Desde a passada sexta-feira que
Monchique está a arder. O fogo que estava quase controlado voltou a eclodir com
violência há três dias numa área de 100
quilómetros, mais de 23 hectares. Não se registaram acidentes mortais mas cerca
de 300 casas ficaram danificadas ou totalmente queimadas, destruídas.
Hoje, quinta-feira, é notícia que
o fogo já perdeu a intensidade e perigosidade de antes. Os operacionais
consideram que existem condições para o extinguir em mais um ou dois dias. Apesar
de manterem depois disso a vigilância aos reacendimentos. Mais pormenores sobre
o incêndio encontra a seguir via Notícias ao Minuto. (TA)
Número de feridos em Monchique
sobe para 39. Fogo "está a ceder"
No briefing, Patrícia Gaspar
refere que o fogo de Monchique está "globalmente estabilizado" e,
neste momento, "não há frente ativas", apenas "pontos
quentes" e "pequenas reativações". Muitos deslocados já estão a
regressar às suas casas.
A2.ª comandante operacional
nacional da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, anunciou esta noite que o número
de feridos causados pelo incêndio que lavra há sete dias em Monchique é agora
de 39, sendo que 21 deles são bombeiros. Até ao momento, há apenas registo de
um ferido grave.
No briefing habitual desde que o
combate a este incêndio passou para o comando nacional, Patrícia Gaspar referiu
que o fogo que começou em Monchique está "globalmente estabilizado",
isto apesar das "várias reativações" que se registaram ao longo desta
quinta-feira.
"O incêndio tem estado
a ceder, nas últimas 24 horas, às operações de combate. Neste momento, não
temos frentes ativas, temos pontos quentes, temos tido pequenas reativações,
que temos estado a responder prontamente com os meios que estão no teatro de
operações", adiantou a 2.ª comandante operacional nacional da ANPC.
As autoridades estão agora a
levar a cabo processo de fazer com que as pessoas regressem a casa, apesar de
muitas, admitiu Patrícia Gaspar, já terem voltado “espontaneamente” para as
suas casas.
“Há algum regresso que está a ser
feito. Queremos que este seja um processo estruturado, organizado e sobretudo
[feito] em segurança”, sublinhou.
Durante a noite, a Proteção Civil
espera uma redução da temperatura, sendo expectável que a humidade relativa
chegue aos 80%. Outro fator positivo é o “desagravamento dos ventos”, no
entanto, nota Patrícia Gaspar, “as reativações são o nosso grande risco
atualmente”.
Para o dia de amanhã,
sexta-feira, o risco de incêndio continua elevado na região do Algarve. O que
faz com que as autoridades tenham “um cuidado redobrado com tudo o que vai
acontecer durante a noite”.
“Vamos manter todos os meios no
teatro de operações, todos os meios em vigilância, apoiados pelas máquinas de
rasto, que neste tipo de operações fazem um papel preponderante”, garantiu.
Pedro Bastos Reis | Notícias ao
Minuto