internacional, pois o português já possuía um caráter transnacional na época da independência, com a existência da CPLP (1996), ocupando a posição do oitavo idioma mundial mais falado, com cerca de 230 milhões de falantes, segundo dados da própria instituição. Há ainda contida em tal opção, que se revelou uma estratégia política do governo, a ideia de destacar a especifidade do país no âmbito do Sudoeste Asiático, que é o único da região que possui o português como língua oficial.

Neste sentido, desde a consolidação da independência, o governo timorense vem promovendo uma reforma progressiva dos currículos escolares, visando a introdução do ensino do português já nos primeiros anos de alfabetização no ensino básico.  Tal ação emerge através do Projeto de Reintrodução da Língua Portuguesa em Timor-Leste (PRLP), iniciativa do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD)[3], que teve início no ano 2000. O mesmo vem sendo implementado através do decreto do Plano Estratégico de Desenvolvimento Nacional (PED)[4] que determina o uso dos idiomas maternos enquanto língua intermediária para a aprendizagem das línguas oficiais, pois o tétum não possui um léxico publicado, uma terminologia técnico-científica.

“Com vista a melhorar o acesso à educação e criar bases sólidas em termos de literatura e escrita em Português e Tétum, os idiomas locais serão usados como idiomas de ensino e aprendizagem, no primeiro ciclo do ensino básico, proporcionando uma transição suave para a aquisição das línguas oficiais de Timor Leste, de acordo com as recomendações da Política de Ensino Multilíngue baseada nas Línguas Maternas para Timor-Leste.” (Timor-Leste 2010: 21 - PED).

 A exemplo do que o PED vem tentando introduzir no ensino educacional timorense, o governo de Moçambique aprovou recentemente, a resolução que estabelece que a partir 2017 o país promoverá o ensino primário bilíngue do português e das línguas maternas moçambicanas[5] derivadas do bantu. O processo linguístico no país se assemelha com o processo timorense de apropriação da língua portuguesa: o português também foi usado lá como elemento de luta anticolonial. E, posteriormente constituiu-se como um dos símbolos de construção da identidade coletiva de Moçambique, que também dispõe em sua Constituição que “o Estado valoriza as línguas nacionais como património cultural”, (Art. 9). Em tais iniciativas consegue-se promover maior difusão do idioma oficial e, ao mesmo tempo, o intermédio das línguas maternas no ensino realiza a reafirmação das múltiplas identidades regionais.

Em Timor Leste, com o intuito de tornar efetiva a utilização do português em atos da administração pública, em 2010, foi aprovada uma resolução pelos deputados timorenses que torna obrigatório o uso da língua portuguesa nas assembleias, pelo menos uma vez ao mês. [6]Contudo, a aprovação de tal medida ainda surte poucos efeitos, pois os próprios parlamentares não são letrados no idioma. A fim de colocar em prática tal determinação, Timor Leste, em cooperação com o Instituto Camões em 2004, passou a desenvolver uma política de alfabetização em língua portuguesa dos oficiais públicos.

Dos esforços para disseminação do português em Timor Leste, há de se destacar ainda a parceria com os países integrantes da CPLP, sobretudo a cooperação de Brasil e de Portugal, que colaboram através do envio de material de didático para as escolas nacionais. Também promovem a ida de docentes de língua portuguesa para a capacitação dos professores timorenses, que também não estão plenamente aptos ao ensino da língua, sendo este um grande entrave do processo de difusão do idioma ao longo do país.

Em março de 2015, Hernâni Coelho, ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor Leste, declarou em entrevista à agencia Lusa que, para suprir tal defasagem, o país necessita do apoio dos meios e recursos disponíveis na comunidade lusófona.

“A CPLP, através do Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP) pode exercer um papel fundamental na minimização dos impactos negativos, que a interrupção dos 24 anos de ensino do português gerou em Timor Leste, causando um ‘gap’ entre a geração que fala e a que não fala o idioma”; declarou o ministro. O IILP é uma instituição da CPLP, cuja finalidade é "a promoção, a defesa, o enriquecimento e a difusão da língua portuguesa como veículo de cultura, educação, informação e acesso ao conhecimento científico, tecnológico e de utilização oficial em fóruns internacionais” (Estatuto IPLP-1999).

A instituição também desempenha importante papel neste processo, com uma campanha de capacitação didática dos educadores nacionais em Timor Leste, iniciada em 2014. De acordo com a Diretoria de Educação Global do Banco Mundial, a implantação de tais esforços tem sido positiva, pois a taxa de conclusão da alfabetização primária no país aumentou de 73% em 2009, e para 83% em 2012. Porém, tal tarefa educacional é ainda um trabalho para longo prazo, que só apresentará resultados efetivos nas próximas décadas.

