terça-feira, 24 de abril de 2018

Partidu Demokratiku Sei Loke Aeroportu iha Rasa


LOSPALOS: Partidu Demokratiku (PD) kompromete sei loke kampu aviasaun (aeroportu) iha suku Rasa hodi fasilita aviaun komersiu ba Lospalos.

Tuir Presidente Partidu Demokratiku Mariano Assanami Sabino hatete, Partidu Demokratiku iha politika atu investe iha infraestrutura liu liu iha estrada, aeroportu no portu atu bele fasilita povu hodi asesu ba merkadu.

Investimentu ba transportasaun ne’e importante tanba ne’e atu dezenvolve setór ekonomia tenke iha estrada, portu no eroportu atu bele fasilita industria péskas atu bele tula produtu ba estranjeiru.

“Ita sei loke aeroportu iha rasa hodi bele tula produtus komersiu sira hodi ba estranjeiru no nasional,”dehan Assanami, iha Kampu Futebool Lospalos.

Alende ne’e aeroportu Rasa ne’ebé PD hakarak konstrui ne’e bele mós fasilita Lautem oan sira halo viajen husi nasional ba munisipiu.

Konseptu ba konstrusaun aeroportu Rasa ne’e feitu hotu ona hein atu implementa tanba haree ba potensialidade ekonomia iha Lospalos boot tebes hanesan Industria Peskas, Turismu ida ne’e atu fasilita hotu prosesu ida ne’e.

“Kuandu ita nia investimentu iha infraestrutura bazika sira ne’e konstrui hotu ona bele garantia movimetasaun publiku nian husi nasional, munisipal no rejional kuandu ida ne’e funasiona hotu ona bele hasa’e rendimentu povu nian no bele hatama mos retornu ba kofre estadu nian”.

Jacinto Xavier | Independente

Somotxo Neutru Hodi Asegura Seguransa Partidu Hotu


DILI, (TATOLI) - Ministru Defeza no Seguransa, José Agostinho Sequeira Somotxo deklara maski nia orijen polítika, kuadru partidu FRETILIN, maibé  tanba de’it asume kargu Ministru Seguransa no Defeza, nia hamriik neutru hodi asegura seguransa ba partidu hotu-hotu.

“Ha’u bele iha ne’ebé de’it, ha’u nia koordenasaun ba partidu sira seluk iha nafatin. Imi (jornalista sira) hotu akompaña katak linguajen hosi militante sira barak demais ne’e to’o ohin loron la hamosu konflitu boot tanba nu’udar Ministru Seguransa no Defeza neutru nafatin,” Somotxo hato’o informasaun ne’e ba jornalista sira iha Palásiu Prezidente Nicolau Lobato, Bairru Pité, Dili, tersa ne’e, bainhira hatán preokupasaun hosi públiku kona-ba ninia prezensa iha komísiu partidu balun.

Tanba de’it Neutralidade, Somotxo dehan durante ne’e nia nunka sa’e palku hodi halo azitasaun polítika ba nia partidu. Nia so partisipa de’it kampaíña FRETILIN nian, nu’udar direitu kuadru partidu nian, maibé tanba de’it asume kargu Ministru Seguransa no Defeza, nia hamriik neutru hodi asegura seguransa ba partidu hotu-hotu.

Tanba ida ne’e mak, seguransa kona-ba eleisaun antesipada la’o di’ak tebes, laiha asidente ne’ebé boot, maibé ida ne’e tanba sosiedade fó kontribuisaun pás no estabilidade, enkuantu sei iha mobilizasaun militante hosi partidu balun iha munisípiu ida hodi partisipa kampaíña iha munisípiu seluk, mak sei akontese, maski antes Somotxo deklara katak PNTL sei trava.

“Mobilizasaun militante partidu hosi munisípiu ida ba munisípiu seluk atu prevene konflitu no asidente tráfegu, maibé ladún efetivu tanba la’ós rezolusaun,” Somotxo rekoñese.

Nia esplika ne’e inisiativa ida ne’e nia halo hanesan Ministériu Defeza no Seguransa, maibé la’ós hosi Komisaun Nasionál Eleisaun (CNE-sigla portugés) ka lei, tanba ne’e laiha baze legál ida forte ba PNTL atu impoin.

Nune’e nia husu ba partidu polítiku sira tenke kontrola ninia militante iha tempu mobilizasaun hodi nune’e la bele monu ba asidente tráfegu.

Jornalista: Xisto Freitas | Editór: Manuel Pinto

Imajen: Ministru Defeza no Seguransa (MDS), José Agostinho Sequeira “Somotxo”.

TEATROCRACIA: uma abordagem analítica-empírica das crenças políticas e democráticas em Timor-Leste

Afmend Sarmento* | opinião

Começo a indagar os labirintos das crenças políticas e democráticas neste soberano país de Lafaek, olhando retrospectivamente com esta inquietação de pensamento: será que o panorama atual da situação socio-política em Timor-Leste já respondeu aos sonhos dos founding fathers em criar condições necessárias para o summum bonum e bonum commune? Para o filósofo italiano, Norberto Bobbio, o que condicionou tais contradições foi o que chamou de obstáculos à democracia, sob a rótula de “promessas não cumpridas”.

O ponto de partida parte da análise racional sobre o desenvolvimento do país, e esta deriva da contemplação do modus vivendi dos timorenses, as tendências principais e os desafios enfrentados pelo povo na era de Ukun Rasik-an. Trata-se de um olhar sobre a realidade política mas, também desbruçar-se sobre a imagem da própria prática democrática numa abordagem empírica-analítica aos valores, as aspirações e os ideiais conflitantes dos homo politicus, que fazem parte deste universo timorense. Quando a política não é capaz de ter o peso na nossa vida quotidiana, quando não responde às nossas preocupações sobre o futuro dos nossos filhos, para que precisamos dela, qual o seu valor de uso? (Bauman, 2016, 16). A partir desta questão, iniciarmos expressivamente com o epígrafe do escritor português, José Saramago: “Há um mal económico, que é a errada distribuição da riqueza. Há um mal político, que é o fato de a política não estar a serviço dos pobres” (citado em Treck, 2013, 14). Ora, actualmente em Timor-Leste verifica-se um duplo fenómeno: (1) uma desigualdade ao nível económico: há ricos e pobres. A gravidade de tal situação está no facto de os ricos se tornarem cada vez mais ricos à custa dos pobres; (2) uma desigualdade ao nível social, isto é, a má distribuição da riqueza e dos bens da nação. Nesta perspectiva, escreveu de forma excelente por Bobbio, “entre todas as desigualdades humanas, nenhuma precisa ser mais justificada do que a desigualdade estabelecida pelo poder” (Bobbio, 2000, 234). Resumindo perspicazmente na famosa definição de Peter Drucker, “a política (sociedade) não oferece mais salvação” (citado em Bauman, 2000, 62). Estes fenómenos já se constituem como um "cancro" que é difícil de curar, por gastar muitos milhões para nada, enquanto o povo continua a viver na miséria e pobreza, simultaneamente, o povo continua a orar sem cessar “...neste vale de lágrimas!”. Perde-se, assim, o eixo fundamental do que deve ser o fim teleológico da política. Poderemos perguntar, então, qual é o fim da acção política? Bobbio respondeu concisamente que o fim último da política é para alcançar o summum bonum e bonum commune, retomando a filosofia política clássica de Aristóteles, afirmando que o fim da política não é o viver, mas o viver bem: “o fim da comunidade política, a koinonía politiké, a societas civilis na predominante tradução latina, não é apenas o viver ou sobreviver, mas o bonum vivere, o viver bem” (Bobbio, 2000, 120). Intrinsecamente, é uma busca constante do bem comum de uma sociedade, como bem observa o Papa Francisco “a política, tão denegrida, é uma sublime vocação, é uma das formas mais preciosas da caridade, porque busca o bem comum” (Evangelii Gaudium, 205).  E, recentemente o teológo Eddy Kristiyanto não hesitou de intitular aquele célebre livro: Sakramen Politik, para dizer francamente que o fim da política é uma busca contínua de consensos alargados, sobre as principais questões políticas e programáticas do desenvolvimento do país para alcançar o Bem Comum. Este teve a ousadia de fazer uma analogia de que o Sacramento é the visible sign of the invisible grace, assim também, politik adalah tanda dan sarana penyelamatan! (Eddy Kristiyanto, 2008, 3) – política é o sinal e meio de salvação ao povo que vive no limiar da pobreza e no meio de tantas injustiças sociais.

