Há indicações de que após a demissão apresentada por Xanana Gusmão no final da semana passada como número
2 do governo liderado pelo primeiro-ministro Taur Matan Ruak, se seguirão
outras demissões de elementos “leais” a Xanana.
Segundo fontes locais, o
descontentamento está a “crescer” entre os membros de dois dos partidos que
integram a coligação que lidera o atual executivo, a Aliança de Mudança para o
Progresso (AMP), a saber: o Congresso Nacional de Reconstrução Timorense (CNRT),
liderado por Xanana Gusmão e o Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan
(KUNTO).
Alegadamente está em curso uma
guerra de bastidores entre o CNRT aliado ao KHUNTO contra o outro partido que
lidera a AMP, o Partido Libertação Popular (PLP), liderado por Taur Matan Ruak,
de forma a inviabilizar o atual governo.
No parlamento timorense, o CNRT
conta com 21 deputados, o PLP com 8 deputados, e o KHUNTO com 5 deputados.
Refira-se que Xanana Gusmão
enviou uma carta ao primeiro-ministro Taur Matan Ruak, no decorrer da semana
passada, anunciando a sua demissão, escrevendo que se iria dedicar às negociações
do petróleo e gás com as empresas lideradas pelo grupo norte-americano
ConocoPhillips, bem como a empresa australiana Woodside.
Xanana acrescentou que: “Eu
expresso este sentimento a ti [Taur Matan Ruak] porque estou extremamente
preocupado com a tua saúde mental, saúde psicológica e política neste processo
turbulento, em que tens de pesar as tuas capacidades à luz de uma constituição que
escreveste, dirigiste e interpretas de uma forma invulgar e inacessível para
cidadãos comuns como eu.”
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