Em Guiné Bissau, percebe-se mais uma vez o quanto a experiência histórica vivida por um país reflete em sua dinâmica linguística. Apesar de o idioma ser a língua oficial do Estado, o português é falado por menos de 10% da população, segundo dados da própria CPLP. Na compreensão de tal fato, encontra-se a ideia de que, desde antes do início da colonização portuguesa no país, nos idos de 1446, Guiné Bissau já era habitada por balantas, mandingas, manjacos, fulas, felupes e por outras etnias, o que nos revela uma já existente pluralidade linguística. A despeito do cenário de ampla diversidade, Guiné Bissau possuía o crioulo guineense como língua de intermédio na comunicação entre esses diferentes povos.

A partir de 1960, conduzida pelo Partido Africano para Independência de Guiné a Cabo Verde (PAIG), Bissau foi a primeira colônia na África a libertar-se do domínio de Portugal num processo de lutas que só terminou no ano de 1974.  A época da independência o idioma do colonizador já era o menos falado e o crioulo representava o de maior difusão entre o povo guineense. A opção de adotar o português como língua oficial revelou-se pela concepção de Amílcar Cabral, líder do PAIG, de se alcançar o desenvolvimento e progresso através das possibilidades de integração internacional que o português oferecia ao jovem país. No discurso de Cabral, nota-se novamente a estratégia política que revela a escolha do Estado por um determinado idioma para ser usado como sua língua oficial:

“Se queremos levar para frente o nosso povo durante muito tempo a nossa língua tem que ser o português; (...) devido a necessidade de estabelecer contatos com outros países e para o conhecimento científico, a Língua Portuguesa é adotada como Língua Oficial na Guiné Bissau, assumindo o estatuto de língua da administração, justiça, legislação e de comunicação com o exterior”. (Cabral 1990).

Na atualidade, o crioulo permanece como a língua nacional de maior expressão no país, não apenas ocupando majoritariamente as interações sociais da vida ordinária no país, mas também sendo utilizado como instrumento de comunicação em atos oficiais da administração pública e do ensino escolar, apesar de sua grafia ainda permanecer sem regulamentação.

Em janeiro de 2015 o primeiro ministro de Guiné Bissau, Domingo Simões Pereira, iniciou esforços numa tentativa de consolidar a língua portuguesa como língua de trabalho da União Econômica e Monetária da África Ocidental (UEMOA)[7], organização de integração regional que é majoritariamente francófona.

“Eu arrisco perguntar se o tempo não chegou para a adopção do português como língua de trabalho da nossa comunidade, pois para participarmos no processo de transposição de textos da Comunidade, ao mesmo tempo que outros países, é essencial que as versões em português estejam disponíveis”,afirmou Simões Pereira, reiterando que a Guiné Bissau, por ser o único lusófono, era o país com a menor taxa de aplicação da legislação comunitária.

A iniciativa do primeiro ministro guineense foi apoiada pela CPLP, que também realiza esforços para que o português seja uma das línguas de trabalho das organizações regionais africanas que contenham países lusófonos, a exemplo da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental[8] (CEDAO) que tem no português um dos idiomas de trabalho desde 2010, devido à participação de Guiné Bissau e Cabo Verde na instituição.

Observa-se ainda o empecilho da falta de capacitação dos professores guineenses, semelhante à dificuldade enfrentada por Timor Leste, para alfabetização dos seus nacionais na língua portuguesa. Em vista disto governo tem iniciado parcerias de cooperação com Instituto Camões de Portugal (IC), para a formação de professores do ensino básico da língua portuguesa. Outro obstáculo do caso guineense consiste no fato de que o português não se caracteriza como forte componente da identidade nacional como em Timor Leste, Em Guiné Bissau quem assume essa relevância é o crioulo, o que acarreta num fraco estímulo ao uso do português pela população.  Apesar da sua oficialidade, a língua portuguesa não se configura como elemento construtor de identidade cultural para o Estado guineense, seja em âmbito regional seja nacional.

Com efeito, os casos de adoção do português por Timor Leste e Guiné Bissau como idioma oficial do Estado exprimem o caráter político implícito na escolha da língua oficial. A retomada do idioma do colonizador surge, portanto, como estratégia de tais países para firmarem-se no cenário internacional e criarem vínculos com instituições relacionadas ao idioma escolhido. Trata-se, portanto, de uma ação orientada para constituição de redes de solidariedade entre tais países e os outros também falantes do mesmo idioma.