Esta abordagem trata-se de uma reflexão que visa diretamente a questionar modos tradicionais de pensar a política, neste sentido, “as perguntas do nosso povo, as suas angústias, batalhas, sonhos e preocupações possuem um valor hermenêutico que não podemos ignorar, se quisermos levar a sério o princípio da democracia” (Papa Francisco) e acrescentamos ainda os valores fundamentais da política. Talvez, este é o nosso Zeitgeist (“espírito da época”), estamos num período de interegnum, no qual este espírito de solidariedade afundou-se no mar e “rasgando o delicado tecido da solidariedade humana” (Bauman, 2000, 51) pelos caprichos de poder e a política torna-se o “pomo da discórdia” entre os timorenses, pois, os partidos políticos optam pela política clássica de “devide et impera”, principalmente, separam as três frentes da luta, visam a ganhar mais novos aderentes aos seus partidos. E, o povo fica alienado com as propagandas políticas, facilmente, caem na hipótese hobbesiana do “homo homini lupus” e “ bellum omnium contra omnes”, quebrará o espírito fraterna e solidária da resistência e o vínculo inquebrantável que então estabeleceram entre os timorenses na época da ocupação Indonésia.

Vivemos numa situação muito peculiar de nossa história, por isso, urge-nos a “mostrar maturidade política para elevar o valor da democracia que está no coração de Timor” (Dom Virgílio do Carmo).  Trata-se de um ato de propaganda eleitoral, a estratégia utilizada mascaradamente pelos políticos pertencem não apenas o não-dizer, mas também o dizer em falso: além do silêncio, a mentira. (....) que o fosse lícita a “mentira útil” não apenas foi dito pelo “diabólico Maquiável” (Bobbio, 2000, 389), mas também a "nobre mentira" de Platão, significa, que deve ser colocado no centro: o interesse do Estado de Timor-Leste, porém, este termo constitui como uma máscara por detrás das quais se esconde a cobiça de poder e de riqueza. Para expressar com mais eficiente a definição de Max Weber, não vivem apenas para a política mas vivem da política” (Max Weber, 2011, 64). Ressalta-se, porém, que a política desenrola-se entorno da noção do poder como princípio e fim da atividade política. Não é sem surpresa que Bobbio fundamenta com veracidade que “o alfa e ómega da política é a questão do poder: como conquistá-lo, como conservá-lo e perdê-lo, como exercê-lo, como defendê-lo ou como dele se defender” (Bobbio, 2000, 252), ou com a expressão análoga, Max Weber frisou que “todo o homem, que se entrega a política, aspira ao poder – seja o considere como  instrumento ao serviço de concecução de outros fins, ideais ou egiostas, seja porque deseje o poder ‘pelo poder’, para gozar do sentimento de prestígio que ele confere” (Max Weber, 2011, 57). Essas premissas servem para situar o nosso discurso. Diante desse cenário, Timor-Leste demonstra a sua democracia, como um teatrocracia, isto é, “a transformação da vida política num espetáculo em que o grande político se exibe, tem necessidade de se exibir, como um ator” (Bobbio, 1986, 94). No palco das campanhas eleitorais, antagônicamente, agitam o povo com as histórias dos Fundadores da Nação e o Comando da Luta, assim, a vida da nação de Timor Lorosa’e torna-se um "estado que se transforma em companhia teatral, em produtor de espetáculo" (Bobbio, 1986, 94). No palco desta teatrocracia, observa-se uma disputa eleitoral muito intensa entre as duas forças políticas, a AMP e a FRETILIN, com apresentação do prestígio de personalidades políticas e figuras históricas para “convencer” os eleitores, nomeadamente,  Xanana Gusmão e Taur Matan Ruak versus Marí Alkatiri e José Ramos Horta, que vão “vender” as suas promessas políticas e os seus progamas eleitorais ao povo.

Esta euforia da festa democracia nos faz imediatamente vir à mente a imagem, a nós transmitida pelos escritores políticos de todos os tempos que se inspiraram no grande exemplo da Atenas de Péricles, da "ágora" ou da "ecclesia", que é a palavra grega para praça de decisões (Ribeiro, 2013, 10), isto é, a reunião de todos os cidadãos num lugar público com o objetivo de apresentar e ouvir propostas de uma mudança. Metaforicamente, a campanha eleitoral é o tempo previlegiado para divulgar os programas eleitorais, as promessas políticas, com intuito de mobilizar e conquistar o eleitorado para eleger os partidos politicos. Porém, nos comicíos políticos observam-se claramente o termo recém-cunhado de "teatrocracia", isto é, o poder de fazer espetáculos, do poder de transformar o real no imaginário, de procurar adesão pela magia do espetáculo, como "democracia em assunto de música" - interpretando-a como o efeito da pretensão do vulgo de poder falar sobre tudo e de não reconhecer mais nenhuma lei (Bobbio, futuro da democracia, 84). Em suma, a Eleição Antecipada é arquitetada como um palco para encher com “os dramas cínicos” da política, em busca insaciável do poder, aonde toda a população timorense adere a qualquer partido político para fazer a sua “música” de afiliação. Na verdade, muitos fiéis militantes sofrem a doença “psico-patologia” significa, em grego, sofrimento da alma (Bauman, 2000, 40), gerada pela idolatria ao poder e radicalismo exagerado aos partidos políticos.

A Constituição da RDTL garante que “o exercício do direito de sufrágio é pessoal e constitui um dever cívico” (Art. 47.2). Mais uma vez, o Presidente da República convidou o povo a voltar às urnas para exercer o seu direito de voto, ou seja, gastamos mais na urna alguns minutos para o “dever cívico”, a eleger os políticos, que concorerrão para alcançar aquele “vulto demoniáco do poder” (Bobbio, 2000, 218). Assim, ao abrigo do Decreto do Presidente da República n.º 7/2018 de 7 de fevereiro, decreta para o dia 12 de maio de 2018 a eleição dos Deputados ao Parlamento Nacional. De facto, se examinarmos com rigor os termos expressos na Constituição, a Eleição Antecipada é inexistente nesta Magna Charta, ou seja, na terminologia jurídica-constitucional chamada a “subsequente eleição” (cf. CRDTL art. 100º).

O ponto fundamental é que o povo escolha os Deputados ao Parlamento Nacional. Este exercício é realizado pelo sufrágio direto e universal, com intuito de contribuir, portanto, para a formação de uma maioria parlamentar saída das urnas, onde as deliberações serão tomadas pela maior et sanior pars, isto é, pela parte maior e mais sã, como exercício de amadurecimento da democracia. Assim, Timor-Leste marcará uma nova história com a “subsequente eleição”, no dia 12 de maio de 2018, que poderia definir o nosso Estado como uma "democracia posta à prova" (Bobbio, 1999, 12). O sistema político timorense foi, desde o início, concebido como um regime democrático, por isso, no seu estrito sentido, "a democracia é um sistema político que pressupõe o dissenso. Ela requer o consenso apenas sobre um único ponto: sobre as regras da competição" (Bobbio, 1986, 60), pois, neste jogo democrático "não existe consenso mas dissenso, competição e concorrência" (Bobbio, 1999, 46). Nesta concorrência ao Parlamento Nacional, torna-se presente a máxima do jurista alemão Carl Schmitt ao afirmar que na política encontra-se o conflito entre amigos e inimigos (citado em Gianotti, 2014, 5). De forma pari passu, observa-se que na política existe uma "relação como inimigo-irmão”, conforme bem disse Bobbio, “umas vezes mais irmãos, outras mais inimigos, de acordo com as circunstâncias” (Bobbio, 1999, 11), este modo de relacionamento “inimigo-irmão” repara-se na convivência política das personalidades e figuras históricas desta nobre nação.  Para alargar a nossa perspectiva e reavivar a nossa consciência sobre a importância da democracia, parafraseando Bobbio, a democracia timorense pode ser designada de frágil, mas, apesar de tudo, é também viva, segundo os costumes e ritmos dos detentores do poder político.  Em suma, corre nas veias do sangue a velha máxima romana: quod principi placuit habet vigorem legis - aquilo que agrada ao príncipe tem força de lei - esta máxima torna-se o núcleo principal da forma mentis deste animal politicus, isto é, aquilo que agrada aos políticos tem a força da lei, de modo per fas et nefas, ou seja, de todos os meios possíveis, seja ele lícito ou ilícito, de outro modo, no método maquiavélico de “os fins justificam os meios”. No seu stricto sensu como costumavam dizer os monarcas europeias: L’État c’est moi – o estado sou eu!

Num Estado de direito democrático, os partidos políticos servem como locus privilegiado para a construção do país, sustentando pelo Bobbio, que “as forças políticas são os partidos” (Bobbio, 1986, 134) e o Estado de Timor-Leste adoptou o sistema de multipartidarismo como  conditio sine qua non da democracia, cuja a “força de um partido é medida pelo número de votos” (Bobbio, 1986, 139) dos eleitores nas eleições cíclicas estipuladas dentro da lei.  E, nesta batalha eleitoral, “o voto é uma mercadoria que se cede ao melhor ofertante” (Bobbio, 1986, 11), isto é, aos partidos políticos. Por isso, o voto é uma forma de promover o amadurecimento político do povo em escolher os melhores para governar o país.

O papel primordial do Estado deve assegurar que todos os eleitores possam exercer o seu direito de voto. A participação eleitoral efetiva é a forma de exercício da prática democrática, é um dos aparatos dos quais por sua vez extrai, através das eleições, a própria legitimação para governar. O "regime democrático" é o regime no qual o poder supremo é exercido em nome e por conta do povo através do procedimento das eleições por sufrágio universal repetidas a prazo fixo” (Bobbio, 1986, 101), exatamente,  se não tomarem elas as decisões que lhes dizem respeito, ao menos de exercerem os seus direitos de escolherem os indivíduos que periodicamente considerem os mais aptos para cuidar de seus próprios interesses (Bobbio, 1986, 121). De sui generis expressou nítidamente pelo Jesuita Frans Magnis-Suseno: “pemilu bukan untuk memilih yang terbaik tetapi mencegah untuk yang terburuk berkuasa”. Nesta perspectiva, há uma espécie de Círculos Viciosos: “não se pode conseguir mais participação democrática sem haver uma prévia mudança da desigualdade social e sua consciência, mas também não se consegue mudar ambas as condições sem um aumento da participação democrática” (Treck, 2013, 86), isto é, orientada para os output do sistema (para os benefícios que o eleitor espera extrair do sistema político), e cultura participante, isto é, orientada para os input, própria dos eleitores que se consideram potencialmente empenhados na articulação das demandas e na formação das decisões (Bobbio, 1986, 31) políticas para a transformação da polis.

Merece ainda ser enfatizada a ênfase que nesta disputa democrática tem como “a regra fundamental da democracia é a regra da maioria, ou seja, a regra à base da qual são consideradas decisões coletivas” (Bobbio, 1986, 18), por conseguinte, reconhecemos o facto de que na “arena política existam os vencedores e os perdedores” (Bobbio, 1986, 122), como consequência prática do jogo democrático. Este antagonismo entre o vencer e o perder dá-se, no facto, de que nas eleições anteriores entre o eleitor e o eleito não estabelecem uma perfeita relação de do ut des: um através do consenso confere poder, o outro através do poder recebido distribui vantagens ou elimina desvantagens (Bobbio, 1986, 122). Porém, o panorama atual de Timor-Leste mostra que o interesse dos eleitores, muitas das vezes, não é acumulado na tomada de decisões políticas, por fim, gera o “conflito entre aquilo que foi prometido” pelas correntes do pensamento político e “aquilo que não foi realizado”, – para tal, Bobbio afirma que “não se pode falar propriamente de ‘degeneração’ da democracia mas se deve falar contudo, antes, da natural adaptação dos princípios abstratos à realidade, ou da inevitável contaminação da teoria quando é obrigada a submeter-se às exigências da prática” (Bobbio, 2000, 49-50). Esta irrealizável “promessas não cumpridas” gera as frustrações sociais e desgastes para o próprio modelo seguido pelo povo, por isso, Bobbio constata que na democracia real existe uma apatia política, um verdadeiro desinteresse sobre a vida política. Assim, nasceu e cresceu uma certa desconfiança em relação à «classe política», a crescente consciência dos custos da apatia política. Todos nós esperamos que os perdedores da EA saibam reconhecer a sua derrota e os vencedores sejam capazes de implementar aquilo que foi prometido ao povo nas campanhas, para o desenvolvimento de Timor Lorosa’e ida buras liu, em uníssono, hamutuk hametin nasaun!