Por fim, as diferentes experiências históricas vivenciadas fomentam a desconstrução em torno de um sentido de unidade linguística no âmbito da CPLP, devido à pluralidade étnica e cultural dos Estados-membros da comunidade. Os países que possuem índice majoritário de adesão da língua portuguesa entre seus habitantes constituem minoria dentro da comunidade: Portugal, Brasil e São Tomé e Príncipe. Há de ressaltar que, ao promover políticas que estimulem a maior adesão ao idioma oficial, os governos devem seguir cientes do plurilinguísmo presente em suas esferas domésticas, elemento crucial das identidades culturais e das especificidades históricas e regionais de cada um destes países.


REFERÊNCIAS:


[1]Saber mais sobre os diferentes níveis de difusão do português na CPLP:  GOMES, C. A.“Relatório OPLOP 03 - Abril: A língua portuguesa nos países da CPLP (ParteI)”. 
[2]Saber mais sobre o processo de autonomia do Timor Leste à dominação da Indonésia: GOMES, C. A. “Relatório OPLOP 18 – Timor Leste: A Conquista da Autonomia e os Desafios para o Futuro”.
[4]Mais informações sobre o Plano Estratégico de Desenvolvimento de Timor Leste, no Boletim OPLOP 28. Disponível em: http://www.oplop.uff.br/boletim/250/timor-leste-tem-novo-plano-estrategico-de-desenvolvimento-para-2011-2030 
[5]Ver mais sobre a implementação do ensino bilíngue em Moçambique, no Boletim OPLOP de Março de 2015. Texto disponível em: http://www.oplop.uff.br/boletim/3238/ensino-bilingue-em-mocambique-sera-implementado-em-todo-pais
[7]Além da Guiné-Bissau, a UEMOA congrega Benin, Burkina Faso, Costa do Marfim, Mali, Níger, Senegal e Togo. Países que tem em comum a moeda, o franco da Comunidade Financeira Africana, conhecido tradicionalmente por franco CFA, um euro equivale a 656 francos CFA.
[8]A CEDEAO, é a organização de integração regional que engloba 15 países da África Ocidental, dentre os quais: Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.

MARINHA DA BIRMÂNIA ENCONTROU EMBARCAÇÃO COM 727 MIGRANTES


Rangum, 29 mai (Lusa) -- A Marinha da Birmânia encontrou hoje 727 pessoas amontoadas numa embarcação de pesca nas suas águas, anunciou o Ministério da Informação, adiantando que os migrantes tinham sido levados para uma ilha.

"No total 727 pessoas -- 608 homens, 74 mulheres e 45 crianças 'bengalis' -- numa embarcação de pesca foram detidas quando a Marinha da Birmânia as encontrou esta manhã (hoje) no delta", indica a nota, publicada na página do ministério na rede social Facebook.

A Marinha rebocou a embarcação para uma ilha, adianta, sem dar mais pormenores.

A descoberta ocorreu no mesmo dia em que decorre em Banguecoque uma conferência internacional para dar resposta à crise de migrantes na região que começou no início do mês.

Nas últimas semanas, mais de 3.500 migrantes esfomeados chegaram à Tailândia, à Malásia e à Indonésia, estimando-se que cerca de 2.500 outros estarão à deriva no mar.

A maioria dos migrantes é da minoria muçulmana rohingya do estado birmanês de Rakhine que é perseguida. A Birmânia não reconhece os rohingya como uma minoria étnica oficial e designa-os de "bengalis", como habitantes do vizinho Bangladesh.

PAL // APN

Exportações de Macau aumentaram 10,7% até abril mas défice comercial agravou-se


Macau, China, 29 mai (Lusa) -- As exportações de Macau aumentaram 10,7% nos quatro primeiros meses deste ano, mas o défice da balança comercial agravou-se, atingindo 25,45 mil milhões de patacas (2,91 milhões de euros), indicam dados oficiais hoje divulgados.

Segundo a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), as exportações atingiram 3,65 mil milhões de patacas (417,9 milhões de euros) -- mais 10,7% --, contra importações avaliadas em 29,10 mil milhões de patacas (3,3 mil milhões de euros), mais 1,2% face ao primeiro trimestre do ano passado.

Por conseguinte, o défice da balança comercial atingiu as 25,45 mil milhões de patacas (2,91 milhões de euros) no final de abril.

Em abril verificou-se um aumento de 15,2% nas exportações, para 953 milhões de patacas (109,1 milhões de euros), em comparação com o mesmo mês de 2014.

Já as importações diminuíram 4,3% em abril, para 6,88 mil milhões de patacas (787 milhões de euros), com os valores importados de joalharia em ouro e relógios de pulso a diminuírem 41,7% e 8,6%, respetivamente.

Em termos do destino das exportações relativas aos primeiros quatro meses do ano, Hong Kong surge no topo da tabela (2,30 mil milhões de patacas ou 263 milhões de euros), seguido do interior da China (522 milhões de patacas ou 59,7 milhões de euros), mercados que registaram aumentos de 12,2 e 25,1%, respetivamente.