Como ouvimos, muitas vezes, nos discursos políticos que o poder soberano está no povo. Este poder será exercido pelo povo de forma a “premiar” ou “punir”, conforme bem argumentado por Bobbio, “ter poder significa, em poucas palavras, ter a capacidade de premiar ou punir”, isto é, estar em condições de dar recompensas ou estar em condições de infligir, punições” (Bobbio, 1986, 140) dos partidos politicos que não representam o interesse dos eleitores na roda de governação. Entretanto, observa-se que neste mercado político “é feito de tantos acordos, ou seja, a prestação da parte dos eleitores é o voto, a contraprestação da parte do eleito é uma vantagem (sob a forma de um bem ou de um serviço) ou a isenção de uma desvantagem” (Bobbio, 1986, 140), para satisfazer os anseios dos eleitores, pelo contrário, a não realização das “promessas eleitorais” contribui para um crescente número maior de abstenção e não participação na Eleição, à medida em que os eleitores tornam-se mais maliciosos e os partidos ficam mais débeis. Por isso, exige a “capacidade dos partidos de controlar os seus deputados e de deles obter o cumprimento das promessas feitas aos eleitores” (Bobbio, 1986, 138), com intuito de mobilizar os eleitores para aderirem ao partido,  pois, “a habilidade do político consiste, exatamente como no mercado, em compreender os gostos do público e talvez orientá-los” (Bobbio, 1986, 122), com respeito à marcha triunfal rumo à conquista do eleitorado. Em sentido análogo, enfatiza por Max Weber — posteriormente, retomada, desenvolvida e divulgada por Schumpeter — de que o líder político pode ser comparado a um empresário cujo rendimento é o poder, cujo poder se mede por votos, cujos votos dependem da sua capacidade de satisfazer os interesses de eleitores (Bobbio, 1986, 122), caso não o seja, esta situação vai gerar “o ponto de ruptura com o alargamento do fosso entre eleitores e eleitos – isto é, com a crise evidente de representação” (Bauman, 2016, 11), porque os eleitos não tem o sentimento do povo/eleitor.

Todos nós esperamos, que a subsequente eleição ou Eleição Antecipada possa acontecer num ambiente mais democrático e, que os políticos não podem fazer o monopólio da política: por um lado, pelo uso da força, onde “as pessoas são obrigadas a fazer algo de que prefeririam abster-se”. E, por outro lado,  pelo uso do dinheiro (money politics), pelo que “as pessoas podem ser induzidas a fazer o que não fariam por iniciativa própria”. Porém, que se privilegiam pelo uso da sedução, isto é, “as pessoas podem ser tentadas a fazer coisas pela pura felicidade de fazê-lo” (Bauman, 2016, 49), sem nenhuma intervenção política.

Tendo em conta que a Campanha Eleitoral é realizada num ambiente muito intenso, uma disputa encarniçadamente entre as personalidades e figuras históricas, é preciso salientar que devemos valorizar a nossa democracia.  Para tal efeito, “onde não há eleições livres não há democracia” (Bobbio, 1999, 129), por isso, para realizar a eleição num clima de paz e promover a participação pacífica e sem medo de voto nas urnas, devemo-nos ser guiados pelo fundamento ideal da democracia: (1) o ideal da tolerância – é um apelo aos espíritos mais dominados pelo fanatismo ou pela ignorância que se acreditam cegamente na própria verdade e na força capaz de impô-la, até exercer violência para obrigar outros a segui-la e punir quem não está disposto a abraçá-la. (2) o ideal da não-violência - é um apelo destinado aos líderes para resolver os conflitos políticos e sociais sem o recurso à violência. Tendo em consideração de que o adversário político não é mais que um inimigo que deve ser destruído. (3) o ideal do livre debate das idéias e programas eleitorais: é um apelo ao diálogo como força vital sine qua non da democracia (Bobbio, 1986, 38). Se formos capazes de implementar esses ideiais, poderemos exaltar o valor da democracia que está no coração de Timor-Leste e, diremos “a democracia em Timor-Leste (no mundo) não está a gozar  óptima saúde mas, também não está à beira do túmulo" (Bobbio, 1986, 5). Finalmente, concluindo de forma excelente por Bauman: “democracia sem tolerância e respeito pelo Outro é um oximoro, enquanto democracia com tolerância e respeito à diferença é um pleonasmo” (Bauman, Globo News, 1 de janeiro de 2016).

O filósofo alemão, Karl Marx advertia que “a religião é o suspiro da criatura esmagada pela desgraça, a alma de um mundo sem coração, assim como o espírito de uma época sem espírito. É o ópio do povo” (citado em Aron, 2016, 9). De forma análoga, o povo anseio por uma libertação total desta desgraça da pobreza e miséria.  E, a política é o caminho para esta libertação no seu sentido arcaico da metapolítica e a democracia como veículo para chegar a realização dos sonhos dos founding fathers em criar condições para alcançar o summum bonum e bonum commune do povo. Por isso, durante o periódo de campanha eleitoral, os partidos políticos tornam-se "o ópio do povo", um "magnetismo"; que atrai toda a atenção do povo, com intuito de chegar o momento de libertação, porém, embebidos nesta atração, todo o povo se esqueceu a feliz “promessas não cumpridas" que soam nos ouvidos do povo durante as campanhas: libertar o povo da pobreza e miséria!

Oxalá, que este povo resistente e sofredor não acredita cegamente nestes “profetas desonestos e falsos salvadores” (Bauman, 2016, 22) da Nação, que venham divulgar os programas eleitorais, as promessas políticas, com intuito de mobilizar e conquistar o eleitorado para eleger os partidos políticos. Mas, que o povo saiba votar com mais consciência, refletindo sobre os candidatos, seus programas eleitorais e, que não fazem da urna como uma loteria. Que o povo não sejam ingenuamente maravilhados com as palavras de “insultos” entre Xanana-Taur-Alkatiri-Horta-Abílio que não são verdadeiras, apenas uma pura emissão fonética - "flatus vocis" - enfatizá-las para cativar a simpatia e adesão dos "semper fidelis" (sempre fiéis) militantes e simpatizantes, visa a ganhar a confiança do povo através do seu voto nas urnas. Na verdade, esta “guerra de palavras” foi lançada num ambiente muito tenso nas campanhas eleitorais, fazem-nos lembrar o sábio dito popular português: “quando as comadres se zangam, todas as verdades vêm ao de cima”. Assim, a política é reduzida ao espetáculo; os cidadãos tornam-se espectadores; o discurso político serve como oportunidades para desabafar histórias de luta; e a batalha de ideias, à competição entre os “marketings” (Bauman, 2016, 22), para criar o valor e satisfação aos militantes na adesão aos partidos políticos.  

Faremos, agora, uma previsão de que os resultados eleitorais da EA manter-se-ão dentro da tendência histórica, como Max Weber demonstrou “hero worship” ou “absolute trust in the leader” de Comando da Luta continuam a votar em Xanana e Taur Matan Ruak. E, os radicais militantes do Partido Fretilin manter-se-ão como semper fidelis a votar neste partido. Como comentou o Pe. Martinho Gusmão: “o voto ideológico” continua na mesma  com os votos dos "semper fidelis" (sempre fiéis) militantes e simpatizantes. O que vai mudar é “o voto estratégico”, mas, o nosso povo ainda não tem a “capacidade de analisar, da inteligência para discernir” (Bauman, 2016, 57) os programas eleitorais. Ainda vale a palavra de Robert Ezra Park: (1) marcado pelo discurso racional; (2) unida por uma experiência emocional. Explicando de forma explícita por Bauman: o primeiro deve ter “capacidade de pensar e argumentar com os outros”, ao passo que a última só precisa ter “capacidade de sentir e se identificar” (citado em Bauman, 2016, 26) com os militantes e simpatizantes. Assim, a “luta política” da EA mostra claramente que já não é mais uma competição de programas eleitorais, mas, sim, de figuras históricas e partidos históricos, mais uma vez, Bauman sintetiza: a “luta política já não é mais uma competição de ideias, mas de personalidades: o maior número de pontos é amealhado pelas figuras...”,  porque a “cognição política é moldada emocionalmente” (Bauman, 2016, 78) para cativar o coração e a simpatia dos "semper fidelis" militantes.

Olhando retrospectivamente para a construção do país, poderemos dizer que os founding fathers, pelas suas capacidades e valentias, já “edificaram as nossas instituições democráticas e traçaram aquilo que é a essência dos valores democráticos de Timor-Leste: a paz, a  reconciliação, a solidariedade, o pluralismo, a tolerância e o diálogo” (Dr. Rui Maria de Araújo, Díli, 16 de Fevereiro de 2015) e continuam a empenharem-se nesta segunda batalha de libertar o povo da pobreza e miséria.  Temos de ter a inteligência para reconhecer e dizer sine ira et studio (sem ressentimentos nem preconceitos) que há sinais positivos de mudança nesta década de “Ukun Rasik-an”. Mas, poderemos constatar também que este povo sente-se ferido com a injustiça social praticada pelas elites políticas. O slogan de libertar o povo da pobreza e miséria que fora prometido pelos founding fathers, não foi cumprido plenamente ao longo destes 16 anos da independência, apesar de eles se tornarem protagonistas neste jogo democrático, que o Bobbio chamou de “promessas não cumpridas”. Lembrando, ainda, o artigo A utopia invertida, Bobbio inicia-se com a palavra “catástrofe”: a catástrofe de um grande ideal, “da maior utopia política da história”. Escreve ainda Bobbio, “Nenhuma das cidades ideiais descritas pelos filósofos jamais foi proposta como um modelo a ser realizado. Platão sabia que aquela república ideal, sobre a qual falara com seus amigos, não estava destinada a existir em nenhum lugar da Terra, mas era verdadeira apenas, como diz Glaucon a Sócrates: nos nossos discursos” (Bobbio, 2000, 50). É verdade, que os sonhos dos founding fathers existem apenas nos discursos políticos, ainda não se incarnarem no coração do povo, por isso, realizamos tantas vezes as eleições tanto presidenciais como parlamentares, os discursos da retórica política pautam-se pela libertação total do povo deste maligno da pobreza e miséria, após as eleições, tais premissas demonstram apenas uma “utopia política da história”. Em síntese, lembremo-nos a conclusão do pai da democracia moderna, Jean-Jacques Rousseau: "se existisse um povo de deuses, governar-se-ia democraticamente. Mas, um governo, assim, perfeito não é feito para os homens" (Bobbio, 1986, 40).

No meio de situações verdadeiramente dramáticas, “o que nos mantém vivos e atuantes perante esta situação de incerteza é a imortalidade da esperança” (Bauman, 2016, 35), como frisou de forma concisa por Bauman. Temos a “confiança” de que o VIII Governo liderado ainda pelos founding fathers possa trilhar a estrada que conduz ao rumo de um futuro promissor para restaurar o sentimento de segurança perdido, reconstruir a confiança desaparecida e edificar a garantia de mercado para todos os timorenses. E, que tinha como característica primordial a certeza de edificar uma sociedade justa, livre, solidária, pacífica e, consequentemente, que partilham equitativamente a honra e o ónus desta nobre nação de Timor Lorosa’e.

Em suma, lembrando a trágica memória de 2006, podemos desafiar os founding fathers, parafraseando Goethe: “por que o teatro político  tem de ser um anfiteatro gladiatório (de matar ou morrer) em busca de  poder, honra e riqueza, em vez de, digamos, uma colmeia ou um formigueiro cooperativos e movimentados” (citado em Bauman, 2016, 29) em busca de Summum Bonum e Bonum Commune de todos os povos nesta Magna Domus Fraternitas: Timor-Leste? Pois, uma decisão política tem sempre o seu próprio custo – concluindo Bauman - o preço é pago na moeda em que é pago geralmente o preço da má política — o do sofrimento humano.

Bibliografia
ARAÚJO, Rui Maria de, Discurso de Sua Excelência o Primeiro-Ministro Dr. Rui Maria de Araújo por ocasião da Cerimónia da Tomada de Posse do VI Governo Constitucional, Palácio Lahane, Díli 16 de Fevereiro de 2015.
ARON, Ray mond, O ópio dos intelectuais, São Paulo, Três Estrelas, 2016.
BAUMAN, Zygmunt e MAURO, Ezio, Babel: Entre a incerteza e a esperança, Rio Janeiro, Zahar Editor, 2016.
____________________,  Em busca da Política, Rio de Janeiro, Zahar Editor, 2000.
____________________, Entrevista: Estamos num estado de interregno. Vivemos na modernidade líquida, Globo News, 1 de janeiro de 2016.
BOBBIO, Norberto, O Futuro da Democracia - Uma defesa das regras do jogo, Rio de Janeiro, Ed. Paz e Terra, 6.ª Edição, 1986.
__________________, Teoria Geral da Política, Rio de Janeiro, Elsevier, 14ª ed., 2000.
___________________, As ideologias e o poder em crise - Brasília : Editora Universidade de Brasília. 4ª edição, 1999.
Constituição da República Democrática de Timor-Leste de 2002.
Decreto do Presidente da República n.º 7/2018 de 7 de fevereiro.
GIANOTTI, José Arthur, A política no limite do pensar, São Paulo, EDITORA SCHWARCZ, 2014.
KRISTIYANTO, Eddy, Sakramen Politik, Lamalera, 2008.
RIBEIRO, Renato Janine, A democracia , 3ª ed. , São Paulo, Publifolha, 2013.
STRECK, Lenio Luis, et al., Ciência Política e Teoria do Estado, Brasil, Livraria do Advogado Editora, 2013.
WEBER, Max, Ciência e Política duas Vocações, São Paulo : Cultrix, 2011.

* Opinião pessoal do cidadão da Aldeia Cassamou, Suco Seloi Craic, Município Aileu

Embaixada portuguesa envia conselhos de segurança a cidadãos em Timor-Leste


Díli, 24 abr (Lusa) - A embaixada de Portugal em Díli alertou hoje os portugueses em Timor-Leste para alguns riscos associados às eleições legislativas antecipadas de 12 de maio no país e recomendou-lhes que evitem eventos políticos.