Em contrapartida, os valores exportados para os Estados Unidos (67 milhões de patacas ou 7,6 milhões de euros) e União Europeia (83 milhões de patacas ou 9,5 milhões de euros) caíram 31,6 e 19,9%, em termos anuais, respetivamente, informa a DSEC.

O valor total do comércio externo de mercadorias cifrou-se em 32,76 mil milhões de patacas (3,74 mil milhões de euros) entre janeiro e abril, traduzindo uma subida anual de 2,1%, indica a DSEC.

FV (DM) // ARA

China aprofunda nível de envolvimento com economia do Brasil e de países vizinhos


A visita do primeiro-ministro da China, Li Keqiang, ao Brasil na passada semana, quase um ano após a do Presidente Xi Jinping, aprofundou o nível de envolvimento entre as duas economias bem como com países latino-americanos historicamente mais próximos dos Estados Unidos da América.

Durante a visita, com uma comitiva com 150 empresários, Li Keqiang e a Presidente Dilma Rousseff assinaram 35 acordos no valor de 53 mil milhões de dólares, incluindo a exportação de carnes para consumo humano, energia e infra-estruturas envolvendo grandes empresas como a Petrobras, Vale e Embraer.

O principal investimento anunciado é uma linha de caminho-de-ferro entre a região Centro-Oeste do Brasil e o Pacífico, atravessando o Peru, obra que facilitaria a exportação de produtos brasileiros para a China, hoje feita a partir de portos no Atlântico.

Vai ainda ser criado um fundo de 50 mil milhões de dólares para financiar projectos de infra-estruturas no Brasil, a cargo da Caixa Económica brasileira e do Banco Industrial e Comercial da China.

Oliver Stuenkel, professor de relações internacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo, afirma que os resultados da visita elevam o patamar daquela que é hoje a relação comercial, em que os chineses compram principalmente matérias-primas de países latino-americanos e vendem produtos industrializados, com um novo envolvimento que apoia o desenvolvimento destas economias.

“São acções que vão tornar a China um interveniente político e económico na região por muitas décadas e depois disso será impossível cortá-la da equação”, afirmou o analista, citado pela BBC Brasil.

O Brasil, maior economia latino-americana e que tem na China o seu maior parceiro comercial, com trocas totais de quase 78 mil milhões de dólares em 2014, favorável ao lado brasileiro, foi o ponto alto de um périplo de oito dias pela região, que também incluiu Colômbia, Peru e Chile.

Em Janeiro, o Presidente chinês anunciou que Pequim investiria 250 mil milhões de dólares na América Latina na próxima década.

A visita surge numa altura em que, em alternativa a instituições mais ligadas aos Estados Unidos como o Fundo Monetário Internacional, se espera um aumento da oferta de crédito chinês, sobretudo com a entrada em funcionamento do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), que junta a China aos seus parceiros dos BRICS (Brasil, Índia, Rússia e África do Sul) e também do recém-criado Banco Asiático de Infra-estrutura e Investimento (BAII).

Na América Central está já em curso a construção do Canal da Nicarágua, considerada a maior obra de engenharia do mundo, financiada por um empresário chinês, que será uma alternativa ao Canal do Panamá na ligação entre os oceanos Atlântico e Pacífico.

Jaseon Marczak, do norte-americano Atlantic Council, afirma que é “importante que a América Latina diversifique a sua economia e se desenvolva, e os investimentos chineses podem ajudá-la a atingir esse objectivo.”

Entre os analistas brasileiros que acolheram positivamente os resultados da visita, Marcelo Zero considerou-a no sítio brasileiro 247 “um golaço da política externa do Brasil e uma manifestação concreta e substancial de confiança no País.”

Só com a Petróleos do Brasil (Petrobras) foram assinados três acordos de cooperação no montante de pelo menos 7 mil milhões de dólares, envolvendo o Banco de Desenvolvimento da China e o Banco de Exportações e Importações (ExIm) da China.

Outros acordos prevêem a construção do complexo metalúrgico do Maranhão, financiamento para a compra de 40 aviões da Empresa Brasileira de Aeronáutica pela China, cooperação na tecnologia nuclear e criação do pólo automóvel de Jacareí, no estado de São Paulo bem como um outro relacionado com a concessão de financiamento para a construção de 14 navios de 400 mil toneladas cada para o transporte de minério de ferro.

Os acordos assinados estendem-se ainda à ciência, com a assinatura de um protocolo de intenções para desenvolvimento e lançamento do sexto satélite sino-brasileiro, o CBERS 4-A, em 2018.

Macauhub/BR/CN