Os alertas constam de uma nota enviada pela embaixada aos cidadãos portugueses, com um conjunto de recomendações de segurança relativas ao período eleitoral em curso, de eleições legislativas antecipadas.

O documento refere alguns dos potenciais "riscos" associados às eleições deste ano, nomeadamente "conflitos entre simpatizantes dos Partidos Políticos (...), entre grupos organizados desconhecidos" ou entre "grupos de artes marciais".

"Timor-Leste já passou por vários episódios de violência desde que se tornou independente, a situação atual, apesar de calma e tranquila, pode sofrer alterações repentinas, por isso todos devem estar preparados para reagir a qualquer mudança", considera a embaixada.

"As forças de segurança timorenses ocasionalmente estabelecem pontos de verificação de segurança ao longo das estradas, onde aos expatriados pode ser solicitada a identificação. Ocasionalmente, podem também ter lugar pontos de verificação executados por grupos não oficiais. Apesar de estes normalmente serem dirigidos para os nacionais, evite-os sempre que puder", recomenda.

Os eleitores timorenses votam a 12 de maio para eleger os 65 deputados do Parlamento Nacional com a campanha eleitoral a decorrer até 09 de maio.

Entre as recomendações, a embaixada diz que os cidadãos não devem participar em eventos políticos e devem "evitar as áreas e itinerários onde estão previstos eventos políticos", respeitando as caravanas partidárias e aguardando "serenamente a sua passagem sem manifestações de apoio ou de desagrado".

Caso se veja "inadvertidamente envolvido num evento político, mantenha a calma e tente sair do local o mais rápido possível", respeitando sempre a propaganda eleitoral.

Informar amigos em caso de deslocação para fora da área de residência, viajar com documentação e verificar o estado do carro são outras recomendações.

O documento, que inclui um calendário nacional da campanha política, inclui outras recomendações gerais de segurança e um apelo a quem não está registado na embaixada para que o faça.

Até ao momento, a campanha eleitoral tem decorrido sem incidentes de relevo, exceto por acidentes de viação envolvendo militantes de uma mesma força política.

ASP // FPA

PORTO x V. SETÚBAL | Uma goleada das antigas que já aponta ao título


Vitória por 5-1 sobre o Vitória de Setúbal coloca o FC Porto mais perto da conquista do campeonato. "Faltam três finais", como disse Brahimi após o apito final no Dragão.

O FC Porto estava obrigado a vencer esta segunda-feira o Vitória de Setúbal para recuperar o 1.º lugar da Liga. E foi exatamente isso que fez. Mas fê-lo de forma categórica. O resultado final foi de 5-1, depois de um início de jogo fortíssimo por parte dos dragões.

Um arranque demolidor e… característico

Foram 16 minutos de sonho para o FC Porto, que por seu lado tornaram o início de jogo do Vitória de Setúbal um autêntico pesadelo. No primeiro quarto de hora, o placard no Estádio do Dragão já apresentava uns pesados 3-0.

E os adversários já estavam avisados… É que os azuis e brancos são a equipa que mais golos marca nos primeiros 15 minutos de jogo. O FC Porto conta com 13 golos apontados no primeiro quarto de hora nos jogos do campeonato. Além disto, esta foi a segunda vez na Liga que a formação orientada por Conceição marcou 4(!) golos numa 1.ª parte de um jogo – fez o mesmo em Paços de Ferreira.

Feitas as contas, enquanto Casillas ainda não tinha parado qualquer remate do V. Setúbal aos 20 minutos, o FC Porto já levava sete remates, cinco deles enquadrados com as redes de Cristiano.

Marega regressou “no aço”

O maliano voltou no Clássico com o Benfica, descansou na meia-final da Taça em Alvalade e esta segunda-feira foi novamente opção frente ao V. Setúbal. E regressou em bem. O atacante que já leva 21 golos na Liga esta temporada foi preponderante na partida ao apontar um tento e assistir para outro.

Com Aboubakar ausente, Marega está a afirmar-se como o homem golo do FC Porto esta temporada. No final da partida, se ainda restavam dúvidas sobre a condição do maliano para os três jogos que restam aos dragões no campeonato, Sérgio Conceição acabou por desfazê-las afirmando que o avançado “está no aço”.

O caminho que falta para o título

Com a vitória sobre o V. Setúbal, faltam as ditas “três finais” que Brahimi referenciou no final da partida. O FC Porto está a três jogos de distância de um título que já escapa há quatro anos.

Na próxima jornada, a equipa da cidade Invicta desloca-se aos Barreiros para defrontar o Marítimo, na 33.ª jornada recebe em casa o Feirense, que está na luta pela manutenção, e no derradeiro jogo deste campeonato enfrenta o Vitória de Guimarães na cidade Berço.

Ruben Valente | Notícias ao Minuto

Autor Rama Ambon Detein Iha Sela

DILI - Autor neebe uza Rama Ambon oras nee hetan ona kapturasaun husi Polisia Nasional Timor Leste.

Kestaun nee fo sai husi Ministru Defeza no Siguransa Jose Agustinho Siquera Somotxo ba Jornalista sira, hafoin remata enkontru ho Prezidente da Republika Francisco Guterres Lu Olo, iha Palaciu Prezidensial Bairro Pite, Dili, Tersa (24/04/2018).

“Hau hanoin kualker situasaun saida deit maka mosu iha rai laran, atu rama ambon ka problema saida deit, ita nia siguransa sira prontu atu asegura liu husi sira nia esforsu, too kaptura ona autor rama ambon,” informa Ministru Defeza.

Nia afirma liu tan, polisia sira nia servisu laos atu fo siguransa deit ba iha elisaun antisipada, maibe sira mos halo esforsu tomak hodi halao sira nia servisu iha tempu kalan nomos loron, tan nee  fiar katak pas no estabilidade iha rai laran garante nafatin.

Iha parte seluk Segundu Komandante PNTL Munisiupiu Dili, Euclides Belo katak, kazu rama ambon neebe Polisia kaptura ona iha Ermera iha loron Sesta semana kotuk, depois detein sela polisia Munisipiu Dili, hodi kumpri 72 jam hafoin aprezenta iha Tribunal hodi tuir prosesu primeiru interogatoriu. 

Notisia kompletu lee iha jornal STL edisaun Kuarta (25/04/2018)

Madalena Horta/Lucia Ximenes | Suara Timor Lorosae

Hatun Bandeira AMP, Autor Aprejenta Ona Ba TDD

DILI - Polisia Nasional Timor Leste (PNTL), liu husi Komandu Polisia Munisipiu Dili, aprezenta ona autor nain rua neebe hatun Bandeira partidu Aliansa Mudansa ba Progresu (AMP), iha area Bidau Toko Baru ba Tribunal Distrital Dili (TDD).

Tuir Segundu Komandante PNTL Munisipiu Dili, Superintendente Assistente polisia, Euclides Belo hateten, suspeitu ba kazu hatun Bandeira iha area Bidau Toko Baru aprzenta ona ba ribunal
“Suspeitu nain rua neebe hatun bandeira Bandera Koligasaun AMP nia, ita mos aprezenta ba Tribunal ohin (red Segunda) kumprimenta mos oras 72,” dehan Euclides ba Jornalista iha nia knar fatin Segunda, (23/04/2018).

Nia hateten, suspeitu nain rua inklui ba rama ambon, durante iha sela polisia munisipiu Dili, tratamentu ba sira tuir duni standar internasional no sira iha direitu hetan tratamentu.

Iha sorin Estudante UNTL, Martinho de Jesus hateten, kazu sira hanesan nee presia duni atensaun husi PNTL, para labele akontese tan. 

Notisia kompletu lee iha jornal STL edisaun Kuarta (25/04/2018)

Luciana Ximenes | Suara Timor Lorosae

Ketan Tasi Limita Rendementu Ekonómiku


DILI, (TATOLI) – Primeiru Ministru, Marí Alkatiri, hateten akordu Ketan Tasi (Fronteira Marítima) ne’ebé Timor-Leste no Austrália asina iha Nova Iorke, Estadus Unidus Amérika, iha loron 6 fulan-marsu liu-ba limita rendementu ekonómiku iha posu Greater Sunrise.

Marí esplika akordu jurídika legál iha tratadu ne’e limita rendementu ekonómiku ba pursentu 80 ka 70,  ne’e aban bainrua Timor-Leste negósia fali atu hetan pursentu boot labele ona.

“Ne’e maka ita bolu peñor, tanba aban bainrua ita ba negósia fali atu hetan boot liu labele ona”, Xefe Governu ba jornalista sira iha Palásiu Prezidente Nicolau Lobato, Bairru Pité, tersa ne’e, bainhira hatán adversáriu polítiku sira nia argumentu katak nia ho Eis Ministru Negósiu Estranjeiru, José Ramos Horta, peñor ona fronteira marítima ba Austrália.

Nia konsidera argumentu ne’e hanesan propaganda polítika baratu, tanba laiha ona programa atu ko’alia. “Se peñor karik laiha ema ida atu reklama ba Austrália atu diskute fronteira marítima”, katak tan.

Xefe Ezekutivu ne’e dehan se nia maka hakarak kadoras Greater Sunrise ba Austrália, esplorasaun ba posu minarai Greater Sunrise hahú kle’ur ona, maibé tanba nia hakarak mai Timor-Leste, entaun paradu.

Marí haklaken nia kontinua defende Kadoras Greater Sunrise mai Timor, tanba ne’e liga ba kestaun prinsípiu.

Jornalista: Xisto Freitas | Editora: Rita Almeida

Imajen: Primeiru Ministru (PM), Marí Alkatiri

UNITAL Lori Estudante Serbisu Hamutuk Komunidade


BATUGADE, (TATOLI) - Universidade Orientál Timor Lorosa’e [UNITAL], Fakuldade Ekonomia, Departamentu Turizmu no Jestaun Turístika, lori estudante na’in 80 no alumni na’in neen hodi serbisu hamutuk ho komunidade Suku Aidaba Letan, Postu Administrativu Atabae, Munisípiu Bobonaro, durante fulan ida semana rua.

Estudante sira ne’e, hahú Sesta ne’e, halo prátika no aplika teória ne’ebé hetan iha aprendizajen.

“Husi atividade ne’ebé mak estudante atu mai hala’o iha ne’e sobre buat ida praktek bimbingan lapangan [prátika orientasaun terenu] oinsa estudante atu kuñese kle’an, interligadu entre estudante ho komunidade,” hateten xefe departamentu Jestaun Turístika, Elvino do Santos, ba Ajénsia TATOLI, iha Suku Aidaba Leten-Atabae, ohin.

Xefe Elvino dos Santos akresenta, iha komunidade nia leet, estudante presiza implementa teória ne’ebé mak sira hetan iha estudu depois implementa iha  Suku Aidaba Leten, maibé interligadu ba iha área turizmu ninian.

Ho ida ne’e maka husi área potensialidade turizmu iha Suku Aidaba Leten ninian, estudante kompostu husi 80 pessoas no alumni na’in neen, sira hamutuk 86 pesoas, ne’ebé mak sei halo atividade durante fulan ida semana rua.

Depois remata ida ne’e, sira presiza tenke halo relatóriu ida ba iha universidade, ba iha departamentu no fakuldade hodi attach point [aneksa pontu] ba iha ANAA [Ajénsia Nasionál ba Avaliasaun no Akreditasaun-sigla iha portugés] atu halo akreditasaun ba departamentu, ba iha universidade hothotu iha Timor-Leste inklui mós departamentu Jestaun Turístika.

“Foin dadauk ami iha ona avaliasaun, ami hetan ona akreditasaun no hala’o atividade ne’e atu haforsa liutan, bele aumenta liutan point ba iha akreditasaun ninian,” nia haktuir.

Ne’e mak husi Universidade Orientál Timor Lorosa’e [UNITAL], Fakuldade Ekonomia, lori estudante hirak ne’e par abele hatene kona-ba oinsa estudante nia [Community Engaggement], oinsa serbisu hamutuk ho komunidade.

“Entaun, ohin loron ida ne’e ami lori estudante mai atu serbisu hamutuk ho komunidade praktek binbingan lapangan,” konklui Xefe Departamentu Jestaun Turístika, Elvino do Santos.

Xefe Grupu Estudante, Angelino de Jesus Siqueira informa katak durante iha Suku Atabae, iha aldeia Bekou, Migir, Tutubaba, Tasimean no Surilaran, sira sei observa fatin liliu objetu turístiku ne’ebé mak eziste iha fatin ida ne’e, sai hanesan patrimónia nasaun ida ne’e nian.

“Ami hanesan estudante liliu ba iha área espesialidade ida ne’e, oinsa ho ami-nia prezensa ida ne’e oinsa identifika to’ok potensialidade saida mak atu bele benefísiu mai ami, ba iha futuru Timor-Leste ninian atu nune’e bele fó benefísiu liliu ba iha área importante hanesan turizmu,” hateten estudante turizmu, Angelino de Jesus ba TATOLI.

Nia mós informa katak durante sei hamutuk ho komunidade, sira iha planu rua mak hanesan planu ba asaun fíziku nomós naun-fíziku.

Asaun fíziku mak sira sei ba iha fatin sira ne’ebé mak hanesan uma ki’ikoan [perumahan pondok] sira ne’ebé mak sei halo, iha tempu badak, iha tasi ibun sira.

Planu naun-fíziku nian mak sira sei realiza ba iha komunidade i mós ba eskola sira ne’ebé mak eziste iha ho tipu atividade hanesan halo sensibilizasaun, esplika lala’ok turizmu ninian, disemina informasaun ba iha juventude sira atu bele fó protesaun di’ak ba patrimóniu sira ne’ebé mak seidauk dezenvolve, maibé sai rikusoin Timor nian.

Xefe Grupu Estudante, Angelino de Jesus informa tan katak ho prezensa sira nian, sei halo serbisu interligadu ho komunidade atu nune’e bele lori sira ba iha susesu, durante sira-nia atividade ne’ebé mak la’o atu nune’e sira bele hetan referénsia balun, interligadu ho atividade balun ne’ebé mak sira hala’o iha terenu. “Atu nune’e sai hanesan bukae ida ba departamentu ami nian,” nia konklui.

Jornalista: Rafy Belo | Editór: Manuel Pinto

Imajen: Xefe Grupu Estudante, Angelino de Jesus Siqueira bainhira entrevista ho TATOLI. Foto TATOLI: Egas Cristovão

Taur Matan Ruak: Uniaun hosi opozisaun "la'ós fásil" maibé objetivu maka manán


Uniaun hosi partidu opozisaun tolu iha Timor-Leste "la'ós fásil", maibé agora iha "objetivu úniku", maka manán eleisaun antesipadu iha loron 12 Maiu, Taur Matan Ruak, númeru daruak hosi koligasaun, hatete ba ajénsia Lusa.

"Dalan ne'e la'ós fásil maibé ami senti determinadu tebes no ami iha objetivu úniku: manán eleisaun sira, harii Governu ba daualuk", hatete hosi númeru daruak hosi Aliansa Mudansa ba Progresu iha entrevista ida ba Lusa.

Prezidente hosi Partidu Libertasaun Popular (PLP), Matan Ruak, hamutuk ho Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), hosi Xanana Gusmão, no mós Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO), hosi José Naimori.

Sira na'in tolu - Xanana ho Matan Ruak, ne'ebé hatais hanesan iha rezisténsia, Naimori ho hatais tradisional - fó kór ba imajen hosi koligasaun ida ne'ebé mosu maioritáriu, iha opozisaun, iha parlamentu, maibé ho partidu sira ne'ebé, seidauk to'o tinan ida, iha hahalok ne'ebé la hanesan kona-ba nasaun nia futuru.

Evidensia iha problema maka'as sira entre Taur Matan Ruak - ne'ebé kompara ona Xanana Gusmão ho Suharto - no Xanana Gusmão ne'ebé hatán hodi fó fali medalla ne'ebé maka entrega hosi Prezidénsia.

Hafoin tinan barak nia laran ba aproximasaun maka'as entre Xanana Gusmão ho Mari Alkatiri, sekretáriu-jeral Fretilin nian - partidu ne'ebé viabiliza ona Governu minoritáriu CNRT nian iha tinan hirak ikus ne'e, no ne'ebé agora lidera ezekutivu minoritáriu ho PD - situasaun muda ona. Xanana Gusmão agora hamutuk ho Taur.

"Ami iha relasaun emosional ida, maski iha diferensa sira. No la'ós de'it agora. Maibé respeitu, domin, kariñu entre ami iha nafatin. Ne'e hanesan razaun ida hodi manán funu [hasoru okupasaun indonéziu], tanba bainhira ho dalan seluk ami fahe nasaun", nia esplika.

"Ami senti determinadu hodi manán. 80% hosi sira ne'ebé maka agora iha kamou ne'e hanesan joven, maibé bainhira ami ko'alia kona-ba luta - ne'ebé sira barak la partisipa -, sira identifika. Ne'e hanesan estraordináriu", nia esplika.

Dezde hahú kampaña, Xanana Gusmão ho Taur Matan Ruak mosu hamutuk iha palku, hodi halo sira nia krítika diretamente ba Fretilin ho Mari Alkatiri.

Taur Matan Ruak hatete katak buat hotu "iha nia faze sira" no esplika katak hanesan ba dala uluk maka iha "troka" krítika sira ne'e, hodi insisti katak hanesan hosi parte AMP nian hodi hatán ba hahalok sira hosi Fretilin.

"Tanba Fretilin nega ami nia esforsu. Bainhira ha'u nu'udar Prezidente, Fretilin hatete katak ami la'ós abut sira, sira maka hanesan abut. Hanesan asaun ne'ebé ami la aseita. Sira estraga oituan istória, liuliu hamenus kontribuisaun hosi ema sira", nia hatete.

"Buat ne'ebé ami halo iha faze dahuluk maka doko oituan sosiedade, hatete katak ami mai hosi ne'ebé, ami iha ne'ebé no ami hakarak ba ne'ebé. Faze daruak maka foka iha saida maka ami hakarak halo iha tinan lima oinmai", nia esplika.

Nia hatete katak halibur programa sira ne'ebé la hanesan entre CNRT ho PLP "la'ós susar".

"Tanba ha'u la kontra projetu boot sira. Ha'u nunka hatete katak lakohi megaprojetu sira. Ha'u nia pergunta maka tansá maka ita iha osan ba megaprojetu sira no laiha osan ba bee, ba eskola sira, ba estrada rural sira", nia afirma.

"Ha'u suspende ona orsamentu hodi insisti atu Governu aumenta orsamentu ba edukasaun, agrikultura, saúde, dezenvolvimentu rural, ba área primária sira ne'e. Ami presiza kombina prazu badak, média ho prazu naruk", nia esplika.

Nia hatete aktak ne'e maka hanesan objetivu hosi AMP - avansa ho saida maka halo di'ak maibé hatán ba nesesidade báziku sira hosi populasaun.

Nia hatete katak hakerek História ne'e husik ba historiador sira: "Ami sei ajusta fali buat balun, maibé restu husik ba historiador sira".

Kampaña hala'o to'o loron 09 Maiu.

SAPO TL ho Lusa

Veteranus Australia Vizita Fatin Istoriku TL


DILI - Veteranus nia ona sira hamutuk sanulu resin rua husi Australia mai vizita TL, tanba atu hatene tuir fatin istoriku sira neebe sira nia aman iha tinan 1942, halo funu hasoru tropas Japones.

“Ami mai vizita TL, tanba ami familia komandu sira neebe mai iha Segundu Guerra Mundial hamutuk ho Timor oan, kontra invazaun Japaun nian. Ami hotu hanesan oan mane no oan feto ba komandu sira neebe mai iha Segundu Guerra Mundial, no ami mai semana ida ho balun hodi haree ain fatin, ka fatin-fatin sira neebe akontese iha TL durante Segundu Guerra Mundial,” dehan Tour Leader, Edward Willis ba jornalista sira hafoin remata vizita ba fatin istoriku sira iha Dili  laran iha Embaixador Australia, Pantai Kelapa, Segunda, (23/04/2018).

Nia afirma liu tan, durante Segundu Guerra Mundial Australia nia oan ladun barak maka mate, maibé mais ou menus 44 maa mate iha rai TL, maibé Timor oan sofre no terus makaas mais ou menus 40 mill pessoas, Timor oan mate durante Segundu Guerra Mundial.

Iha fatin hanesan Julio do Santos, nuudar Guia Turistika ka kompañia Timor Adventures haktuir, objetivu prinsipal neebe kampania Timor Adventures neebe halo parte industria Turizmu, neebe koopera atividade Turistika sira iha Timor, ohin loron sira organiza vizita ida nee ,atu buka tuir fali no hatene tuir fatin istoriku. 

Notisia kompletu lee iha jornal STL edisaun Tersa, (24/04/2018)

Madalena Horta | Suara Timor Lorosae